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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

3.01.2009

Desmoralização das Forças Armadas II

do Alerta Total
por Jorge Serrão

Exclusivo - Pelo menos três Generais de quatro estrelas prometem
aproveitar a reunião do Alto Comando do Exército, nesta semana, em
Brasília, para torpedear e denunciar, com documentos escritos e por eles
assinados, o que existe por trás da Estratégia Nacional de Defesa. O
Alerta Total teve acesso ao teor das "apreciações" contundentes de dois
Generais formadores de opinião no Forte Apache – o quartel-general do
EB. Por ironia, eles usam a sigla END (FIM, em inglês) para mostrar o
real caráter do projeto.

Os Generais avaliam que a Estratégia Nacional de Defesa, assinada pelos
ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos
Estratégicos), é mais um capítulo do velho plano do Diálogo
Interamericano e do Consenso de Washington para desmobilizar e
desmoralizar as Forças Armadas no Brasil. Mesmo desprestigiados pelo
governo, sucateados e sem verbas, Exercito, Marinha e Aeronáutica ainda
ocupam o primeiro lugar no índice de confiança, medido por uma recente
pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

O Alerta Total preserva o nome dos Generais que tiveram a coragem e o
patriotismo de emitir análises críticas por escrito. Mas divulga, na
íntegra e entre aspas, o teor do que ambos tiveram a coragem de escrever
aos seus oficiais subordinados, em documentos para apreciação dos 16
integrantes do Alto Comando. A revelação do documento certamente
desagradará ao ministro da Defesa, que se acha um "comandante dos
militares", e ao próprio "comandante-em-chefe" Luiz Inácio Lula da Silva
– que deseja tudo, menos um desgaste público e direto com a área militar.

Leia os artigos: A Desmoralização das Forças Armadas e O que move os homens?

A primeira "Apreciação", escrita em 19 de janeiro deste ano, tem sete
folhas. O General que a redigiu é contundente em sua conclusão: "A
Estratégia Nacional de Defesa (END) é um documento de cunho político,
sem respaldo em idéias de consenso nacional, e sem solução para o
principal problema da Defesa: orçamento incompatível com as necessidades
de custeio das instituições e de investimento para a modernização dos
seus sistemas de armas".

Baseando-se em extratos do documento divulgado publicamente pelo
Ministério da Defesa, o militar faz uma crítica objetiva à Estratégia
Nacional de Defesa: "A nova END aprofunda o contexto de restrições à
autonomia militar e preconiza medidas que, se adotadas, podem
ressuscitar antigos costumes de ingerência política nos negócios
internos das Forças Armadas, formalmente abolidos pela primeira
República, no governo do Marechal Deodoro da Fonseca".

O General de Exército critica que os Oficiais foram praticamente
alijados da elaboração da END: "Considerando que as versões submetidas
previamente à análise do Comando do Exército omitiram os preceitos
politicamente mais sensíveis, fica subentendida a intenção de evitar a
influência da Força na sua formulação. Contudo, para produza efeitos e
modifique o status existente, há necessidade de que seja convertida em
legislação. Esta nova etapa merece especial atenção, por encerrar
oportunidades de contraposição do legítimo interesse institucional,
evitando prejuízos para o futuro".

O General defende que é necessária a adoção de uma estratégia que ajude
a recuperar o acesso ao centro decisório nacional. "Entendo que é
chegada a oportunidade de se realizarem estudos da conveniência de
submeter a nomeação do Comandante à homologação do Senado, como ocorre
com os ministros das cortes superiores e embaixadores. A extensão da
mesma lei ás Forças Armadas, por iniciativa parlamentar, faria o cargo
de Comandante transcender a esfera do Executivo, proporcionando-lhe
maior estabilidade. Esta medida já faz parte dos costumes dos Estados
Unidos e de outros países da Europa Ocidental".

O General é claro na defesa da autonomia constitucional das Forças
Armadas: "É preciso, também, acompanhar cuidadosamente a conjuntura
política, a fim de prevenir futuras medidas restritivas da autonomia
institucional e de evitar a hipertrofia do Ministério da Defesa e sua
tendência à intrusão nos assuntos internos da Força. Cabe considerar com
a devida atenção o exemplo das polícias militares, onde a ingerência
política tem sido uma das principais causas da ineficiência, na maioria
dos Estados da Federação".

Influência ideológica

Em seus comentários aos extratos do texto da END, o General de Exército
faz algumas sérias advertências:

"A nova atribuição do ministro (da Defesa), de escolher livremente os
secretários do MD, quebra o consenso inicial que estabeleceu a isonomia
de representação de cada força na Administração Central e abre a
possibilidade de influência ideológica e/ou político-partidária nos
cargos do 2º escalão do ministério".

