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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.12.2009

O rei está nú!

NÃO VI E NÃO GOSTEI                                            

                                                                              Leonardo Attuch 

                   Na semana passada, a alta corte se reuniu em Brasília. Mais de 1,4 mil pessoas lotaram o Teatro Nacional para assistir à pré-estréia do filme "Lula, o Filho do Brasil". Nos círculos do poder, onde o puxa-saquismo faz parte da etiqueta social e é instrumento de ascensão profissional, compreende-se que algumas pessoas tenham sentado nas escadarias e se dependurado nos lustres do teatro. Mas quando a produção chegar às salas de cinema, dificilmente terá a mesma recepção. E talvez entre para a história como o filme de expectativas mais infladas já rodado no País - e também o que menos correspondeu a elas

                  Por mais que Lula seja "o cara" e mereça a popularidade que tem, existem razões filosóficas, estéticas e morais para não se assistir ao filme. A principal: é simplesmente indecoroso que o produtor Luiz Carlos Barreto tenha rodado sua sacolinha no auge do poder petista. Com cerca de R$ 16 milhões arrecadados, ele conseguiu produzir a película mais cara da história do cinema nacional. Eike Batista, aquele que queria um empurrão do Planalto para ficar com a Vale, deu R$ 1 milhão. A Camargo Corrêa, que depois de uma operação da Polícia Federal foi socorrida pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, por sugestão direta do presidente, também entrou no consórcio, assim como duas outras empreiteiras. E a Oi, que ganhou uma lei sob medida na telefonia, também está no time dos patrocinadores. Por isso, é até risivel o comentário do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que, na pré-estréia, indagou: "Por que a oposição não arruma alguém para fazer um filme também?" Ora, simplesmente porque não tem a chave do cofre, nem a chave da cadeia - e talvez porque tenha algum decoro. 

                    Se isso não bastasse, o principal ingrediente do filme parece ser o sentimentalismo barato daquelas produções "feitas para chorar". A história de um herói improvável que supera dificuldades e chega ao cume da glória, carregado pelo povo. Na linha do indiano "Quem quer ser um milionário?", o nosso poderia se chamar "Quem quer ser um presidente?". Só que a arte de Lula sempre foi o de transformar adversidades, como a origem humilde e a falta de diploma, em vantagens comparativas no jogo da competição política. Numa sociedade tão desigual e culpada como a brasileira, nada disso foi obstáculo ao seu sucesso - e talvez tenha até ajudado. Por tudo isso, e pelo simples fato de que teria sido mais decente esperar o fim da era Lula para rodar o filme, a produção da família Barreto não vale o ingresso, nem a pipoca. 

                                                           Jornalista Leonardo Attuch

                                                                attuch@istoe.com.br



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