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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

2.28.2009

A desmoralização das Forças Armadas

do Alerta Total
Por Jorge Serrão

O desgoverno do Foro de São Paulo resolveu acelerar seu processo de propaganda ideológica para desmoralizar e “demonizar” as Forças Armadas. Elaborada nos moldes do marketing de guerra bolchevique-nazista, a estratégia geral consiste em produzir efeitos psicossociais, em curto e médio prazo, para diminuir e colocar em dúvida o respeito que a opinião pública tem pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

A principal meta é reverter os resultados de uma pesquisa de opinião divulgada semana passada, feita com 1.200 entrevistados pela Fundação Getúlio Vargas, constatou que as Forças Armadas ocupam o primeiro lugar no índice de confiança, na comparação com outras 17 instituições.

A campanha de destruição de imagem tem três objetivos fundamentais. O primeiro é jogar a opinião pública contra as “legiões” para que seus integrantes se sintam intimidados a reagir contra o processo revolucionário inegavelmente em marcha. O segundo é vender à sociedade a imagem de que as Forças Armadas precisam sofrer reformulações radicais em suas bases, conforme algumas propostas de mudança contidas na Estratégia de Defesa Nacional lançada recentemente. O terceiro é associar os militares diretamente ao autoritarismo, pintando-os como entraves constantes para a “democracia”.

Quatro ministros do governo Lula lideram diretamente a campanha de desmoralização contra as Forças Armadas: Tarso Genro (Justiça), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Dilma Rouseff (Casa Civil e potencial presidenciável) e Franklin Martins (Comunicação). O governo agora prepara um comercial de televisão em que aparecerão mães de desaparecidos políticos, nos tempos dos governos militares (1964-1985), segurando fotos dos filhos e chorando que não querem morrer sem saber o paradeiro deles.

O comercial tem duas intenções. A primeira reforçar a tese de que o Supremo Tribunal Federal tem de rever a abrangência da Lei de Anistia (Lei nº 6.683/79). A segunda é preparar o lançamento, até maio, de um sistema de acesso a dados de 14 arquivos estaduais, chamado Projeto Memórias Reveladas. O governo publicará um edital para convocar donos de acervos particulares a transferirem documentos sobre o período pós-64 para arquivos públicos.

Ontem, inclusive, o ministro Paulo Vanucchi voltou a pedir que a “sociedade civil” intensifique a pressão para que documentos e informações sobre o paradeiro de desaparecidos políticos sejam revelados. Vanucchi apelou ontem que “vítimas da repressão do regime militar”, seus familiares e entidades de classe, devem entupir o STF com ações judiciais em massa contra a Lei de Anistia e pedindo punição para “os torturadores”. Propagandisticamente, o termo genérico “torturadores” inclui todos os militares...

Curiosamente, o chefão Lula tenta manter uma posição pública “em cima do muro”, fingindo ser diferente dos anti-militares que compõem seu desgoverno. Anteontem, Lula deu uma entrevista ao jornalista Jorge Oliveira – que dirige um documentário sobre o operário Manoel Fiel Filho, um dos mártires pós-64. Lula deixou claro que a Lei de Anistia foi aprovada pelo Congresso e deve ser respeitada. Lula ressaltou que a lei anistiou a todos, e que o governo não tem como interferir. No entanto, Lula pondera que cabe à Justiça se manifestar sobre o assunto.

A campanha contra as Forças Armadas, no entanto, tem objetivos geopolíticos e estratégicos muito mais graves. O Alerta Total publicará, na edição de domingo, com exclusividade, um documento oficial revelando o que existe por trás da Estratégia Nacional de Defesa (e não Estratégia de Defesa Nacional) lançada pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos).

Os militares terão a oportunidade de conhecer seus verdadeiros inimigos. Aqueles que os atacam agora são meros agentes conscientes da propaganda contra o Brasil.

COMENTÁRIO: Isso pode levar a um impasse. A Anistia pode ser suspensa para os dois lados os "bravos guardiães da dignidade da pessoa" poderão acabar na cadeia , ou na melhor das hipóteses, devolver as fortunas que receberam por assaltar, matar, seqüestrar, explodir bombas e tentar implantar no país uma ditadura ao exemplo de Cuba. Dilma Roussef, a atual Ministra da Casa Civil que usou Estela como um de seus codinomes, insiste no seu papel de vítima de supostas torturas na época da "ditadura" militar. Franklin é o sequestrador franklin martins (codinomes "valdir", "comprido" e mais seis), atual sinistro da Comunicação Social. Na realidade é o Ministério da Propaganda, semelhante ao de Goebbels, que abriga a "Mentirobrás", a mais importante, poderosa, atuante e rica estatal como nunca houve antes nesse país. Vannucci era membro, por exemplo, da ALN (Ação Libertadora Nacional), organização liderada pelo terrorista Carlos Marighella. E a classificação lhe cabe não porque eu queira. Mas porque ele própria a queria. Escreveu um “Minimanual da Guerrilha Urbana” em que defendia, sem receio, as ações terroristas. E ensinava como praticá-las.

Vou citar do Verdade Sufocada somente um exemplo do que fizeram seus defensores da pessoa Humana : “Justiçamento” de João Pereira - 29/06/1972
"Com a prisão e a confissão de Pedro Albuquerque, militante que abandonara a área de guerrilha e fora preso em Fortaleza, os órgãos de segurança tiveram a certeza da presença de guerrilheiros na Região do Araguaia. Enviaram, então, uma equipe para localizar a área onde os guerrilheiros estavam instalados. Ao encontrarem a casa de Antônio Pereira, um mateiro que morava nos confins da Picada de Pará da Lama, a 100 km de São Geraldo, esse ofereceu o filho de 17 anos, João Pereira, para guiar a equipe em seu deslocamento no interior da selva. Com certa relutância a equipe aceitou o oferecimento. O rapaz guiou a equipe por uma manhã, das 5 horas até ao meio-dia. Descoberta a colaboração do jovem, integrantes da guerrilha do PCdoB,
em 29 de junho de 1972, foram à casa do seu pai, prenderam-no e, no quintal, na frente de seus genitores, cortaram primeiro uma de suas orelhas, depois a outra, seus dedos, suas mãos e, finalmente, acabaram com a tortura do menino.Mataram-no com uma facada. Somente o pai assistiu a morte do filho. A mãe, há muito, já perdera os sentidos. A tortura e a morte do rapaz deveriam servir de exemplo para que nenhum outro mateiro auxiliasse as autoridades na busca dos guerrilheiros. Segundo o relatório de Ângelo Arroyo, um dos chefes dos guerrilheiros na região: “A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da zona”. Observação: “bate-pau”, termo usado para designar o guia, o mateiro.

AGORA SABEMOS COMO PENSA QUEM PENSA POR LULLA. (QUANTO MENOS SE SOUBER SOBRE O MUITO QUE SE SABE, MELHOR Alfredo Rada, ministro do Interior de Evo Morales)

2.24.2009

O CHEFE OMISSO E CRETINO.

