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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.12.2009

DESESPERANÇA - Crônica 26 - Gen Ex R/1 Armando Luiz Malan de Paiva Chaves


O civismo, de quem o cultiva, viveu uma semana de muita tristeza, revolta, desânimo. A publicidade, sobre diálogos captados em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e sobre vídeos e conversas registrados à revelia, entregues à Polícia por acordo de delação premiada, revelou as entranhas putrefatas do Governo do Distrito Federal. Fica-se triste quando se vê uma administração bem avaliada pela população ruir como edifício implodido, reduzido a um monte de escombros, por efeito de explosivos colocados pelos próprios administradores.

Fica-se revoltado com a corrupção da máquina pública, mais uma vez escancaradamente denunciada, agora comprovada por registros incontestáveis, que tanto acusam corruptores e corrompidos como aliviam o autor da carga de mais de 30 processos a que responde.

Fica-se desanimado com os destinos do país, entregue a homens eleitos por sufrágio democrático e que, instalados no poder, jogam no lixo a ética e a moralidade, para dar vazão a seus interesses pessoais.

Escândalos na gestão pública e no procedimento de seus executores ocorrem em muitos governos. São comuns onde a civilização ainda é um manto frágil de aparências, que se rompe a qualquer investida de ganâncias e ambições, mas seus farrapos cobrem de impunidade os usurpadores de bens e direitos de seus povos.
Ao contrário, quando as instituições se fortalecem, a sociedade não perdoa a traição aos compromissos daqueles cujos nomes sufragaram: Com a pressão de seu clamor, exige a demissão dos indignos, a devolução de valores desviados, a condenação dos que incorreram em crime.

Entre os dois extremos, situar a posição ocupada atualmente por nossa pátria não é tarefa simples. Entretanto, é dever do cidadão consciente. De sua avaliação, decorrerá o aplauso aos avanços e a crítica aos retrocessos. Do somatório de milhões de avaliações, estará formado o quadro da opinião pública, aprovando e condenando. E é a opinião pública, quando se manifesta com a voz forte de sua autoridade, que pode corrigir rumos daqueles que receberam sua delegação para governar e administrar.

Somos culpados, em nossa omissão de cidadania, pelos males que nos afligem.Quando a mídia, atraída por novos assuntos ou pressionada pelas estruturas acusadas, transfere para arquivos mortos graves ocorrências que agrediram a sociedade, não reagimos, não questionamos, não cobramos. A conseqüência é a proliferação dos mesmos males, estimulados pela tentação de ganhos milionários, pela impunidade ou morosidade da Justiça.

Pacotes de dinheiro foram filmados passando às mãos, aos bolsos, às cuecas, às meias e às pastas de governador, administradores, parlamentares e até de magistrado, repetindo, em partido da oposição, a mesma corrupção patrocinada pelo do governo federal nos vergonhosos capítulos do "mensalão". Neste, maduro de quatro anos, os acusados voltaram à vida pública, ou reeleitos para novos
mandatos com nossos votos, ou atuando com desenvoltura em articulações políticas, sob o beneplácito de agremiações partidárias, o silêncio cúmplice de seus filiados e absolvição pelo dirigente máximo, que considera o "caixa 2" um procedimento "normal" na política brasileira. Naquele, recente, o exemplo induz os envolvidos a esperarem que assente a poeira do escândalo e fique tudo como antes em suas vidas, cargos e imagem, porém com gordos acréscimos no patrimônio financeiro.

O exemplo alicia para o mal e contamina o bom procedimento. Por que ser honesto, viver com os rendimentos do trabalho honrado, se há caminho mais curto e rendoso na improbidade, no roubo, na corrupção, se os farrapos das aparências são bastantes para dar a proteção da impunidade? Por que temer o clamor da sociedade, se em pouco tempo silencia, esquece e volta a sufragar os nomes que condenou?

O país, efetivamente, tem crescido economicamente. Houve-se bem na superação da última crise mundial, que fez crescer seu prestígio internacional. Muito deve a regulações de governo anterior e à determinação atual de segui-las. Mais ainda deve ao empresariado, que respondeu a estímulos de redução de taxas e apostou no consumo interno.

Não se pode dizer o mesmo do crescimento político. Grassa a corrupção, o empreguismo, a improbidade, com os maus exemplos dos presidentes das duas casas do Congresso, parlamentares e governantes, das empresas que corrompem para garantir a assinatura e a execução viciosa de seus contratos, com a omissão do chefe do governo. Este patrocina o culto à sua própria personalidade, ignora a
legislação eleitoral e mais se volta para freqüentes e custosas viagens ao exterior, com infelizes alinhamentos diplomáticos, do que para a administração dos problemas internos.

Se falta governo e se avolumam as crises, em número e gravidade, só resta a sociedade para tomar-lhe o lugar. Estudantes que ocupam a Câmara Legislativa do DF dão um exemplo, não necessariamente para ser copiado. Há que reagir, criticar, exigir providências. É hora de pressionar a mídia, o parlamento, as administrações federal e estaduais, com mensagens, manifestações de entidades de classe e atos públicos. Se não resultar, a massa do povo terá de ir para as ruas, como o fez outras vezes com bons resultados, para cobrar moralidade, probidade e castigo aos culpados.

A. L. M. de Paiva Chaves

MG > Levanta Brasil- Nós somos o povo – “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. (Parágrafo único Art. 1º)




Um comentário:

Julio Cesar disse...

É muito duro para qualquer brasileiro de bem, ver o seu país atolado nesse mar de lamas, comandados por esses governos da chamada "Nova República".
O povo parece estar anestesiado e sem forças para reagir.