"A criação do quadro de executivos civis especialistas em assuntos de
Defesa concretiza a intenção de limitar o efetivo de pessoal militar na
Administração Central do MD, substituindo-os por civis, fato que
reduzirá ainda mais o protagonismo militar".

Ingerência nas Forças

O General de Exército condena, em sua apreciação, a ingerência do
Ministério da Defesa nos assuntos internos das três Forças:

"A indicação dos comandantes pelo Ministério da Defesa pode politizar o
processo de escolha, gerando instabilidade interna e afetando a
credibilidade institucional".

"A nomeação do chefe do Estado Maior Conjunto pelo Presidente fortalece
o cargo em relação aos comandos das Forças Armadas e sinaliza a intenção
de preparar o seu enquadramento futuro, recalcando-os em mais um escalão".

"A inclusão dos Chefes de Estado Maior das Forças Singulares no EM
Conjunto enseja a possibilidade de influência direta do MD nos seus
assuntos internos e afeta a liberdade de ação dos respectivos
Comandantes, que passam a depender da lealdade deles".

"A nomeação pelo Presidente da República sinaliza, também, para a
possível intenção de extinguir o cargo de Comandante da Força, com a
adoção do modelo do US Army (o Exército dos Estados Unidos da América)".

Preceitos perigosos

Analisando os novos preceitos de ensino e pesquisa, o General de
Exército chama atenção para a página 85, item 6 da END, onde fica
definido que as instituições de ensino das três Forças terá de incluir
em seus currículos as disciplinas de Direito Constitucional e de
Direitos Humanos:

"A ênfase atribuída às disciplinas de Direito Constitucional e Direitos
Humanos indica pensamento preconcebido ou desconhecimento do processo de
formação dos quadros".

O General também aponta a intenção oculta pelo item 1, na página 82 da
END, que fala que "o recrutamento dos quadros profissionais das Forças
Armadas deverá ser representativo de todas as classes sociais":

"O preceito de representação de classe social no recrutamento de
oficiais pode caracterizar a intenção de estratificar o acesso às
Academias, com a introdução do mecanismo de cotas (sociais, raciais, etc)".

Nova armação ideológica

O General também faz severas críticas ao item 8, na página 51 da END.

A proposta atribui à Secretaria responsável pela área de Ciência e
Tecnologia do Ministério da Defesa a função de coordenar a pesquisa
avançada em tecnologias de defesa que se realize nos institutos de
pesquisa da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como de outras
organizações subordinadas às Forças Armadas:

"Considerando a notória qualidade do ensino militar, não se justifica a
centralização da política de ensino das Forças Armadas pelo MD, salvo
por uma intenção ideológica".

Novas Imposições

O General de Exército reclama de imposições estratégico-operacionais às
três Forças.

Condena, principalmente, o que foi escrito na página 31 da END sobre a
transformação de todo o Exército em vanguarda, com base no módulo
brigada, tendo prioridade sobre a estratégia de presença:

"Não ficaram suficientemente claras as vantagens da adoção do conceito
de Exército de Vanguarda que justifiquem a sua prevalência sobre a
Estratégia de Presença, isto é, não parecem subsistir como argumento
para a redução da presença nacional do Exército".

Atenção turma do Brasil Acima de Tudo...

O General também interpreta o que ficou escrito na página 32 da END,
definindo que as reservas estratégicas, incluindo pára-quedistas, e
contingentes de operações especiais, serão estacionadas no centro do País:

"Ficou explícita, como diretriz estratégica, a transferência da Brigada
de Infantaria Pára-quedista para a área do CMP (Comando Militar do
Planalto)".

Se o General estiver correto em sua interpretação, será mais um
esvaziamento da Vila Militar no Rio de Janeiro.

Aviso aos Navegantes

Na edição desta segunda-feira, o Alerta Total publica a apreciação da
Estratégia Nacional de Defesa feita por um outro General de Exército da
Ativa.

Em documento escrito e por ele assinado em 3 de fevereiro, o Oficial de
Quatro Estrelas detona:

"É clara a intenção de se atribuir maiores poderes ao Ministro da
Defesa, dando-lhes total capacidade de interferir sobre todas as áreas
das Forças Armadas, desde a indicação de seus Comandantes até a
reestruturação do ensino e do preparo e emprego das Forças".

Domingão do Jobim

O Ministro da Defesa Nelson Jobim passa este domingo e segunda na Amazônia.

Jobim vai acompanhar a visita oficial do Diretor da Junta de Chefes do
Estado-Maior dos EUA, Almirante Michael Mullen, ao Comando Militar da
Amazônia (CMA).

De manhã, o Almirante visitará o Centro de Instrução de Guerra na Selva
(GIGS) e, à tarde, conhecerá o Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de
Ipiranga (AM).


(*) Neil Ferreira é publicitário


Fonte: http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?canal=39&materia=7595

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