Arnaldo Jabor

"O presidente de vocês - daqueles que o elegeram, daqueles que
compartilham a sujeira com ele, daqueles que o acobertam na mídia,
daqueles que batem palmas, que se ajoelham, que se vergam em busca de
recursos e desinformação, daqueles que lhe dão 70% de aprovação,
chegou ao seu nível moral mais baixo, abaixo até do ponto de
ebulição do álcool!

Nada está abaixo do Lula. O Lula do "sifu", do "porra", do "cacete",
"sabe", se colocou em uma posição inferior, não como presidente da
República, mas como gente mesmo. Se o álcool não lhe trava a língua
nem o faz escolher palavras do seu enorme minidicionário, o que sabemos
que o álcool não faz com ninguém, ainda assim existem os assessores,
"aspones", e toda a sorte de lacaios pagos a peso de ouro para vigiar e
reparar o rei nudista, descuidado, impregnado de falsa santidade, que se
acha um profeta sábio a dar lições de moral aprendidas no PCC a
presidentes eleitos, como Barack Obama. Lula tem carreira, tem
trajetória, tem currículo e folha corrida de safadezas verbais e
não-verbais. A linguagem chula é a sua primeira natureza. Lula, o
pele vermelha e calórica, é isso há muitos anos.

Mas não é de sua incontinência verbal (verborréia) que estou a
tratar, e sim da sua vulgaridade ímpar, desmedida, tantas vezes por
nós denunciada. Lula é um homem sem caráter; traidor dos amigos da
quadrilha, porque não se faz o que ele fez com o José Dirceu, com o
Gushiken, com o Genoíno. Nem na prisão deixam de valer os códigos de
ética e de moral - uma moral suja, um ética suja, mas ainda assim uma
moral e uma ética de "petralhas". Lula, o vermelho, não tem nada
disso. Pior do que imoral, Lula é ilegal. Lula é um vício de origem.
Os que dele se acercam devem saber disso. Se sabem, são viciadores
também.

Tampouco se diga que ele fala a linguagem do povo para se fazer querido
por ele. Conversa mole, conversa de institutos de pesquisa, conversa de
"datalulas "cuja ética ainda está para ser revelada. Lula está
deixando o povo brasileiro com a sua cara, a sua fuça, a sua
carantonha vulgar e baixa. A nossa tão propalada "macunaimidade" era
regional, pontual. Com Lula ela virou instituição nacional
permanente. Não é para isso que trabalha incansavelmente a
Saúde/Educação do imoral Temporão e seu pênis pedagógico?

O povo pode parecer com o Lula, mas ainda não é o Lula. É diferente,
o povo ainda pode lavar a cara todas as manhãs, que a sujeira sai. Mas
Lula não, no máximo pode ser maquiado pela enésima vez pelos
puxa-sacos de sua laia, engolir uns "engovs" e seguir a sua rotina de
laxista irresponsável.

O "inaudível" "sifu" pronunciado publicamente entrou para história do
Brasil, a história da infâmia do Brasil. Mais uma da enorme série de
Lula, o "serial killer" da vergonha, o personagem central dessa quadra
de desonra, de baixeza da vida nacional. Lula e seus lacaios deixaram
as instituições assim: o Parlamento, a Justiça, a Democracia, a
Soberania Nacional, a Imprensa. A marca venal é desse tamanho e
contamina a sociedade inteira comprometendo o seu futuro. E ainda essa
gente assemelhada a ele quer apagar o passado brasileiro, e destruir os
registros da nossa moral e os documentos da nossa boa fé, da nossa
honestidade como povo. Tudo isso para quê? Para elevar um sujeito
vulgar e desprezível à condição de líder máximo do socialismo no
Brasil.

É exatamente esse sentimento que me faz voltar a todo o momento não a
ele, Lula, o infame, mas para a mídia e os intelectuais de miolo mole
que o protegem, que fingem que nada vêem, que nada ouvem. A legião
dos infames que o cercam e o embelezam não pára de crescer.

Esse artigo é para vocês, que o acham "pop" e "extravagante".

2.22.2009

Cristovam Buarque. quem não sabe ensina. Volte a dar aulas, quando aprender historia volte. Se "V. Exa." é nescio nós não somos!

Cristovam Buarque. quem não sabe ensina. Faça um bem ao BRASIL, volte a dar aulas, quando aprender historia volte.Se "V. Exa." pensa que somos nescios, nós não somos!

ITAIPU
  Exigências do novo presidente do Paraguai.
  Carta ao Senhor Senador Cristóvão Buarque,
O senhor afirmou, da tribuna do Senado Federal, o seguinte:

Não podemos simplesmente negar ao Paraguai o direito de pedir o
reajuste. Nós não podemos esnobar o Paraguai. Até porque temos uma
dívida com esse nosso país vizinho, já que há 138 anos matamos 300 mil
de seus cidadãos (na Guerra do Paraguai).** Em proporção, seria como se
matassem nove milhões de brasileiros - ponderou Cristóvão'.

É muito estranho, senador, e causa preocupação ouvir de um senador da
república tal afirmativa. E é estranho por dois motivos:*


*a**) O senhor não tem conhecimento da história e está equivocado ao
afirmar que o Brasil matou 300 mil paraguaios;
*
*b) O senhor tem conhecimento da história e, por conseguinte, está mentindo. *


*Ambas as hipóteses o desqualificam para exercer o alto cargo de
senador da república. Quando um senador da república se dirige à nação
da tribuna do Senado Federal para afirmar uma asneira deste porte,
francamente, não tem condições de estar onde está. Está trabalhando
contra o país, contra o seu povo, quando o seu dever sagrado deveria
ser o contrário.

A guerra do Paraguai, da qual o senhor culpa o Brasil, inclusive
imputando-lhe 300 mil mortes, foi provocada pelo ditador Solano Lopes,
cujas ambições expansionistas o fizeram invadir a Argentina, que lhe
negara o uso do seu território para chegar até Uruguaiana. A Argentina
então declarou guerra ao Paraguai, dando início a um conflito ao qual
se juntariam o Brasil e o Uruguai no que ficou conhecido como a
Tríplice Aliança.*
*O Paraguai contava àquela altura com um exército de 77 mil homens,
enquanto o efetivo brasileiro não passava de 18 mil, o que obrigou D.
Pedro II a organizar apressadamente as forças brasileiras para fazer
face a agressão.

Sem entrar em detalhes, para não me alongar, quero informá-lo que das
300 mil mortes de paraguaios que o senhor imputa ao Brasil, a fome, a
cólera e a malária foram responsáveis por 70%. Em combate mesmo, o
Paraguai perdeu metade do seu exército, enquanto o Brasil perdeu 30
mil. E as perdas paraguaias aconteceram em razão da estupidez do
ditador Solano Lopes que, instado a se render posto que já estava
derrotado, com Assunção invadida pelas tropas brasileiras, levou a
guerra às últimas conseqüências conduzindo o que restava de suas
tropas combalidas e, àquela altura composta de adolescentes e até
crianças, a Cerro Corá, onde se deu a batalha final.

