Esta palavra, segundo o Aurélio, pode ser um adjetivo, para designar algo que visa ao bem-estar da humanidade, ou alguém que ama os seus semelhantes, bondoso, benfeitor, humano, ou um substantivo, aplicado aos que desejam e trabalham para o bem da humanidade, considerada coletivamente, aos filantropos.
Quer dizer então que Battisti é tudo isso, na visão de nosso ministro da Justiça? Quer dizer que os quatro assassinatos de chefes de família que cometeu, em nome da causa comunista, o definem como uma pessoa "humanitária"? Ou quer dizer que um governo que acoberta um criminoso da pior espécie, que cometeu crimes hediondos, comprovados pela justiça italiana (e a delação premiada não o inocenta de seus crimes) e que busca razões que simplesmente não existem para justificar a sua posição age, então, "humanitariamente"?
Razões "humanitárias", dr. Genro e outras vozes "militantes"? Ora, por que não contam outra piada? Arranjem outro argumento, porque esse é mais do que furado! Sejam corajosos e assumam que sua proteção a Battisti deve-se a razões puramente ideológicas, as mesmas que levam o governo a continuar abrigando em sua embaixada em Tegucigalpa o fanfarrão protogolpista fracassado Zelaya, as mesmas que o levaram a despachar para Cuba atletas que buscaram refúgio no Brasil para fugir da ditadura daquela ilha da fantasia, as mesmas que o fizeram acolher com honras de chefe de Estado um indivíduo da estirpe de Ahmadinejad, o presidente iraniano que nega o Holocausto, prega a extinção do Estado de Israel, reelegeu-se graças a ações fraudulentas, persegue os homossexuais, é pau mandado de uma ditadura xiita e jura (alguém acredita?) que não quer construir armas nucleares. As mesmas razões, ainda, que o levam a andar de mãos dadas com Chávez, Correa, Morales, Raul e Fidel Castro e assemelhados. E as mesmas que têm levado nossa política externa a endossar dezenas de bobagens.
O Brasil que não sofre de cegueira ideológica não quer que Battisti permaneça aqui. A Itália, com mais fortes razões, também não. Vamos ver o que o presidente Silva, do alto de sua comprovada sapiência e popularidade, decide, já que o Supremo preferiu agir como Ínfimo...
Os que têm sentimentos verdadeiramente humanitários pedem desculpas à Itália: scusame!
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