Por: Aileda de Mattos Oliveira*
Os governantes brasileiros – pesarosamente, não há outros meios de
nomeá-los, a menos que se empreguem palavras chulas – identificam-se pelos
hábitos que os irmanam quanto à pequenez de seus propósitos, ao fugirem,
pusilânimes, às responsabilidades que lhes outorga o mandato recebido.
Escafedem-se os presidentes no que respeita a cumprirem as obrigações
constitucionais com o Estado. Se o verbo não é bonito, execráveis são todos
os que intentam dançar sobre os destroços do país.
A doutrina que os nutre está além da psicopatia comunossocialista ou de
outras formulações conceituais ultrapassadas. O que domina cada presidente,
na realidade, é o solipsismo, que Antenor Nascentes, grande lexicógrafo
brasileiro, define como "*doutrina segundo a qual o eu é a única realidade
do mundo*"[1]. Escafedem-se os presidentes ao ignorarem as necessidades
prementes deste, apesar de tudo, mísero povo que os elege.
Os jactanciosos executivos engolfam-se nos seus próprios 'eus', ao elevarem
o olhar acima do populacho, direcionando-o, cúpidos, ao horizonte do
favorecimento, do enriquecimento individual a qualquer custo, mesmo
tornando objeto de transação o país que simulam governar. Escafedem-se os
presidentes ao deixar a nação intencionalmente desprotegida, ao relegarem a
plano secundário as necessidades urgentes de suas Forças Armadas, únicas
Instituições que se confundem com o próprio Estado.
Presidentes que se abstêm de dar contas ao país de seus atos, quando o
fazem, circunvagam por autoelogios, inebriados por tornarem-se sujeitos de
suas proposições sempre afirmativas, mas nunca verdadeiras, porque
sofísticas. Mas, ao transporem os limites das fronteiras brasileiras,
aproveitam-se da fúria jornalística das nações que os recebem e tornam-se
pródigos nas críticas negativas às Instituições do país que lhes paga as
viagens para denegri-lo. Desnudam-se, assim, aos estrangeiros, como
indignos brasileiros, sinalizando-lhes que estão propensos a qualquer
acordo, desde que lhes aumente o seu capital. Lá se vai mais um tanto da
nossa soberana soberania. Escafedem-se esses presidentes para
submeterem-se, como fantoches, às pressões externas, sem esconder o seu
pendor à prática político-ideológica de ceder as riquezas da nação
brasileira a países corsários.
O presidente-sigla, oportunista, é incansável em tornar patentes seus
conhecimentos de sociólogo-ideólogo, longe da compreensão da mediana
intelectualidade brasileira. Sendo dirigente, por que não dotou o país de
excelentes centros de inteligência? Sendo dirigente, por que contrariava a
sua função e negociava o país que enganosamente dirigia? Escafedem-se os
presidentes para não dotarem a nação de um plano educacional que levante a
juventude e a transforme numa geração de gênios na ciência e na tecnologia.
Escafedem-se os presidentes para manter o país mergulhado na estagnação de
uma cultura primária.
Presidentes incapazes, insensíveis às urgência do país que exploram, optam
pela amizade e não pelo mérito e qualidade de seus assessores que,
alucinados pelo poder, incitam a discórdia entre brasileiros, insistem em
acirrar os ânimos entre civis e militares, por inveja e agudo complexo de
inferioridade. Tudo com a total complacência dos governantes que agendam
compromissos irrelevantes no estrangeiro sempre que a sanha de seus
sequazes, arrebanhados através dos meios de comunicação, de comitês e de
outros núcleos de inconfessáveis atividades, tentam acender a fogueira da
paixão ideológica, por somente se satisfazerem com o caos social.
Escafedem-se os presidentes para criar um álibi à nação de que estão
isentos de culpa nessas atividades criminosas.