Solano Lopez jamais aceitou negociar a paz e a guerra só acabou com a
sua morte. O Brasil não conquistou territórios do Paraguai, apenas
reinvindicou suas fronteiras anteriores. O tratado de paz, assinado em
9 de janeiro de 1872, estabeleceu dentre outras coisas, como a
navegação livre pelo rio Paraguai, uma indenização a ser paga ao
Brasil, dívida esta que foi perdoada em 1943 pelo governo brasileiro.

Vê-se, portanto, que o grande culpado pelo massacre do seu povo foi o
próprio ditador Solano Lopes, tendo o Brasil apenas respondido à
altura uma agressão sem sentido. *

*Seguindo a lógica do seu raciocínio, os aliados da segunda guerra mundial *

*devem pagar uma indenização a Alemanha pelo fato de Hitler ter perdido a guerra. *

*Ainda seguindo a **lógica do seu raciocínio, as atuais gerações devem pagar pelos erros
por acaso cometidos por governantes em gerações passadas. *

*Assim, não me  **surpreenderia se o senhor defendesse que a atual e futuras gerações
de italianos continuem pagando aos países conquistados pelo Império
Romano pela avidez de seus imperadores.
**Mas como o próprio presidente Lula já declarou algumas vezes que o
Brasil tem uma dívida para com a África em razão da escravidão, nada
mais me admira. Só quero declarar peremptoriamente que eu jamais
possui um escravo, assim como nenhum brasileiro vivo na atualidade.

Acorde Senador!!!! O povo brasileiro atual, do passado e do futuro,
pagaram, estão pagando e pagarão a enorme e infindável conta que lhes
foi colocada sobre os ombros por uma plêiade de governantes
irresponsáveis, corruptos e sem visão** de futuro, incluindo o atual. E
o senhor ainda quer aumentar essa conta?

**Quanto a Itaipu, senador, foi o pior negócio feito pelo regime militar
e é fácil de se explicar.

O complexo Itaipu foi totalmente custeado pelo Brasil. O Paraguai não
desenbolsou um centavo de guarani. O acordo firmado deu ao Paraguai o
direito a 50% de toda a energia gerada pela usina. Como o Paraguai não
tem capacidade para utilizar toda essa energia, o acordo estabelece
que a sobra seria vendida ao Brasil a preço de mercado, e não a preço
de custo como estão dizendo alguns esquerdopatas. O Brasil sempre
cumpriu rigorosamente a sua parte, pagando integralmente ao Paraguai o
excedente desses 50% sem descontar sequer as despesas de manutenção da
usina.

Pergunto-lhe, senador: **Q**uem fez o melhor negócio? E quem ainda está
usufruindo desse negócio da China? Com certeza não somos nós.

Talvez o senhor ache mais justo o Brasil entregar a usina ao Paraguai
de mão beijada e passar-lhe a comprar a energia de que necessita, a
exemplo do que a Petrobrás fez com as duas refinarias de petróleo que
ela instalou na Bolívia, tudo isto em nome da ideologia que une o
atual governo brasileiro a los hermanos andinos.
**Convém lembrar, senador, que Itaipu custou 6 bilhões de dólares à
época em que foi construída, dinheiro este tomado emprestado no
exterior e pelo qual até hoje pagamos porque, compromissos como este,
somados aos da construção de Brasília e outros que atenderam a
megalomania de governos passados deram origem ao monstruoso
endividamento que hoje impede o desenvolvimento do país.

Convém lembrar também que, caso o governo resolva atender a
reinvidicação do hermano, o preço da energia, que no Brasil custa mais
caro do que a energia produzida por usinas nucleares em torno do
mundo, terá que ser reajustado e quem pagará a conta será o povo
brasileiro. A menos que o senhor e seus pares da esquerda resolvam
bancar a conta, o que com certeza não lhe passa pela cabeça.

É fácil, senador, fazer proseletismo político demagógico com a
carteira dos outros.*

*Convém lembrar também, senador, que o contribuinte brasileiro, já
escorchado por uma verdadeira derrama fiscal, lhe paga o salário e
todas as suas mordomias para que o senhor defenda o Brasil, e não
estados alienígenas.

Dito isto, quero lhe dar uma sugestão: se o senhor sinceramente quer
fazer um bem ao Brasil e ao seu povo, renuncie ao seu mandato e volte
a sua cátedra na universidade. Lamentando pelos seus alunos.

Indignadas Saudações,

Otacílio M. Guimarães

2.20.2009

Boçalidade

RECEBI O E-MAIL ABAIXO.  É HILÁRIO E AO MESMO TEMPO VERGONHOSO CONFIRAM.
 
Lula, o Boçal, deu esta declaraçã "histórica", esta semana, na posse de diretores do Sebrae:

"Temos que reconhecer que a situação é delicada, que essa crise é possivelmente maior que a crise de 1929 e temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da II Guerra Mundial. Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência, por que eu não admito que uma guerra para resolver um problema econômico tenha 6 milhões de mortos".

Depois, comentários específicos:

 1. A Segunda Guerra Mundial não teve absolutamente nada a ver com a crise americana de 1929;

2. A Segunda Guerra Mundial foi motivada pelas condições impostas à Alemanha pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918;

3. A Segunda Guerra Mundial encerrou com perto de 52 milhões de mortos, quase dez vezes mais que o número que o boçal falou;

4. Seis milhões foram as vitimas do Holocausto, patrocinado pelos nazistas.

O boçal confundiu tudo o que a Assessoria dele o informou (tenha paciência, não queira que ele decore tudo que lhe passam).

5. Em 1929, o mundo não tinha e nem imaginava o que seria uma economia globalizada;

6. Franklin D Roosevelt  resolveu a crise americana diminuindo custos e impostos, e reduziu drasticamente as despesas do governo, exatamente o contrário do que o boçal e seus ministros estão fazendo;

 7. Pela declaração imbecil, Lulla imagina que a crise só será extinta por meio de uma guerra mundial, mas ele, "o grande pacifista e magnânimo líder" não admitirá uma guerra mundial para que a crise seja solucionada;

E esse boçal atingiu 84% de popularidade... Acredita?

2.07.2009

Hidrelétricas na Amazônia

Edição de Artigos de Sábado do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

Adicione nosso blog e podcast aos seus favoritos.

Por Roberto Gama e Silva

Na Amazônia, a geomorfologia regional juntou-se aos rios caudalosos para oferecer perspectivas amplas de aproveitamento da energia cinética das águas para geração de energia elétrica.

Computados apenas os sítios já inventariados, que não incluem alguns aproveitamentos de porte e todas as pequenas quedas, a Amazônia brasileira poderá dispor de capacidade instalada da ordem de 134 mil megawatts, pouco mais da metade do resto do país (260 mil megawatts) e superior à capacidade instalada de todas as hidrelétricas dos Estados Unidos da América (115 mil megawatts).

A fartura de energia elétrica, de fonte renovável e limpa, transformará a inequívoca vocação mineral em vocação minero-industrial, circunstância que valorizará sobremaneira a região.

