>> vergonha nacional >> Impunidade >> impunidadE I >> impunidadE II >> VOTO CONSCIENTE >>> lEIA, PARTICIPE E DIVULGUE

Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

8.10.2008

Militares pressionam para Lula se manifestar sobre Lei de Anistia

Forças gostariam de ouvir que nova interpretação da legislação, como sugeriu Tarso, é questão do Judiciário

Tânia Monteiro


Os comandantes das Forças Armadas querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifeste, em público, sobre a polêmica aberta pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que defendeu nova interpretação da Lei de Anistia para os militares que torturaram no período da ditadura (1964-1985). A pressão abriu negociação com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao longo da semana passada e, se for bem-sucedida, Lula pode vir a se manifestar na terça-feira, dia da solenidade de apresentação, no Planalto, às 10 horas, dos oficiais-generais promovidos.

Jobim ouviu, em especial, as ponderações do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, com quem conversou na sexta-feira, mas não fez nenhuma promessa. Os militares gostariam de uma manifestação de Lula como comandante supremo das Forças Armadas, admitindo, como já disseram o vice-presidente José Alencar e outros ministros, que não compactua com as idéias de Tarso, que a anistia é uma questão do Judiciário e que o Executivo não vai tomar a iniciativa de reabrir a discussão em torno da abrangência da anistia quase 30 anos após a aprovação da lei.

O interesse dos militares deve entrar na pauta da reunião da coordenação política, nesta segunda-feira, às 16 horas, com a presença de Lula, mesmo estando Jobim de viagem marcada para a Amazônia. Os dois deveriam conversar neste fim de semana, depois que o presidente voltar da China - o que estava previsto para ontem. O mais provável é que, na terça ou em outro momento que julgue adequado, mesmo sem fazer uma crítica direta a Tarso, Lula acabe por dizer algo genérico, na linha de que "é preciso olhar para o futuro", ainda que não seja possível "apagar o passado".

A negociação em torno de uma declaração pública do presidente foi precedida de um entendimento costurado desde o fim da semana passado entre Jobim e Enzo por causa da manifestação de apoio às Forças Armadas, na forma de um seminário realizado na quinta-feira no Clube Militar, no Rio. No fim daquele dia, houve alívio com a postura dos militares da ativa que participaram da manifestação, mas - como pré-acertado entre Jobim e Enzo - não cometeram atos de indisciplina, quebra da hierarquia ou afronta à autoridade superior.

Os militares decidiram não exibir as fichas de quem chamam de "terroristas esquerdistas que, devidamente anistiados, estão no governo". Em contrapartida, o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, e o chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército, general Paulo César Castro, puderam ir ao "seminário", mas aceitaram a condição imposta pelo general Enzo, de marcar presença "como pessoas físicas". Ouviram do comandante a recomendação de que não poderia proibi-los de ir a um teatro, mas entendia que eles não deveriam ir ver uma peça fardados, assim como não deveriam emitir opinião sobre o assunto em debate. Para o comando, a "peça" do Clube Militar deveria ser encarada como ato público social.

Assim foi feito. Os dois generais foram à paisana e se limitaram a dizer que quem fala em nome do Exército é o comandante. O general Enzo comunicou o fato a Jobim e ambos entenderam que não havia problemas se eles fossem e cumprissem o acertado. Na sexta-feira, mais uma vez, Jobim e Enzo conversaram e avaliaram que tudo correu dentro da normalidade.

Um ministro de Lula, embora reconheça que não houve quebra de norma militar com a presença dos dois generais , observou que eles "agiram no limite" e "se posicionaram politicamente" ao ir ao Clube Militar. Segundo o ministro, da mesma forma que Tarso não deveria ter falado o que falou, os generais não deveriam ter ido lá.

Coincidência ou não, no dia da cerimônia com os novos oficiais-generais, na terça-feira, Lula se reunirá também com representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio. O presidente vai participar do lançamento da caravana da UNE pelo País, em defesa da educação, da saúde e da cultura. Os estudantes que se reunirão com Lula serão os mesmos que foram ao Clube Militar, na quinta-feira, gritar palavras de ordem contra os militares.

Do Estadão

Nenhum comentário: