5.28.2012
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Pressão de Lula contra Gilmar Mendes foi indecorosa, dizem ministros do STF
MINISTRO CELSO DE MELLO:O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, criticou duramente o comportamento do ex-presidente Lula, que pressionou o ministro Gilmar Mendes a ajudar a adiar o julgamento do mensalão, e em troca ofereceu "blindagem" do magistrado na CPI do Cachoeira. "Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível de impeachment por configurar infração político-administrativa, em que um chefe de poder tenta interferir em outro". Segundo ele. "é um episódio anômalo na história do STF". A forte declaração do ministro foi divulgada pelo site Consultor Jurídico. Tanto Celso de Mello quanto o ministro Marco Aurélio classificaram o episódio como "espantoso", "inimaginável" e "inqualificável". Para Celso de Mello, "a conduta do ex-presidente da República, se confirmada, constituirá lamentável expressão de grave desconhecimento das instituições republicanas e de seu regular funcionamento no âmbito do Estado Democrático de Direito. O episódio revela um comportamento eticamente censurável, politicamente atrevido e juridicamente ilegítimo". O ministro Celso de Mello lamentou a investida. "Tentar interferir dessa maneira em um julgamento do STF é inaceitável e indecoroso. Rompe todos os limites da ética. Seria assim para qualquer cidadão, mas mais grave quando se trata da figura de um presidente da República. Ele mostrou desconhecer a posição de absoluta independência dos ministros do STF no desempenho de suas funções", disse o decano do Supremo.
Pressão de Lula contra Gilmar Mendes foi indecorosa, dizem ministros do STF
MINISTRO CELSO DE MELLO:O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, criticou duramente o comportamento do ex-presidente Lula, que pressionou o ministro Gilmar Mendes a ajudar a adiar o julgamento do mensalão, e em troca ofereceu "blindagem" do magistrado na CPI do Cachoeira. "Se ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível de impeachment por configurar infração político-administrativa, em que um chefe de poder tenta interferir em outro". Segundo ele. "é um episódio anômalo na história do STF". A forte declaração do ministro foi divulgada pelo site Consultor Jurídico. Tanto Celso de Mello quanto o ministro Marco Aurélio classificaram o episódio como "espantoso", "inimaginável" e "inqualificável". Para Celso de Mello, "a conduta do ex-presidente da República, se confirmada, constituirá lamentável expressão de grave desconhecimento das instituições republicanas e de seu regular funcionamento no âmbito do Estado Democrático de Direito. O episódio revela um comportamento eticamente censurável, politicamente atrevido e juridicamente ilegítimo". O ministro Celso de Mello lamentou a investida. "Tentar interferir dessa maneira em um julgamento do STF é inaceitável e indecoroso. Rompe todos os limites da ética. Seria assim para qualquer cidadão, mas mais grave quando se trata da figura de um presidente da República. Ele mostrou desconhecer a posição de absoluta independência dos ministros do STF no desempenho de suas funções", disse o decano do Supremo.
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