Como se sabe que a precedência absoluta na região é a conservação da cobertura arbórea, devido à relação biunívoca entre a floresta e as chuvas, convém tecer alguns comentários sobre a construção de hidrelétricas na região, como resposta aos argumentos disseminados por “ambientalistas de asfalto” e “Organizações Não Governamentais” estrangeiras.

Em primeiro lugar, o impacto da substituição da vegetação nativa, mesmo aquela dominada por florestas, pelos reservatórios das usinas é desprezível, pelo fato de não afetar o clima, fiador do equilíbrio de todos os ecossistemas amazônicos.

Com efeito, o ciclo hidrológico local ficará livre de qualquer alteração perniciosa, porque não será reduzida a proporção da precipitação que retornará à atmosfera para, mais adiante, gerar mais chuvas. A evapotranspiração será compensada, com sobras, pela evaporação da superfície líquida dos reservatórios.

O outro parâmetro conformador do clima, a umidade relativa do ar, também não será reduzido. Ao contrário, tenderá a aumentar, ligeiramente, devido à diminuição do albedo (razão entre a radiação refletida por uma superfície e a radiação solar que sobre ela incide), uma vez que a água tem maior capacidade de absorção da energia solar incidente do que qualquer outro tipo de superfície.

A seguir, argumentam muitos que os reservatórios são muito extensos, alagando grandes trechos florestados. Ocorre que, até o momento, só foram aproveitadas as quedas situadas no limite entre a Bacia Sedimentar e os Escudos, portanto em sítios pouco encaixados no relevo. Por esse motivo, a área de alagamento de Tucuruí chegou a 2.430 quilômetros quadrados e a de Balbina atingiu 2.360 quilômetros quadrados.

As futuras hidrelétricas, construídas à montante desse limite serão mais bem encaixadas no relevo e, por conseqüência, inundarão áreas menores. Além disso, o uso de unidades geradoras tipo bulbo, combinado com a seleção de quedas mais baixas, minimizarão as áreas alagadas.

Assim é que a futura Usina de Santo Antônio, no Madeira, com potência instalada de 3.150 mil megawatts, terá um reservatório com apenas 271 quilômetros quadrados, dos quais uns 150 quilômetros quadrados pertencem ao curso natural do rio. A outra usina licitada no Madeira, à montante de Santo Antônio, a futura Hidrelétrica do Jirau, com potência instalada de 3300 mil megawatts, terá um reservatório de 258 quilômetros quadrados, dos quais 122 coincidem com o curso natural do rio. Para sanar qualquer dúvida a respeito, a usina de Belo Monte, que será construída na primeira volta do rio Xingu, gerará 11 mil megawatts e formará um lago de 400 quilômetros quadrados.

Espera-se, apenas, que se planejem melhor as obras civis das futuras barragens, de modo a conceder tempo para a extração e comercialização das madeiras existentes nas áreas de alagamento dos reservatórios, de modo a reduzir ao mínimo a emissão do gás metano, produzido pela decomposição dos vegetais submersos. Tal emissão também é usada como argumento contrário à construção de hidrelétricas na Amazônia.

Outro ponto controverso é o dos danos à ictiofauna, devido às interrupções nos cursos dos rios, que inibiriam a reprodução das espécies que buscam as nascentes para a desova. É um problema contornável, mediante a introdução das “escadas de peixe” nas barragens, providência esta que se tornará automática a partir do momento em que a competência se fizer presente em todas as etapas de construção das usinas.

A favor das hidrelétricas, entretanto, há dois argumentos de peso, totalmente desvinculados da geração de eletricidade, por esse motivo pouco lembrados.

O primeiro deles é tão valioso que, por si só, justificaria a construção de barragens, mesmo sem a instalação de turbogeradores: trata-se da ampliação da navegabilidade dos tributários de Amazonas, além dos limites da Bacia Sedimentar, mediante a instalação de eclusas, ao lado das barragens.

Depois de implantadas todas as usinas inventariadas na Amazônia, além de outras fora da região, seria possível desatracar um comboio fluvial do porto de Boa Vista, à margem do rio Branco, para demandar um terminal hidroviário no alto Tocantins, nas proximidades de Brasília. Ou então, alcançar o Tietê, via Araguaia, Aporé e Paraná, até chegar ao subúrbio de São Paulo. Ou ainda, atracar em Buenos Aires, depois de percorrer o Guaporé, o Paraguai e o Paraná. Tudo isso com o mínimo consumo de energia, como ensina o Princípio de Arquimedes, e, como conseqüência, com descarga mínima de poluentes na atmosfera!

O outro argumento ponderável relaciona-se com a introdução da piscicultura nos futuros reservatórios de água doce, uma vez que a Amazônia é um dos locais mais apropriados para a criação de peixes, não só pela grande variedade de espécies nativas, cerca de 2.000, mas também pelas condições climáticas.

Como se procurou demonstrar, pois, são totalmente falsos os argumentos que se vem usando, com freqüência, para impedir o aproveitamento da energia cinética dos rios amazônicos para gerar eletricidade.

Sem energia, não há progresso possível!

Roberto Gama e Silva é Almirante Reformado

Transcrito do "Alerta Total".

2.02.2009




Os Militares

Teoria e prática do poder
Há seis anos caía o último governo civil do país. Ameaçadas pela desagregação do poder em todos os escalões administrativos, as Forças Armadas tiveram de intervir. Mas a intervenção militar de março de 1964 tinha origens preventivas: os militares pretendiam retirar-se a curto prazo do centro dos acontecimentos. O Alto Comando Revolucionário chegou a pensar em enviar o texto do Ato Institucional nº 1 ao Congresso, para que fosse homologado. Foi um civil, Francisco Campos; quem os convenceu de que a Revolução legitimava o Parlamento e, portanto, não caberia ao Parlamento legitimar a Revolução.
Em seis anos, o movimento revolucionário enfrentou quatro grandes crises políticas e fechou o Congresso duas vezes. A cada crise a Revolução sentia como eram escorregadios os princípios, as boas intenções e as raízes ideológicas dos políticos. Foi assim que a experiência deu aos militares a certeza de que eles determinavam a vitória do movimento revolucionário de março e de que só eles poderiam assegurar a continuidade do próprio processo.
Esses homem saídos dos quartéis destrincharam aos poucos as sutis malhas da crise brasileira. Para enfrentá-la dispunham da formação idealista e combativa que receberam nas escolas e da unidade de objetivos que cultivaram na vida da tropa. Vieram em sua maioria de origens humildes e foram aos poucos assumindo os mais importantes postos da administração pública. Entre o apego às origens e o fascínio pela pompa que revestia o poder, preferiram desmistificar a importância dos cargos, adaptando-os aos métodos administrativos que adotavam nos quartéis. Enxergaram os vícios e as debilidades que enfraqueciam os governos civis e, enquanto se aprofundavam nos problemas do país, passaram a agir como um grande Estado-Maior. Em seis anos de intimidade com o poder, mudaram também algumas de suas atitudes. O militar que em 1964 lutava contra a subversão e a corrupção, hoje, sem transigir com nenhum de seus antigos inimigos, está empenhado ao mesmo tempo na construção de uma nova estrutura política, social e econômica para o país. Seis anos foi o tempo necessário para o afastamento dos políticos que apoiavam a Revolução - como se ela fosse mais um governo de coligação partidária. Os militares mudaram o país e a Revolução transformou-os em uma força qualitativamente nova. Eles continuam a ser os fiadores do movimento de 1964, mas apanharam a luva do desafio pelo desenvolvimento nacional.
Quem são estes homens? Como se formaram? Que querem? Como agem?