Governantes que se ocultam, vergonhosamente, por trás de jovens
desorientados, sem objetivos de vida, sem horizontes e sem futuro, são os
mesmos que, em outras épocas, deixaram-se manipular e despersonalizar por
outros tantos promotores da desordem coletiva. Os jovens baderneiros de
hoje, como os de ontem, virulentos e mecânicos, são e foram animados por
palavras e atos repetitivos, como acionados por um controle remoto de
primeira geração. Escafedem-se, por covardia, os governantes, usando
irresponsáveis para porem em prática as suas maquinações diabólicas de
ataques a pessoas com um passado invejável em defesa do Brasil e a
patrimônio secular, onde germinou a República Brasileira, agora transmudada
numa "nova república", codinome do grande centro da ladroagem dos "novos
democratas".
Escafedem-se todos os governantes, alimentados pelo desejo do poder,
nutridos pelo dinheiro público, pela arbitrariedade, pelo desprezo à
Constituição, à ordem, e em favor da desagregação do país.
Uma sinergia negativa de executivos, a indicar uma articulação prévia,
fizera desaparecer também o governador e o prefeito, do Estado e do
Município do Rio de Janeiro, no dia em que desocupados, por alguns
trocados, deram provas de mais uma geração perdida. Certamente, esses
governantes escafederam-se.
Um, na Índia, foi aprender alguns mantras para proteger seu governo, antro
infectado de corrupção e de desejo de vingança. No Vaticano, o Papa recebeu
do par de vasos carioca uma miniatura do Corcovado e uma foto do
ex-presidente (inacreditável tanta bajulação!), para que o Pontífice a
abençoasse. [2]
Tira-se o crucifixo das Instituições públicas, mas pede-se proteção ao Papa
para o ateu. Este é o país de hoje, contraditório, reduto de políticos
cavilosos, solipsistas, escafedendo-se, a cada passo, às menores obrigações
do cargo.
[1} *Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa*. Rio de Janeiro: Bloch
Editores, v. VI, 1972,
[2] Brasil 247, em 1/4/2012.
http://www.mundopositivo.com.br/noticias/mundo/2012/3992
(*Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa. Articulista do Jornal Inconfidência.
Membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da
autora.)
A ser publicado (ou publicado para quem receber atrasado) no ALERTA TOTAL, (
http://www.alertatotal.net/ ) do jornalista Jorge Serrão. no dia 4 abril
UMA CUSPARADA NA CARA DO POVO BRASILEIRO
(Paulo Ricardo Paúl – 03 de abril de 2012)
No dia 29 de março de 2012, um jovem cuspiu no rosto de um idoso, um
Oficial inativo das Forças Armadas, um senhor com mais de setenta anos,
certamente. Logo depois, o jovem se vangloriou nas redes sociais como se
tivesse feito um ato heroico, uma ação de extrema coragem. Tolo, mal perdeu
o medo do escuro e já pensou que era o tal. Na verdade com a sua atitude
criminosa (Link) e de todo reprovável, ele explicitou o medo dos
cleptocratas, materializou o autêntico pânico que os acomete quando
militares se reúnem, um efeito que renasceu no Rio de Janeiro, isso nos
anos de 2007 e 2008, quando os 40 da Evaristo (Link) e os Coronéis Barbonos
(Link) foram para as ruas encontrar o povo fluminense.
Hoje os maus governantes de plantão não temem que os militares os arranquem
das tetas fartas do dinheiro público com o uso de tanques e de fuzis, o
pavor deles é que os militares e o povo se encontrem nas ruas. Todos eles
sabem que apesar da insistente e maciça campanha para transformar o militar
em sinônimo de ditador, torturador e assassino (Não negamos, crimes
ocorreram, não devemos esquecê-los, mas crimes de ambos os lados e
praticados por minorias também de ambos os lados).
Apesar do movimento contra os militares, eles sabem que significativa
parcela do povo brasileiro, sobretudo a que paga os seus impostos para
sustentar o Brasil e que não recebe qualquer bolsa esmola, lembra que os
militares não saquearam os cofres públicos como ocorre atualmente e, ainda,
impulsionaram o país para o futuro. O povo tem consciência que nenhum dos
ex-presidentes militares enriqueceu no exercício do poder, algo que hoje
alguns vereadores conseguem em apenas seis meses de mandato. Eles sabem que
para essa parte da população militar é sinônimo de honesto e de competente,
verdade que os deixa em cólicas.
