Cada vez que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, retoma a concessão de uma emissora de rádio ou de televisão em seu país, ocorre uma festa a 3.800 quilômetros de Caracas. O anfitrião é o jornalista mineiro Carlos Alberto de Almeida, funcionário concursado do Senado Federal. Apesar de duramente criticadas pela Sociedade Interamericana de Imprensa e pela Anistia Internacional, medidas como o recente cancelamento das licenças de operação de 34 estações de rádio são aplaudidas por Beto, como ele é conhecido, como ações necessárias à democratização dos meios de informação. Beto tem motivos de sobra para defender Chávez.
Há quase cinco anos, ele foi convidado pelo próprio presidente venezuelano para integrar o conselho diretor da Telesur, emissora criada para se contrapor à rede americana CNN na América Latina. "A cultura imposta por Hollywood nos faz perder a identidade cultural e baixa a autoestima da população", diz o jornalista, seguindo à risca a cartilha do caudilho venezuelano. Na visão de Chávez, a Telesur é "a CNN dos humildes". - PorClaudio Dantas Sequeira
Itaipu ... e mais
O tratado que instituiu a binacional e permitiu a construção, integralmente financiada pelo Brasil, da usina era um delicado instrumento de equilíbrio que levou à realização do empreendimento e sua operação com resultados benéficos para ambos países. Pois se a usina gera mais de 20% da eletricidade consumida no sudeste do Brasil, gera igualmente a quase totalidade da que é consumida pelo Paraguai, além de mais de um quinto do orçamento do país vizinho.
O lugar da construção causou na época grande controvérsia no Brasil, onde opiniões ponderáveis insistiam em fazer a usina rio acima, totalmente em território nacional. A decisão sobre o local, mais do que a um pequeno aumento de potência, deveu-se ao fato de que, no período em que o Brasil começou a estudar mais a fundo a exploração do potencial energético da região, o Paraguai preparava-se para levantar um problema de limites, aguçado pela posse pelo Brasil da ilha de Itaipu (que até 1865 era paraguaia) e pela falta de demarcação definitiva de uma parte da fronteira. Por Marcio de Oliveira Dias *
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