A CHEGADA E OS USOS DO NOVO CHEFE: O MILITAR VAI AO PODER
De repente, muita coisa mudou na repartição. Nenhum dos velhos funcionários conhece o novo chefe - que chega sempre cedo. Ele é desconhecido mesmo para muitos freqüentadores do gabinete, que tinham a intrigante capacidade de serem amigos de todos os chefes em todos os governos. Trouxe consigo um pequeno grupo de auxiliares tão desconhecidos quanto ele. Cobra tarefas e não delega poder de decisão. Marca audiências com horários rigorosos e apertados para gente selecionada - e o tempo economizado, gasta-o em revisões de trabalho com a sua equipe. Diz a telefonista - e a frase é repetida com espanto pelos corredores: "Ele liga pouco para fora". Que estranho ser é o novo chefe? Diz um funcionário, mais afeito dos homens: "É um militar. São todos assim".
Cada vez com mais freqüência, nos mais diversos níveis da administração pública, estão sendo nomeados oficiais das Forças Armadas, em sua maioria da reserva. Na Paraíba, a Universidade Federal tem um capitão-médico como reitor. A Embratel - Empresa Brasileira de Telecomunicações - é presidida por um general desde sua fundação e foi organizada por um pequeno núcleo de oficiais. Na Guanabara, o secretário de Serviços Públicos é um general. No Ceará, um coronel ocupa a Secretaria da Fazenda e um major o Departamento de Trânsito.
Dos sessenta cargos mais importantes da administração pública, incluindo desde a presidência e a vice-presidência até o Lóide e a Rede Ferroviária Federal, 28 são ocupados por oficiais superiores das Forças Armadas. Esta tendência, comum na administração brasileira, sofreu nos últimos anos uma mudança sensível de qualidade. O militar é escolhido para o posto por indicação de colegas e condicionando as velhas práticas administrativas a conceitos e métodos militares. Além disso, sua linha de comunicação não é a tradicional conversa com políticos, mas quase sempre uma troca de informações com colegas de farda, ou até mesmo de turma, que estão em outros postos.

O ESTILO É O MILITAR - O General Gastão Pereira dos Santos, 56 anos, diretor do Instituto Sul-Rio-Grandense de Carnes, na semana passada enviou um recorte de jornal, criticando o governo, ao seu amigo General João Batista Figueiredo, chefe da Casa Militar da Presidência da República. Recebeu a seguinte resposta: "Recebi seu bilhete. É também minha opinião". O General Gastão age como militar na queixa e na discrição. Recusa-se a revelar que tipo de recorte enviou ao colega.
A ação dos militares em cargos técnicos deu resultados surpreendentes em muitos casos. O General Euler Bentes Monteiro, que ocupou a Superintendência da Sudene de 1967 a 1968, levou para o posto a preocupação dos militares na execução de projetos concretos. Seu braço direito, o Coronel Stanley Fortes Batista, marcou de tal forma sua passagem na administração, que agora está-se preparando para assumir o governo do Piauí.
Outro coronel, César Calls Filho, depois de dirigir as obras de construção da Usina de Boa Esperança, no Maranhão, está indicado para o governo do Ceará. Mora em casa alugada, não tira férias desde 1958 e só janta em restaurante aos domingos, em companhia de toda a família. (No Ceará ele encontrará 35 oficiais ocupando postos de destaque no governo.)

MAIS UNIVERSIDADES - Para o General Idálio Sardemberg, colega de turma do Presidente Medici, a participação de militares na administração "é lucrativa para todos; para o Exército, pelo estágio de seus oficiais na vida pública, onde eles adquirem outras perspectivas dos problemas gerais do país, e para o Brasil, porque eles suprem uma carência bastante sensível, levando ainda a estes postos a disciplina e a honestidade profissional características de sua formação. A medida que forem crescendo as universidades e o elemento civil melhorar em quantidade e qualidade, pela concorrência, esta ascendência do militar tende a se reduzir: é uma preocupação do próprio oficial".
Em alguns setores, os militares atingiram postos de direção graças ao pioneirismo de seus cursos especializados. O Exército sempre se manteve atualizado em assuntos de eletrônica e siderurgia. Para o Ministério das Comunicações, o Presidente Garrastazu Medici destacou um coronel, Higino Corsetti, considerado um profundo especialista no assunto. Por outro lado, dos sete presidentes que a Companhia Siderúrgica Nacional teve até hoje, quatro foram militares.
O General Américo da Silva, que ocupa atualmente a presidência da empresa, vê no administrador militar, "por formação, um homem mais disciplinado e inflexível que o civil, sem que isso signifique nenhuma superioridade intrínseca da carreira. Tenho dois filhos civis e os respeito muito".

OS ÍNDICES FELIZES - Enquanto alguns só vão para cargos civis quando deixam as Forças Armadas, outros fazem o percurso entre o quartel e a administração várias vezes. Talvez, de todos eles, o exemplo mais completo seja o do aspirante de 1926 (Turma Laguna e Dourados, que formou o Presidente Medici), Juracy Montenegro Magalhães. Em 1930 comandou as forças revolucionárias na Paraíba. Em 1931 tornou-se interventor federal na Bahia, onde voltou a assumir o governo em 1935 e 1959. Presidiu a Petrobrás e a Companhia Vale do Rio Doce. Foi um dos fundadores da UDN, embaixador em Washington, ministro das Relações Exteriores e da Justiça. Hoje, Juracy Magalhães está dedicado à iniciativa privada, como diretor no grupo Monteiro Aranha. "Tenho um bom índice da minha felicidade como administrador e empresário. Sou dos primeiros acionistas de algumas companhias que chegaram ao rol das maiores empresas do país. Fui político enquanto esta condição honrava uma pessoa e deixei a política sem saudade e sem nenhum ressentimento."
Como empresário, Juracy Magalhães é considerado um homem muito bem sucedido. Todavia, pouquíssimos militares conseguem a felicidade dos índices obtidos por ele. Um general de Exército, depois de computar o soldo, as gratificações de tempo de serviço (quarenta anos), representação e moradia, pode receber por volta de 4.000 cruzeiros novos. Um capitão raramente ultrapassa os 2.000. Esses vencimentos sempre inferiores aos de profissionais liberais, num cálculo comparativo, encerram uma característica original: o cadete, com menos de vinte anos, ao entrar na Academia Militar, sabe que, haja o que houver, nunca chegará a ser um homem abastado. A viagem à Europa só virá em missão e será considerada como um prêmio; dificilmente poderá sair de suas economias.

