A nota dos Clubes Militares reflete uma preocupação não só dos oficiais da reserva, mas também dos da ativa, que reclamam das declarações de integrantes da comissão de que apenas "agentes do Estado" devem ser investigados pela Comissão da Verdade. Eles também se queixaram do discurso da presidente Dilma Rousseff, que ao instalar a comissão chegou a se emocionar ao lamentar a morte dos perseguidos políticos e exaltar o desejo de seus familiares de os enterrarem, sem se referir aos que foram mortos pela esquerda.
Os presidentes dos clubes lembraram que as famílias dos militares mortos pela esquerda, que passam de 100, "sentem a mesma imensa dor, a qual se agrega o sofrimento de se verem totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado, enquanto que às famílias dos antigos militantes tudo é concedido. Honrarias, pensões, indenizações, etc...." Eles pedem este reconhecimento "também, por razões humanitárias e de justiça".
A nota conclui afirmando que "dentro destes princípios estamos certos de que a História do nosso País poderá ser enriquecida com Verdades, hoje distorcidas por versões e meias verdades, no mais das vezes destinadas a iludir as novas gerações a quem nos cabe legar um passado adequadamente descrito e que sirva de exemplo para o futuro".
Ontem, em reunião, os presidentes dos Clubes Militar (Exército) e da Aeronáutica, deram apoio à comissão paralela da verdade criada pelo Clube Naval, para dar assistência jurídica aos militares que forem convidados a depor pela Comissão da Verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário