Temos poupado às autoridades civis e militares de críticas ácidas, exceto algumas, levemente jocosas, mas de forma a não ferir a disciplina, nem ofender superiores, nem sermos processados por falta de decoro, mas é dose agüentar sem lamentar.
Foi duro de agüentar o nº 1, o nº 2, o nº 3... .
Será que atingimos o fundo do poço? Como podemos aceitar tamanho revanchismo? Como as autoridades (?) concordaram com a cretinice de buscar a verdade entre os subversivos?
Diante de tanta leniência, curvamo-nos perante uma vergonhosa constatação, a de que perdemos muito mais do que a coragem.
É oportuno perguntar de qual cepa foram construídos? Qual a sua real estatura?
Mas a pergunta que não quer calar é o que fazer?
Não reagir. Mas preservar a quem? Ás Instituições? Medo da faxina?
Há controvérsias.
Não tomar a menor atitude, salvaguardar as tradições da caserna?
Não comemorar datas importantes e, por vezes, proibir são sinais de disciplina, ou de subserviência?
Há controvérsias.
Nas Instituições Militares, se não concordassem com o que está ocorrendo, poderia ser pior?
1. Seriam sucateados os equipamentos das três Forças Singulares?
2. Congelariam os salários dos militares?
3. Voltariam a empregar o velho FAL? Os canhões sem-recuo do antigo Acordo Militar Brasil-EUA?
4. Os efetivos a serem incorporados pelo Serviço Militar Obrigatório chegariam ao ridículo número de apenas 40 mil, num universo de mais de dois milhões de jovens, que anualmente atingem a idade prevista?
5. As Forças Singulares servem aos governos ou ao Estado Nacional? Seriam empregadas em missões tipo-policia? Nos morros?
6. As tropas de Engenharia poderiam ser empregadas em reformas, por exemplo, do Palácio do Planalto?
7. Qualquer um poderia ser nomeado Ministro da Defesa? Mesmo sem ter prestado, no mínimo, o Serviço Militar Obrigatório?
8. ........
Ou quem sabe, foi cogitada, como forma de ameaça, a nomeação de Comandantes das Forças, deputados, senadores? A subordinação seria ao Partido?
Diante do irrespondível, alguns chegaram à crucial conclusão de que estamos diante de uma esfinge, e que não adianta tentar decifrar o enigma.
Pode ser que um dia, quando escritas as suas memórias venhamos a saber o que se escondia por detrás do morro.
Até lá, que cada um dê a César o que é de César. Aplaudam ou torçam o nariz.
E "la nave va".
Brasília, DF, 23 de novembro de 2011.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira.
PS: Fomos informados que os itens 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 já ocorrem ou ocorreram.
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