A VOLTA DO SOLDADO - O General Canrobert Pereira da Costa, um dos militares da década de 50 que mais influenciou a oficialidade, morreu em sua casa do Méier, subúrbio do Rio. Os marechais Castelo Branco e Mascarenhas de Morais deixaram para a família apenas os apartamentos onde viviam e poucas ações.
Os apertos financeiros poderiam ser um importante argumento para convencer o oficial a uma rápida transferência para a administração civil, mais bem paga e flexível. Contudo, vários militares preferem deixar os importantes cargos que ocupam a reverter para a reserva, depois de passados os dois anos de afastamento permitido da tropa. O General Afonso de Albuquerque Lima deixou o Ministério do Interior, o General Arthur Candal da Fonseca abandonou a presidência da Petrobrás - a maior empresa do país - e o Coronel Euler Bentes demitiu-se da Sudene.

A PACIENTE FORMAÇÃO DO SOLDADO EDUCADO PARA SERVIR
"O dever primordial do chefe é o cumprimento da missão que lhe foi atribuída. Tudo o mais, mesmo o bem-estar dos seus homens, fica subordinado a isso." Na carreira militar, onde, com exceção dos praças, todos são chefes e todos são subordinados, esse princípio de chefia e mais dez outros enumerados pelo Manual de Campanha do Exército podem fornecer a chave para explicar a formação do militar, seu comportamento no poder nos últimos seis anos de governos revolucionários e a diferença entre os militares e a classe política tradicional na condução do poder político.
A diferença começa na base. Ladeando o porão monumental da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, há dois portões menores que somente se abrem duas vezes por ano: pelo primeiro entram os novos alunos, com seus uniformes dos colégios militares e da Escola Preparatória de Campinas (SP) ou com roupas civis; e pelo outro saem, no fim de cada ano, os novos aspirantes a oficial do Exército. Para percorrer os 50 metros que separam os dois portões, o cadete gasta quatro anos - durante os quais ele será treinado fisicamente e educado intelectualmente nos princípios que inspiram o lema da AMAN, inscritos no pátio principal da Academia: "Cadetes: ides comandar; aprendei a obedecer".

SER MILITAR - É na Academia Militar, misto de universidade e de escola técnica, que o cadete do Exército planta as bases de toda a sua vida futura. "Ser militar", diz um folheto da Academia, "é estar imbuído da verdadeira necessidade do cumprimento da missão, por mais árdua que se lhe afigure e pouca influência traga para lhe exaltar os méritos". A carreira militar é apresentada ao cadete como uma atividade de sacrifício, de sobriedade pessoal e de patriotismo. "As ações do verdadeiro militar", continua o documento, "não objetivam obter vantagens ou vencer questões; não devem ser ditadas por oportunismo, nem podem ser poluídas pela descrença, traços de inferioridade incompatíveis com a nobreza de sua missão."
Durante seus quatro anos na AMAN, o cadete vai se familiarizar com um vocabulário onde as expressões "dever", "missão", "desinteresse" e "coesão" são freqüentes. As ciências matemáticas que ele aprende nos dois primeiros anos de Academia visam, segundo o seu comandante, General Meira Matos, a "desenvolver seu raciocínio rápido, porque um chefe precisa tomar decisões também rápidas e criteriosas". Um programa intenso de educação física, que inclui ginástica diária e competições esportivas, prepara os cadetes para desempenhar missões perigosas e, ao mesmo tempo, desenvolve entre eles a solidariedade - que se chama, na linguagem militar, "espírito de corpo". "Quando o espírito de corpo é elevado", diz o Manual da Chefia, "as realizações coletivas obscurecem as individuais. Em tais circunstâncias, as insatisfações de alguns desaparecem diante do predomínio do espírito do conjunto.

A RAZÃO DA DISCIPLINA - Coesão, disciplina, respeito à hierarquia, desambição, preparo físico e intelectual: sobre pilares assenta-se a educação do oficial do Exército. A disciplina - viga mestra de toda organização militar - é defendida como uma necessidade vital para todos. "Para convencer o homem da necessidade da disciplina", ensina o Manual, "nada melhor do que apelar para a sua razão; nos poucos casos em que o apelo falha, a punição oportuna pode corrigir o recalcitrante e fazê-lo sentir essa necessidade."
A disciplina comanda toda a formação do oficial. Os cadetes cumprem rigorosamente os horários, as tarefas do treinamento técnico-profissional (estudo das armas e ações de guerra convencional e de guerrilhas) e os exercícios intelectuais. Seu ensino não é, porém, ascético: a Academia tem um amplo cinema, quatro campos de futebol, quadras de tênis e de basquete, pistas para a prática de hipismo e uma piscina que era a maior da América do Sul até que o Vasco da Gama construiu uma maior, no Rio. O esporte, em todo o caso, não é encarado apenas como uma diversão; ele é considerado também uma tarefa que deve ser cumprida.

AS RAZÕES DO CADETE - A vida relativamente dura de um cadete, comparada à de um jovem da mesma idade no meio civil, não desestimula os civis a procurarem a carreira militar? Até 1966, a AMAN sofria de perda crescente de entusiasmo por parte de candidatos à matrícula. A partir de 1967, com uma propaganda desenvolvida pela Academia e ajudada pela portaria que permite o ingresso sem concurso dos alunos classificados nos três primeiros lugares nos cursos colegiais, a situação se alterou. Hoje, com 1.379 cadetes (número recorde), a Academia pensa ter superado o problema e, segundo o General Meira Matos, poderá dispensar a portada no próximo ano. "Nós tivemos agora novecentos candidatos civis disputando sessenta vagas", explicou o general. O rigor da carreira militar e sua desvantagem financeira comparada com as atividades privadas não preocupam os cadetes. Eles procuram o Exército por outras razões. "O primeiro motivo de meu interesse pela carreira militar foi a evidência em que ficou o Exército nos últimos tempos. Em segundo lugar, a propaganda chamou a minha atenção para as vantagens do ensino da Academia, explica a VEJA o cadete Geraldo Soares Silvino, 22 anos, quartanista da Arma de Engenharia e há três anos colocado em primeiro lugar na AMAN.

DE ASPIRANTE A GENERAL - Ao deixar a Academia como aspirante a oficial, o jovem que cruza de volta o pequeno portão lateral da AMAN já cumpriu a maior parte da formação básica do oficial. Daí para a frente haverá apenas uma complementação, ou nas escolas especializadas do Exército (Comunicações, Educação Física, etc.), ou nas escolas de aperfeiçoamento - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESÃO), Escola de Comando do Estado-Maior (ECEME) e Escola Superior de Guerra. Quando chega à ECEME - estágio obrigatório para a ascensão ao generalato -, o oficial já assimilou todo o Manual de Chefia, o Código de Honra e a doutrina militar. Agora, nos cursos da ECEME (dois anos tanto para Chefia e Estado-Maior de Serviços como para Comando e Estado-Maior), o oficial desenvolve sua capacidade de concatenar idéias, consolida suas convicções cívico-democráticas, aprende a ter de agir e decidir sob tensão, cultiva padrões morais elevados (qualquer deslize anterior veta automaticamente seu ingresso na Escola), procura incentivar o espírito de decisão e desenvolver "a afirmação da vontade e a consciência da responsabilidade", além de estudar a doutrina militar em vigor e as suas tendências de evolução. Essa doutrina tem sido alterada ao longo das últimas décadas.

