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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

5.04.2008

Produção estagnada!!!!

   O setor de petróleo tem sido marcado, nos últimos tempos, mais por anúncios de descobertas de grandes jazidas ... do que por realizações destinadas a expandir a produção.

Produção estagnada

Há dois anos, o governo gastou muito dinheiro em publicidade para comemorar a auto-suficiência do País em petróleo. Dizia-se que finalmente o Brasil deixaria de gastar dólares com a importação de petróleo. Desde então, com a conta petróleo, os gastos só cresceram. No ano em que o governo proclamou a auto-suficiência, a balança comercial de petróleo e derivados registrou um déficit de US$ 3,2 bilhões. Em 2008, apesar dos anúncios de descobertas de campos com imensas reservas, pode chegar a US$ 8 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, o déficit alcançou US$ 1,4 bilhão, como admitiu a Petrobrás - ou US$ 3,1 bilhões, segundo fontes privadas, que incluíram as importações de gás natural e hulha. Com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), essas fontes constataram a ocorrência de um déficit de US$ 8 bilhões nos últimos 12 meses.

A balança comercial do petróleo sempre foi negativa, mas o desequilíbrio se reduziu expressivamente entre 2000 e 2003, passando, respectivamente, de US$ 6,42 bilhões para US$ 2,53 bilhões, segundo estimativas de uma empresa privada de consultoria citadas há alguns dias pelo jornal Valor. Em 2004, conforme essas estimativas, o déficit chegou a US$ 5,74 bilhões, recuando para US$ 4,18 bilhões, em 2005, e para US$ 3,2 bilhões, em 2006. Mas, no ano passado, avançou 80%, alcançando US$ 5,8 bilhões. Os dados da Petrobrás, usando critérios diferentes, indicam pequenos superávits desde 2005.

O saldo da conta petróleo depende do aumento da produção da Petrobrás e de refinarias com capacidade de processar o óleo pesado extraído dos campos brasileiros. Com a estagnação da produção e a falta de investimentos em novas refinarias, o País importa mais petróleo a preço recorde no mercado internacional - acima dos US$ 110 o barril, nos últimos dias -, enquanto exporta, a preços menores, o excedente de óleo pesado.

As exportações brasileiras de petróleo bruto e gasolina apresentaram crescimento impressionante: de US$ 1,12 bilhão, em 1999, passaram para US$ 4,90 bilhões, em 2003, e US$ 16 bilhões, em 2007, com projeção para US$ 20,8 bilhões neste ano. Mas as importações cresceram em ritmo ainda maior, chegando a US$ 21,8 bilhões, em 2007. Em 2008, devem alcançar US$ 28,8 bilhões.

O setor de petróleo tem sido marcado, nos últimos tempos, mais por anúncios de descobertas de grandes jazidas - que têm sido explorados politicamente, como foi o caso, há dias, da apressada estimativa feita pelo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, do potencial do Campo Carioca, durante o período de operação do mercado financeiro, o que afetou fortemente as negociações com ações da Petrobrás - do que por realizações destinadas a expandir a produção.

Normalmente, entre a descoberta de um campo e o início da produção decorrem alguns anos. Mas, tendo sido contemplada por descobertas que só produzirão petróleo no futuro, a Petrobrás parece ter esquecido o presente. O diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (Cbie), Adriano Pires, observa que a Petrobrás não está atingindo os níveis de produção por ela previstos. A conta petróleo está "muito deficitária" porque "a produção brasileira praticamente não cresceu em 2007", segundo ele.

Em seu Oil Market Report de 11 de abril, a Agência Internacional de Energia (IEA) deu destaque para o Brasil entre os produtores não pertencentes à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mas reviu para baixo suas projeções: "Nós moderamos nossas projeções de 2008 para a produção brasileira, em linha com os dados atuais mais baixos de janeiro e as últimas projeções próprias da Petrobrás de uma produção de (óleo) cru em torno de 2 milhões de barris por dia neste ano."

O déficit da conta petróleo será um complicador para a balança comercial, cujo saldo registra um rápido declínio. Conforme a pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com departamentos econômicos de bancos e consultorias, o saldo comercial, de US$ 40 bilhões em 2007, deve ficar em US$ 25 bilhões em 2008. A previsão do superávit vem caindo nas pesquisas semanais do Banco Central, e um dos motivos da queda é justamente a evolução da conta petróleo.
 

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