Estou repassando conforme recebi porém no meu entender a versão correta é a do Adjunto do Serviço de Segurança que estava o dia inteiro ao lado do Presidente João Figueiredo. O maior erro cometido foi deixar assumir o sarney que SERIA VICE-PRESIDENTE SE O PRESIDENTE TIVESSE ASSUMIDO.
Um pouco de história moderna, com direito a relato de testemunha ocular:
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Pouquíssimas pessoas sabem sobre o que vou contar.
Dia 14 de março de 1985, eu, Adjunto do Serviço de Segurança, estava de serviço com o PresRep.
Era o último dia do governo. O Presidente já havia "limpado" sua mesa de trabalho, mas, resolveu cumprir o expediente.
Fomos para o Planalto pela manhã, e voltamos à tarde, como normalmente era feito, após o almoço no Torto.
Por volta das 14 horas, o Chefe do Serviço de Segurança, Cel Periassú, chegou na sala do Adjunto de Serviço ( o gabinete do presidente tinha tres portas: uma privativa, que abria, apenas por dentro, que era por onde ele entrava quando chegava pelo elevador privativo. Outra porta, que tambem abria por dentro, dava acesso a um salão para pequenas recepções. A terceira, e a mais usada, por onde entravam TODAs as demais pessoas, tinha acesso através da sala do Adjunto, e sua fechadura elétrica era comandada por este oficial,e só assim podia ser aberta pelo lado de fora).
Voltando ao assunto. Como a entrada do Chefe da Segurança só podia feita se eu comandasse a fechadura, este me disse assim:
" Moreno (era um tratamento amigo entre nós), preciso falar com o Chefe".
Respondi: O que foi Peri? Você está branco (Periassu era bem moreno, tipo indio, e estava literalmente empalidecido).
Percebi que seria algo sério. Disse a ele que esperasse, que eu iria ver se o Presidente poderia recebê-lo.
Adentrei o Gabinete. O Presidente estava só e lendo um folheto. Perguntei:
" Chefe, o Peri queria falar com o senhor. Posso deixar ele entrar?
Com o assentimento do Presidente, voltei a minha sala e o Peri entrou.
Passados uns cinco minutos ele saiu e me disse:
" Moreno, o Tancredo tá fudido. Tá mal. Doente, cancer no intestino. Quando você chegar ao Torto, ponha o Plano Segurança em ação. Poderá haver corrida de pessoas e imprensa para lá.".
Estranhei o fato, mas...................
Por volta das 15 horas, a porta do Gabinete se abriu, e o Presidente me disse : " Vamos embora"
Acionei o esquema , mandando atracar o comboio, e em cinco minutos estávamos indo para o Torto.
No carro, o Presidente manteve-se calado o tempo todo.
Chegamos ao Torto, e uma hora depois, acompanhei o Presidente na caminhada da tarde, que ele fazia todos os dias.
Durante a caminhada, ele me perguntou se o Periassú me havia contado alguma coisa a respeito da conversa deles.
Respondi que sim, e que havia estranhado, mas que já havia tomado todas as medidas recomendadas quanto à segurança.
O Presidente ainda me perguntou o que eu achava do fato.
Eu disse que achava estranho, pois, enquanto me trocava para a caminhada, vi na televisão as reportagens, AO VIVO, sobre as atividades do Presidente Tancredo, mas, como o Peri era muito bem informado, não podia duvidar. Até hoje, ainda, não sei como ele soube do problema com tanta antecedência; nunca revelou.
Terminamos a caminhada, fui para o camarote tomar banho e me trocar para o jantar.
Por volta das 18 horas, a TV informava que o Tancredo estava sendo levado em emergência para o Hospital de Base.
Logo em seguida, o telefone tocou. Era o Periassú perguntando se eu havia tomado as medidas de segurança, e mandando que eu escalasse um Oficial da Segurança, mais uma equipe de agentes para auxiliar o Major da PM de Minas ( não consigo lembrar o nome dele, era, ou é, um nome francês) que seria o Chefe da Segurança do Tancredo.