O MUNDO VAI FALAR - Até a Segunda Guerra Mundial predominava a influência francesa, que conferia ao Exército o papel de "grande mudo" dos acontecimentos políticos e provia o oficial de cultura humanística derivada do positivismo. Sua estratégia era voltada para as hipóteses de guerra contra os inimigos do século passado: Paraguai, Uruguai e Argentina. Após a Segunda Guerra, com a influência americana, a doutrina militar ensinada na AMAN (que foi fundada em 1944) e na ECEME deu ênfase ao estudo das questões sociais e políticas e aos novos conceitos de estratégia, que consideravam em primeiro lugar o choque ideológico entre a democracia e o comunismo, com hipóteses de guerras extracontinentais. Foi o agravamento das tensões sociais a partir da renúncia de Jânio Quadros que deu ênfase ao estudo da estratégia de luta contra a guerra revolucionária interna.
O que estudam os oficiais da ECEME? Exemplo de uma questão proposta neste ano a seiscentos candidatos que disputavam as cem vagas da Escola: "Comparar o processo de emancipação das nações hispano-americanas com o do Brasil". Ou: "Indicar as causas que favorecem a Guerra Revolucionária na Indochina francesa e na Grécia e apontar as análogas (tempo: trinta minutos; espaço: três páginas)". Para enfrentar os rigores das provas, os oficiais recebem da ECEME uma extensa bibliografia que indica - como subsídios, sem endossar qualquer conclusão - obras de H.G. Wells, Gustavo Barroso e Caio Prado Jr., entre outros.

A NOVA TAREFA - Ao concluir a ECEME, o oficial está apto a chegar ao generalato. Maior do que isso, porém, é o seu preparo intelectual nas doutrinas de segurança nacional e desenvolvimento, em comparação com a classe política em geral. Após quatro anos de AMAN, dois ou três da ESAO e ECEME e mais o tempo em que serve normalmente na tropa, o oficial do Exército (bem como da Marinha e da Aeronáutica) está profundamente tomado pelo sentido da ordem e da disciplina, da hierarquia e do senso do dever. Sua formação gregária deixou-o afastado diretamente das convulsões e tensões da vida civil. O Exército garantiu-lhe a habitação, o soldo e o trabalho, juntamente com a assistência à sua família. Ele adquiriu um conceito enraizado de moral, de culto às tradições, de zelo pela ordem social e pela estabilidade política. O poder político parece-lhe antes um dever de responsabilidade do que um fim em si mesmo. ("Recebi a Presidência da República como uma tarefa a cumprir", afirmou por duas vezes o General Garrastazu Medici. "Vejo o poder como um instrumento para servir", disse o Marechal Castelo Branco, em 1965.) E parece ter sido possuído desse espírito generalizado que o militar assumiu o poder político no Brasil nestes últimos seis anos.

O MILITAR NO PODER: O ESTILO DO NOVO ADMINISTRADOR
O exercício do poder pelos militares ainda é um capítulo novo da moderna História do Brasil. Como se comportam os militares na condução do governo? "A formação militar é tipicamente cartesiana: não tomamos nenhuma decisão sem antes estabelecer as coordenadas ortogonais", explica a VEJA o ministro da Educação, Jarbas Passarinho, cinqüenta anos, dos quais os últimos seis afastado do Exército, desde que foi eleito governador do Pará, em 1964. Oficial que brilhou nos cursos do Exército (tirou o primeiro lugar na sua turma da ECEME, em 1955), antigo superintendente da Petrobrás na Amazônia e diretor da extinta Superintendência do Plano de Valorização da Amazônia durante o governo Jânio Quadros, Passarinho fixou sua filosofia frente à administração pública: "No Exército, quando se dá uma ordem, espera-se que o executante volte e comunique que a missão foi cumprida. No Ministério já organizei um serviço de cobrança da execução de ordens. Todas as semanas nós fazemos um balanço do cumprimento das ordens. Noutro dia, num despacho do Departamento de Administração, em que um funcionário era responsável pela inutilização de baterias, o Coronel Gontijo mandou que se descontasse do ordenado do responsável o valor equivalente. No Exército chega-se a dilatar o tempo de permanência de um militar na ativa para fazê-lo pagar, em prestações, os prejuízos causados. Quando saí do Ministério do Trabalho, elogiei, em portaria, os funcionários civis que colaboraram comigo. Foi um escândalo. Ora, na vida militar, o elogio e a notificação das faltas fazem o valor ou o demérito do soldado. Os funcionários civis, ao contrário, são uma ficha em branco que nada mais contém além do nome, identificação e títulos". O Ministro Passarinho, oficial de Artilharia que se tem destacado por sua habilidade no diálogo político nas duas áreas de maior dificuldade de comunicação dos governos revolucionários - trabalhadores e estudantes -, afirma não ter medo da presença no Ministério de um técnico de tendências esquerdistas, "desde que ele não se utilize da sua função para fazer proselitismo".

A DIFÍCIL ARTE - Em geral, os militares explicam mais facilmente do que os políticos a sua passagem pelo governo. Em declarações a Gilberto Pauletti, repórter de VEJA, o comandante do III Exército, General Breno Borges Fortes, assinalou: "Concordo em que muitos militares chamados a exercer cargos na administração pública têm desempenhado suas novas funções com grande sucesso, embora tratando de assuntos completamente estranhos à sua profissão específica. Creio que a estranheza que isso provoca é causada, muitas vezes, por não estarem bem informados sobre a formação e as atividades normais dos militares. Citemos algumas particularidades: em primeiro lugar, o militar tem uma formação universitária - o que lhe dá a indispensável visão de conjunto; em segundo lugar, mas não menos importante, sua função normal de comando nos diversos escalões permite que se exercite desde jovem na difícil arte de chefiar".
O General Breno Borges Fortes, ressalta, ainda, duas características da formação militar que facilitam a adaptação às novas funções: "Ao assumir qualquer nova função, nossa preocupação básica é saber o que se deseja, qual a finalidade a atingir, e procurar trabalhar exclusivamente para esse fim, sem outros desvios e preocupações. A interpretação correta da missão é isso. A disciplina intelectual significa trabalhar exatamente dentro da idéia decidida pelo chefe, embora, às vezes, não concordemos integralmente com a decisão tomada. Face a estas considerações, julgo que não deve causar admiração o sucesso obtido por militares em funções de administração pública".