A cusparada foi um ato de desespero, um esforço inútil de intimidação, uma
tentativa inócua de evitar que os militares, ordeira e pacificamente, como
ocorreu no ato realizado no Clube Militar, se reúnam e tenham contato com o
povo, principalmente os que trabalham mais de quatro meses por ano para
encher as tetas que eles sugam insaciavelmente.
Desistam, isso é inevitável, o povo e os militares sempre estiveram unidos.
Os maus governantes conseguem controlar parte da mídia, do judiciário e do
ministério público. Controlam até parte da população, a comprada com as
bolsas isso e aquilo, mas não conseguem controlar os efeitos da interação
do povo com seus heróis.
Temor que tem feito com que no Rio de Janeiro, por exemplo, o governo
estadual tenha adotado nos últimos cinco anos, inúmeras represálias para
evitar que os Policiais Militares e os Bombeiros Militares levem a sua
justa luta por melhores salários para as ruas, onde a população os apóia.
Represálias que começaram contra os 40 da Evaristo e os Coronéis Barbonos,
no início do governo, avançando contra os movimentos SOS Bombeiros e PMERJ
no local, culminando no dia 10 de fevereiro de 2012 com as ações criminosas
que jogaram nos porões da penitenciaria Bangu 1, feita para guardar os mais
perigosos criminosos condenados, Policiais Militares e Bombeiros Militares.
Militares do Brasil, a cusparada covarde atingiu a cara do povo brasileiro,
o povo que nós juramos defender com o risco da nossa própria vida.
Diante da grave afronta, o que fazer?
Responsabilizar civil e penalmente o medroso, ação que já foi iniciada
(Link) e fazer exatamente o que os maus governantes temem, ou seja, ordeira
e pacificamente, ir para as ruas encontrar o povo que não suporta mais
tanta roubalheira, povo que nos aguarda de braços abertos.
No exercício pleno da nossa cidadania, desarmados, em trajes civis e
estando de folga (ativa), como nos ensinaram os 40 e os Barbonos, ordeira e
pacificamente, ajudemos a população a colorir as ruas de amarelo, verde
(Exército), azul (Aeronáutica e Polícia Militar), branco (Marinha) e
vermelho, não o vermelho do comunismo, que o Brasil venceu décadas atrás,
mas o vermelho dos heroicos Bombeiros Militares.
Juntos conseguiremos vencer a subserviência que querem nos impor.
Juntos, povo e militares, venceremos a cleptocracia que alguns querem
enraizar no Brasil.
O povo precisava novamente do nosso idealismo, nosso destemor, nosso amor
pela pátria e nossa honestidade.
Não os venceremos com fuzis e tanques, nós os venceremos nas urnas, o povo
sabe que só nós temos condições de reverter o quadro atual, matando a onda
de corrupção que está destruindo o Brasil.
Organizados, logo estaremos nas câmaras de vereadores, nas assembleias
legislativas, nas prefeituras, nos governos estaduais, no Congresso e na
cadeira 01, defendendo os interesses nacionais. Nós os venceremos com o
apoio do povo, novamente, mas dessa vez com a força dos votos e com a
tarefa hercúlea de construirmos uma democracia de verdade, algo que eles
não conseguiram.
40 da Evaristo e Coronéis Barbonos, hora de voltar.
Policiais Militares e Bombeiros Militares, hora de continuar.
Militares federais, hora de avançar.
A uma só voz devemos repetir: Adsumus!
Ordeira e pacificamente, salvar o Brasil, eis a missão.
A nossa estreia poderá ser planejada para ocorrer em um ato contra a
corrupção, nada mais apropriado.
Caxias, Tamandaré, Santos Dumont, Tiradentes e Pedro II estarão conosco.
Juntos Somos Fortes!
Paulo Ricardo Paúl é coronel reformado da PMRJ
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