Mandei para o Hospital o TenCel Inf Aer Mattos, e uma equipe de 15 agentes.
Por volta das 20 horas, o Cel Mattos me ligou e disse que o Major PM não aceitou a ajuda e dispensou o pessoal.
É bom lembrar que nós, da segurança, tinhamos muita experiência em executar nosso serviço em Hospitais, haja vista as inúmeras vezes em que o Figueiredo foi hospitalizado, inclusive no exterior.
O Mattos ainda me disse que o Hospital estava uma "zorra". Gente para todos os lados, inclusive no ambiente onde estava o Tancredo.
Determinei que ele se retirasse, mas que se mantivesse em alerta para qualquer necessidade.
O que aconteceu no Hospital todos sabem.
No dia seguinte, dia 15, oito horas da manhã, saimos do Torto em direção ao Planalto. Antes porém, o Presidente disse que queria passar no Hospital para visitar o Tancredo.
Acionei o esquema mandando uma equipe para o Hospital para fazer nossa chegada.
Chegando ao Hospital, fomos para o andar onde estava o Tancredo.
Fomos recebidos por assessores, e aguardamos a vinda de D. Violeta.
Esta, chegando onde estávamos, com ar de indiferença, agradeceu mas não autorizou a visita.
Descemos e fomos para o Palacio do Planalto.
No Gabinete Presidencial, estávamos umas 10 pessoas apenas. Que me lembre, estavam o Presidente, o Ministro Leitão de Abreu, o Ministro Venturini, Ministro Medeiros, Ministro Ludwig, Cel Periassu, Cel Dias Dourado ( chefe da Ajudância de Ordens), o Cel Medico Newton Mattos e eu próprio. Isto já passava das nove horas da manhã.
Por volta de nove e meia, vi e ouvi, o Presidente se dirigir ao Dr. Leitão de Abreu e perguntar :
" Dr. Leitão. Quem deverá assumir?". Leitão de Abreu era o único ministro a quem o Presidente dispensava tratamento cerimonioso. Os demais, tratava pelo nome.
Resposta do Dr. Leitão: " Quem tem que assumir é o Dr. Ulysses, Presidente da Câmara."
Perto já das dez horas da manhã, novamente o Presidente se dirigiu ao Dr. Leitão, e, desta vez para perguntar:
"Dr. Leitão. A que horas termina meu mandato?"
Resposta: " Às dez horas, Presidente".
Nessa altura dos acontecimentos, a posse do "usurpador", no Congresso, se transformava em verdadeira farra.
Às dez horas em ponto, o Presidente Figueiredo, olhando o relógio de pulso, levantou-se da cadeira em que estava e disse:
"Vamos embora. Não tenho nada mais a fazer aqui."
Nos dirigimos para a saida privativa, descemos de elevador, embarcamos no comboio e fomos para o aeroporto.
A saída não foi pela garagem como cita o autor do texto abaixo. Saimos pela saida privativa, que fica no andar térreo do Palácio. Da porta de saida privativa, o trajeto leva até a via principal da Praça dos Três Poderes, e , aí, tem duas opções: Virar à direita e passar frente ao Palácio, ou, virar à esquerda e seguir em direção ao Alvorada. Para não passarmos frente à massa que lotava a Praça, à espera da cerimonia, optamos pela segunda alternativa.
Não havia razão de ser descermos pela rampa.
Esta é a verdadeira história da famigerada " saída pelos fundos".
Das pessoas que mencionei acima, que estavam no Gabinete Presidencial e que testemunharam estes fatos, a maioria já faleceu. Certeza de que ainda vive, tenho apenas do Cel. Periassu e dúvida quanto ao Cel MD Newton Mattos e ao general Venturini.
Perguntas não feitas, e , consequentemente sem respostas:
1. O Presidente Figueiredo tinha, realmente, intenção de cumprir a cerimonia de transmissão do cargo?
Na minha opinião, sim, pois, do contrário não esperaria até às dez horas. Teríamos ido direto, do Hospital para a Base Aérea.
