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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

11.04.2007

CAMPANHA– “Se você quer a paz, prepare a guerra”, diz epígrafe do“Guia”,uma

Organização que se diz herdeira da TFP classifica entidade de sem-terra de ‘movimento guerrilheiro em gestação’


CAMPANHA– “Se você quer a paz, prepare a guerra”, diz epígrafe
do“Guia”, uma das publicações do grupo.


Mas o que fazem frades (de batina!)
desfilando ao lado de agitadores
que levam símbolos comunistas
nas camisetas, bandeiras e bonés
do MST?

O movimento que se denomina Paz no Campo - mantido por dissidentes da ultraconservadora organização Tradição Família e Propriedade (TFP) - está divulgando na internet, em feiras agropecuárias e encontros ruralistas uma série de publicações com ataques ao Movimento dos Sem-Terra (MST), à Comissão Pastoral da Terra (CPT) e à Via Campesina. O carro-chefe das publicações é o Guia Preventivo Contra Invasões de Terras - que pode ser adquirido pela internet.

O guia não é vendido, mas o movimento pede a quantia de R$ 20 para sua causa, “contra a reforma agrária socialista, confiscatória e anticristã”. A publicação contém várias orientações a ruralistas sobre o que fazer na iminência de uma invasão ou depois que ela ocorreu, com ênfase em ações judiciais e denúncias policiais.

Apesar do nome do movimento referir-se à paz e das recomendações aos ruralistas para que ajam dentro da lei, as publicações adotam linguagem belicosa. Na página de apresentação do movimento na internet (www.paznocampo.org.br) é possível ler: “Os inimigos estão em guerra permanente contra o campo.” No guia, a epígrafe diz: “Se você quer a paz, prepare a guerra.” Em seguida, vem o alerta: “Este é um combate desigual, pois os adversários são os subversivos MST, MLST, Via Campesina, CPT, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), etc., que pregam a desobediência civil e agem fora da lei.”

Outra publicação divulgada pelo movimento, com o título Pastoral da Terra e MST Incendeiam o País, classifica o MST de “movimento guerrilheiro em gestação”. Nesse processo de mudança, os líderes sem-terra estariam recebendo orientação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - organização de inspiração comunista que hoje controla parte do território do país vizinho.
‘MISSÃO DEMOLIDORA’

Seguindo a tradição do fundador da TFP, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995), os autores investem pesadamente contra setores do clero identificados com a Teologia da Libertação, que atuam em pastorais sociais da Igreja e entidades como CPT e Cimi. Depois de ter gestado o MST, essa “esquerda católica” - como os autores chamam tais setores - estaria ensinando princípios marxistas aos sem-terra, para que eles possam levar adiante a sua “missão demolidora”.

Não é só a invasão de fazendas por sem-terra que move o Paz no Campo. Em outra publicação do movimento - Trabalho Escravo, Nova Arma Contra a Propriedade Privada - afirma-se que as constantes denúncias de trabalhadores submetidos a condições análogas às da escravidão “não têm fundamento na realidade”. Não passariam de uma cilada contra o agronegócio, orientadas pelo “pensamento socialista-comunista”.

Os quilombolas também fariam parte de uma conspiração cujo objetivo é o confisco agrário e, em última instância, a implantação do coletivismo. Para o autor de A Revolução Quilombola, outra publicação divulgada pelo Paz no Campo, se não for derrubado o Decreto 4.887, de dezembro de 2003, que regulamentou o artigo da Constituição que garante aos quilombolas o direito à terra onde vivem, “o País poderá ser conduzido a uma luta fratricida”.

O Paz no Campo é mantido pela Associação dos Fundadores, que se apresenta como legítima herdeira do pensamento de Corrêa de Oliveira, o criador da TFP. Seu coordenador e porta-voz é o advogado Bertrand de Orleans e Bragança, apresentado como príncipe, por ser trineto de d. Pedro II e bisneto da princesa Isabel.

INTOLERÂNCIA

A assessoria do MST rebateu as acusações de que o movimento prega a violência e tende a se transformar numa organização guerrilheira. “O MST é um movimento popular, pacífico e legítimo de pobres do campo que defendem um processo amplo de reforma agrária, paz, justiça e mudanças na política econômica para garantir ao povo os direitos sociais previstos na Constituição, como educação, saúde, terra e trabalho”, disse a assessoria, em nota.

Ao se referir ao Paz no Campo, a assessoria ressaltou: “Precisamos lembrar que essa entidade nasceu do seio de uma das organizações mais conservadores e violentas do país, a TFP, que apoiou e deu sustentação ao regime militar e não tem apreço pela democracia nem pela participação popular. A campanha dessa entidade contra os movimentos do campo demonstra seu sentimento de intolerância e truculência contra os trabalhadores sem-terra, em particular, e contra o povo brasileiro, em geral.”

Por Roldão Arruda

http://www.estado.com.br/editorias/2007/11/03/pol-1.93.11.20071103.14.1.xml

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