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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

8.09.2009

A MULHER QUE AFRONTA DILMA

domingo, 9 de agosto de 2009

A matéria mais importante do dia — e uma das mais importantes dos últimos tempos — está publicada hoje na Folha de S. Paulo (há quatro posts abaixo sobre o assunto). E estou aqui me perguntando, até agora, por que diabos não foi a manchete do jornal. Lina Viera, ex-secretária da Receita, promovida e demitida por razões escancaradamente políticas, diz em entrevista ao jornal que Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, a chamou em seu gabinete para pedir que a investigação que a Receita fazia nas contas da Família Sarney fosse “agilizada”. Lina não esconde o que queria dizer “agilizada”. Sim, leitor: que a investigação fosse deixada pra lá.

Lina diz que deixou o gabinete da superpoderosa e continuou a fazer o seu trabalho. A julgar pelo que aconteceu com ela depois, parece ser verdade, não é? Ela conta mais: levou um pito do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) porque teria municiado as oposições com artilharia contra a Petrobras naquele caso do pagamento menor de tributos. Não municiou, não. E ela diz por que não.

Entenderam? Uma ministra de Estado, candidata à Presidência da República  — que nada tem a ver com a Receita, diga-se de passagem —, parece ter solicitado, de modo oblíquo, algo que não estava entre as atribuições da secretária da Receita: intervir politicamente numa investigação. No caso de Mercadante, ele estava furioso com Lina porque achou que ela se comportou de um modo  partidariamente imprudente… Eles são os donos do poder. Tinham colocado Lina no posto porque acharam que poderiam praticar esse tipo de assédio.

E só para esclarecer uma referência acima. Lina chegou a chefiar a Receita por motivos políticos, sim. Era tida como ideologicamente afinada com o governo e próxima dos petistas. Então Guido Mantega
decidiu lhe dar o cargo. Mas a mulher parece ter cometido a besteira, do ponto de vista dos petistas, de fazer o seu trabalho seguindo critérios puramente técnicos.

O mundo do PT é mesmo pelo avesso: nomeou Lina esperando contar com seus defeitos e a demitiu porque não suportou as suas qualidades.

Houvesse um Senado, Dilma seria convidada a dar explicações — em país sério, seria coisa de uma comissão de inquérito do Legislativo: é aquilo a que chamamos “CPI”. Um governo que manda a Receita aliviar a investigação de um aliado pode perfeitamente bem mandar perseguir um adversário. Francenildo, o caseiro, que o diga!

Lina não topou. Mas sempre há quem tope.

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