2. O presidente Figueiredo passaria o cargo, cumprindo todo o protocolo ao Dr. Ulysses?
Na minha opinião, sim. Apesar de não gostar do Dr. Ulysses, ele sempre demonstrou ter respeito ao valor do adversário.
3. O presidente Figueiredo passaria o cargo, cumprindo todo o protocolo, ao Sarney? ( Me recuso a colocar tratamento antes do nome do sacripanta).
Tenho minhas dúvidas, mas acho que sim, pelo simples motivo de que, mesmo sabendo que o Sarney havia sido diplomado e empossado (ilegalmente) no Congresso, ele ainda esperou até a hora marcada.
Em qualquer hipótese, ele demonstrou respeito, aguardando, até o último minuto, para cumprir a liturgia do cargo.
Acho que a falta de respeito demonstrada pelos novos governantes, prolongando a festa no Congresso e desrespeitando os horários, pode tê-lo irritado.
Aliás, essa falta de respeito, de ética, e de outras virtudes mais, todos sabem que, até hoje, são marcas indeléveis da corja que usurpou e usurpa, até hoje, o poder.
E você, se estivesse no lugar dele, o que faria?
Abs.
REPASSANDO!
Leiam e saibam porque , o ex presidente Figueiredo, nao passou a faixa
ao sucessor....Informaçao é poder.
Agora dá para entender o motivo do Gen Figueiredo não ter passado a
faixa pro Sarney. Ele estava certo, os milatares, mais uma vez,
acertaram. É só ver os bandidos que estão conduzindo essa nação. Pobre
Brasil. Perdido.
Figueiredo e o impostor grileiro da Presidência da República , o
corruptor do Senado Federal
03 de agosto de 2009
João Figueiredo estendeu a mão para a pacificação da Nação, patrocinou
a Lei da Anistia e sonhou com a dignidade dos brasileiros para a
restauração da democracia. Acertou em não passar a faixa presidencial
a José Sarney, o impostor, grileiro da Presidência da República e
corruptor do Senado Federal.
Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro
Qualquer pessoa ou turista que desembarcasse em Santarém, às margens
dos rios Tapajós e Amazonas, poderia ter a oportunidade de ser levado
ao Sr. Bentes, cidadão de aparência simples, mas conhecido negociante
de ouro, pedras, antiguidades e santos barrocos.
Tarso Genro, ministro da Justiça, bem que poderia desenterrar
interessante relatório da Polícia Federal, dando conta que o
ex-governador do Maranhão José Sarney, após a sua eleição a
vice-presidente da República em 1984, adquiriu do amigo Bentes, 180
peças de santos barrocos nacionais e estrangeiros, alguns até ornados
com cabelos humanos.
A ilha dos santos de Sarney
Quem for à ilha de Curupu, em São Luiz, convidado pela família Sarney,
provavelmente poderá entrar na sua casa colonial e ajoelhar-se
extasiado frente à belíssima coleção de imagens de santos barrocos que
inspiram a religiosidade dos Sarneys, gratos às divinas bênçãos que
receberam pelo árduo trabalho na política para alcançar fortuna que
beira o primeiro bilhão patrimonial.
Muitas dessas estatuetas de santos já foram motivos de boletins de
ocorrência policial no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Vale do Paraíba,
Goiás e Nordeste, alvos de saques encomendados. Adidos culturais de
embaixadas da América Latina já andaram dando buscas de semelhantes
relíquias pelo país, algumas sigilosamente devolvidas por seus
"inocentes" ou incautos possuidores.
Os 16 km2 da ilha da fantasia, suposta herança da família de Marly
Sarney, esposa do ex-udenista Sarney, como doação a frei Mata Borges,
contrasta com a prostituição, criminalidade e miséria do povo
maranhense.
A ilha preserva obras que integram a biblioteca do astuto político
maranhense, para deleite dos visitantes, com livros que envaidecem o
seu proprietário, membro imortal da Academia Brasileira de Letras.
