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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

6.17.2008

Os abutres da aviação

por Leonardo Attuch
attuch@istoe.com.br

Na teoria, o PT, como seu próprio nome indica, é o Partido dos Trabalhadores. Na prática, tem uma repulsa completa à idéia de que trabalhadores possam exercer funções de comando em empresas privadas - e o caso Varig talvez seja apenas um entre vários exemplos. A história que vem sendo contada até agora pelos governistas tem um tom fatalista. Como não havia alternativa, só se permitiu a venda da empresa ao fundo abutre do investidor chinês Lap Chan e seus laranjas porque, caso contrário, a empresa quebraria. Seguindo esse roteiro, a ministra Dilma Rousseff foi uma heroína, que teve a iniciativa de meter a mão na cumbuca para evitar a perda de milhares de empregos e o sumiço de um ícone empresarial brasileiro.

A história real, no entanto, é diferente. Havia, sim, um plano B, que jamais foi considerado pelo governo petista. Os trabalhadores da empresa, que eram seus principais credores, uniram-se em torno da Associação dos Pilotos da Varig (Apvar). Pretendiam usar seus créditos trabalhistas, os salários atrasados e até mesmo o dinheiro que haviam colocado no Aerus, o fundo de pensão da companhia aérea, para capitalizar a empresa. Em junho de 2006, ofereceram US$ 450 milhões pela Varig, mas o juiz que conduzia o processo de falência, Luiz Roberto Ayoub, não homologou a proposta.
O PT poderia optar entre os trabalhadores da Varig e os laranjas de um chinês. Ficou com a segunda alternativa

Em grande medida, porque o governo federal a tornou inviável, ao decretar a intervenção no Aerus e também ao ameaçar seqüestrar todos os recursos pagos no leilão para a quitação de dívidas fiscais.

Quando os trabalhadores foram colocados em posição de impedimento, o investidor Lap Chan, que já vinha ciscando na grande área, pôde marcar seu gol. Num novo leilão, ofereceu US$ 24 milhões - 5,3% do que os trabalhadores se dispunham a pagar pela Varig. E levou a companhia sem nenhum tipo de sucessão fiscal e trabalhista - algo que o PT jamais cogitou oferecer aos funcionários da Varig. Os empregos sumiram e o dinheiro do Aerus também - hoje, cerca de 8,5 mil pensionistas da companhia aérea, ex-pilotos e comissários vivem na rua da amargura.

A venda da Varig aos empregados contrariava grandes interesses, infiltrados na Casa Civil e na Anac. Primeiro, porque poderia preservar a competição e evitar o duopólio entre TAM e Gol. Segundo, porque traria ao Brasil, como sócia da Varig, um grande investidor - a Lanchile estava interessada no negócio. Hoje, quando se fazem as contas, conclui-se que o fim da Varig custou cerca de R$ 10 bilhões ao País. As rotas internacionais foram ocupadas por empresas estrangeiras e o mercado brasileiro se tornou um dos menos competitivos do mundo. Eis aí o resultado do heroísmo da Casa Civil.


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