No caso de Dilma, houve excelente prognóstico, com o câncer detectado muito rapidamente, com índice de cura que varia de 80% a 94%", segundo o hematologista Nelson Hamerschlak, do Hospital Albert Einstein, que à época deu declarações à imprensa.
Já na doença de Lula, o câncer de laringe responde 2% das neoplasias malignas do Brasil, com oito mil casos novos por ano. Compreendem 3,8% das neoplasias malignas no homem e 0,6% nas mulheres, correspondendo a três mil mortes por ano.
A doença, que é predominante na idade entre 50 a 70 anos e representam 20% dos casos de câncer de cabeça e pescoço. Quando conduzido adequadamente, é considerado como um dos processos neoplásicos malignos de maior chance de cura, com taxa de 68%.
O tipo mais comum é o carcinoma epidermóide, em mais de 90% dos pacientes com câncer de laringe. O local mais freqüente na laringe é na glote, seguido da supraglote, com 25% de freqüência aproximada e, por último, a subglote, com menos de 4% de freqüência.
Rouquidão que persiste por mais de duas semanas é um forte sinal para que o paciente e o médico façam avaliação das pregas vocais para o diagnóstico apropriado, especialmente em pacientes tabagistas e/ou etilistas, segundo os especialistas da Universidade de Campinas.
Vários fatores de risco têm sido associados ao desenvolvimento de câncer de laringe, especialmente, tabaco, álcool, exposição ocupacional e radiação. Alguns outros fatores estão relacionados, porém, não bem estabelecidos, como infecções por papiloma vírus e tipo de nutrição. Na verdade, o câncer de laringe é extremamente raro em não-fumante, ainda segundo os especialistas da Unicamp.
O risco é proporcional ao número de cigarros fumado por dia e o a ameaça pode ser 13,2 vezes maior em fumantes do que em não-fumantes. Foi considerado um risco de 4,4 vezes maior de câncer de laringe para quem fuma meio maço por dia e até 10,4 para quem fuma dois maços por dia.
Foi estabelecida uma relação nítida entre o câncer de laringe e o álcool, com o dobro de risco para os etilistas. Também ocorre um sinergismo entre o álcool e o fumo, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer de laringe.
Da Tribuna da Imprensa
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