A fé na Presidência da República
A devoção à legião de seus santos barrocos, naturalmente, inspirou a
fé em Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, o cognominado José
Sarney, para ocupar efetivamente a presidência da República a qualquer
tempo. Nada é por acaso. O eleito presidente da República, Tancredo
Neves, era internado às pressas para grave cirurgia no Hospital de
Base de Brasília, no dia 14 de março de 1985, véspera da sua posse no
Palácio do Planalto, a ser transmitida pelo último soldado presidente,
João Batista Figueiredo.
Na manhã do dia 15, enquanto Dr.Tancredo Neves contorcia-se no leito
hospitalar , a Nação assistiu José Sarney arvorar-se no direito de
substituir o enfermo, o presidente que jamais seria empossado dada a
gravidade da sua saúde, já que o presidente da Câmara Federal ,
Ulisses Guimarães, na linha de sucessão não quis assumir a presidência
da República.
João Figueiredo não se convencia de que o mandarim do Maranhão
assumisse como vice-presidente o lugar de um presidente que não tinha
assumido seu posto. A estimativa palaciana do dia e relatórios
secretos do Serviço Nacional de Informações davam conta do evidente e
difícil desfecho do futuro chefe da Nova República.
Sabia de véspera que Leitão de Abreu, chefe da Casa Civil, havia
exonerado o seu ministério e recebeu o aviso de que o casal José
Sarney estava a caminho do Palácio do Planalto, onde diplomatas,
autoridades e familiares aguardavam o ato para transmissão do poder.
Não à faixa de presidente para Sarney
Instantes antes das dez horas daquele intrigante 15 de março, o major
ajudante de ordens comunicou a João Figueiredo que o elevador
privativo o aguardava. Num gesto inusitado, o soldado-presidente avisa
e confirma a seu leal Chefe da Casa Civil que se recusava,
terminantemente, a passar a faixa presidencial a um impostor e, de
imediato, deixou o palácio pela garagem. O ato encerrou seu mandato e
marcou o nojo que sentia pelos políticos falsos e sanguessugas do
poder com quem teve que conviver. Abalado na sua cardiopatia, implorou
à Nação: "esqueçam-me".
O mandarim do Maranhão e seus "santos barrocos" que conspiram pela
desonra que o seu proprietário hes causa e não o perdoarão pelos
sacrilégios causados contra a Nação a às instituições do Brasil.
O patrono da anistia política, ao sabor do seu slogan "lugar de
brasileiro é no Brasil", desejou pacificar a Nação para que as suas
elites responsáveis olhassem o porvir da Pátria com grandeza para o
desenvolvimento, soberania e paz social, sob a restauração da
harmonia do exercício dos três poderes da democracia.
O crepúsculo do impostor
Aí está José Sarney, o impostor pré-octogenário, mandarim do Maranhão
e vice-Rei da República, a desmoralizar a Democracia, o Parlamento, o
Judiciário, a Nação, a Imprensa e o Brasil no exterior, apoiado por
Luiz Inácio da Silva, o presidente do governo mais corrupto da
história de nossa amargurada Pátria, e pela insanidade de colegas do
Congresso Nacional.
Caberia um instante de humildade ao colecionador de santos barrocos
para sair pela porta da frente do Senado Federal e evitar a desonra de
ser obrigado a deixá-lo pela garagem, saída que, para o último
general-presidente foi uma honra, posto que evitou pegar nas suas mãos
sujas pelo poder e entregar a faixa de grileiro da Presidência da
República.
Aguardemos a rebelião dos "Santos de Curupu" contra o instinto
impostor daquele que não entendeu que chegou o seu crepúsculo de
gatuno e exemplo da imoralidade da política nacional. (OI/Brasil acima
de tudo)
MG > Levanta Brasil - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (Parágrafo único Art. 1º)
Um comentário:
Gostaria de saber o autor da matéria sobre a verdadeira história da "saída pelos fundos" do gal. figueiredo, para poder repassar.
Deixo meu e-mail:
ogjane@gmail.com
Grata,
jane
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