A BOA MISTURA - Como age um militar na função pública? Ao chegar à Presidência da República, o Marechal Castelo Branco procurou cercar-se de assessores mais experientes na administração pública, tanto militares como civis. Um seu auxiliar direto ouviu do presidente como ele tomava as suas decisões: "O Dr. Roberto Campos me traz conhecimento - articulado, exato e profundo; o General Geisel (Ernesto, atual presidente da Petrobrás) me dá julgamento de valor, sempre tem uma opinião sobre os assuntos; o Golbery (então chefe do SNI) me dá o reverso da medalha, é sempre bom para crítica e informação; e o Dr. Luís Viana (atual governador da Bahia) me dá o estilo". Apesar de sua relativa inexperiência, Castelo Branco tornou-se "algo de inesperado em política", segundo explicou o ex-ministro Roberto Campos: "Como oficial de estafe, ele tinha uma aguda experiência de análise, um insuspeitado 'jeito' para o convívio político e uma extraordinária capacidade de localizar a veia jugular no corpo da ciência econômica".
Os instrumentos poderosos que a Revolução colocou nas mãos dos seus três governos contribuíram para facilitar a ação governamental, especialmente na área econômica. "Houve casos em que a firmeza do Presidente Castelo Branco em apoiar o saneamento financeiro foi importante", comenta Roberto Campos, enumerando as medidas impopulares adotadas em 1965, tais como o chamado "arrocho salarial", a substituição da estabilidade pelo Fundo de Garantia e a reforma agrária, "hostilizada por boa parte da liderança rural e da burguesia industrial, que haviam dado grande apoio à Revolução".

A FORÇA DA INDEPENDÊNCIA - Para o atual ministro da Fazenda, Delfim Netto, os militares estão capacitados a adotar soluções aos problemas nacionais, principalmente por serem desvinculados de grupos econômicos. "Que ministro da Fazenda poderia ter enfrentado os banqueiros, como ele fez, e continuar no cargo", observou um velho funcionário do Ministério da Fazenda. Segundo o ministro da Fazenda, os militares traçaram com nitidez e convicção as metas para um desenvolvimento com estabilidade externa e melhor distribuição de renda nacional. E os êxitos da política econômica desde 1964 - redução da inflação de 85% para os 18% esperados este ano, crescimento econômico de 7% ao ano, 760 milhões de dólares em reservas cambiais em 1969 - podem ser atribuídos à coerência e à firmeza com que os militares perseguiram aquelas metas econômico-sociais. Sem a centralização do poder praticada na URSS, os militares optaram por um modelo misto, que concilia a liberdade com a intervenção estatal nos setores de segurança nacional (telecomunicações, transportes, energia elétrica, etc.), ficando ainda nas mãos do Estado cerca de 70% dos depósitos bancários do país. Esse apoio da Revolução às medidas de recuperação financeira e contenção econômica se deu mesmo quando não havia unanimidade entre os militares sobre certas medidas. "No início, alguns setores militares ficaram preocupados com as medidas do governo, que não refletiam a tendência de desenvolvimento e, sim, de controle de inflação", diz o ex-ministro da Fazenda do governo Castelo Branco, Otávio Gouvêa de Bulhões.

A HERANÇA DA FORMAÇÃO - Depois de doze anos em cargos civis, o atual ministro do Interior, General Costa Cavalcanti, 52 anos, antigo secretário da Segurança de Pernambuco (onde combateu as Ligas Camponesas) e deputado federal, não se considera um militar na política, "mas um administrador com experiência política". Tido como um dos coronéis "linha dura" de 1964, oficial colocado em primeiro lugar na sua turma da ECEME, ele diz que os militares em funções executivas levam para os cargos a herança da formação militar, como a disciplina e o método cartesiano de trabalho, que consiste em colocar os problemas, examinar as alternativas possíveis e meios disponíveis, para só depois adotar uma decisão. Durante um dia inteiro, o chefe da sucursal de VEJA em Brasília, Luiz Gutemberg, acompanhou a rotina de trabalho do Ministro Costa Cavalcanti, constatando que os seus hábitos puramente militares (a disciplina nos horários, a formação de pequenas equipes, a cobrança das tarefas distribuídas e o poder de decisão final jamais delegado) continuam sendo os mesmos do ministro. Algumas idéias e posições políticas de Costa Cavalcanti: "Sou nacionalista, sim, mas sem aspas; eu não admitiria nunca ter entre os meus auxiliares um esquerdista; sou contra o barateamento do conceito de segurança nacional; não há dúvida de que a maioria do Exército deseja a democracia: mas que essa democracia plena venha progressivamente, que não avancemos três passos para recuar cinco".
O PONTO DE ATRITO - A presença dos militares no poder não significa, apenas, o contato com a administração pública. Ela inclui, também, a questão do relacionamento dos militares com a classe política, que, até 1964, detinha o maior controle do poder. É nesse plano que parece estar o maior ponto de atrito e de críticas. A origem do atrito parece ser a formação militar, baseada na disciplina e na hierarquia, que difere da liberalidade que cerca o Exército da atividade política. "Devido à nossa formação", diz o Coronel Rubens Resstel, 47 anos, veterano de campanha da Itália e atual comandante da guarnição militar de Campinas (SP), "procuramos projetar sobre o político nosso próprio código de ética e é por isso que não está havendo sintonia entre militares e civis." Para o novo presidente da Câmara, Deputado Geraldo Freire, a ascensão dos militares ao poder provocou, de fato, mudança no comportamento da classe política. E observa: "Mas os militares estão se conduzindo muito bem, embora os métodos empregados às vezes se choquem com os hábitos da classe política".
AS EXPRESSÕES DESCONHECIDAS - Por que os métodos chocam a classe política? A resposta pode estar mais no tipo de problema colocado pelos militares do que propriamente na sua forma de agir no governo. Até 1964, a opinião pública brasileira praticamente desconhecia certos temas que passaram a ser incorporados à linguagem dos três governos da Revolução: segurança nacional, planejamento estratégico, guerra revolucionária. "Durante toda a sua formação", diz o General Rui de Paula Couto, 54 anos, chefe do Estado-Maior do III Exército, "os militares são alertados para os grandes problemas internacionais. Em razão disso, têm maiores facilidades para perceber as manobras sutis dos inimigos que procuram a dominação mundial." Segundo o General Paula Couto, essas manobras não seriam notadas pelas elites civis, o que obrigaria à intervenção dos militares - "uma intervenção absolutamente transitória".
UMA EXPERIÊNCIA INÉDITA - Sensíveis aos problemas do subdesenvolvimento por serem oriundos de camadas sociais pobres ou da classe média, formados dentro da disciplina e da hierarquia, e educados para cumprir missões, os militares praticam há seis anos uma experiência de governo inédita na história do país. A classe política dividiu-se e naufragou por suas próprias limitações e vícios. Para alguns setores, os militares representam uma intromissão estranha, que modifica radicalmente o livre jogo social, econômico e político; para outros, ao contrário, a intervenção dos militares é recebida como a última - e única - alternativa à preservação do regime. E para a grande maioria das próprias Forças Armadas, o exercício do poder é tarefa da qual pretendem se desembaraçar um dia, entregando-o novamente a uma classe política renovada nos seus costumes. Mas até chegar esse dia - o Presidente Medici manifestou a esperança de que possa surgir até o fim de seu governo -, os militares continuarão a exercer o poder político com o mesmo sentido de missão a cumprir que um jovem oficial cultiva, comandando uma companhia de fronteira, ou que um velho general aplica no último posto de comando.

Artigo publicado na VEJA em 1º de abril de 1970.