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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

11.18.2008

Um engodo - O Globo

O que parecia uma estocada isolada de dois altos funcionários do governo, que se esgotaria nela mesma pela flagrante inconsistência jurídica da proposta, voltou a se repetir, e já é um dos assuntos espinhosos para o presidente Lula administrar. Quando os ministros Tarso Genro, da Justiça, e Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, defenderam a condenação de dois coronéis acusados de tortura e homicídio, atropelando a Lei da Anistia, aquilo foi creditado ao possível interesse dos dois de reforçar as respectivas biografias junto às forças de esquerda, por alguma razão político-eleitoral.

Mas a afronta à lei foi além. Até um parecer da Advocacia Geral da União, organismo de Estado e não de governo, acertadamente redigido com base na Lei da Anistia, para defender o poder público - também réu na ação que entidades de ex-presos políticos movem contra os coronéis -, passou a ser contestado por Tarso Genro e Vannuchi - numa interferência no mínimo indevida entre áreas do governo, um ato não coibido como deveria ter sido pelo Planalto. Mesmo o sensato comentário do presidente do Supremo Tribunal, Gilmar Mendes, de que, se tortura é crime imprescritível, como havia afirmado a ministra Dilma Rousseff - dona de uma história na luta armada contra a ditadura militar -, o terrorismo também o é, foi respondido, em público, afrontosamente, por Vannuchi. Assim, a ação dos dois ministros, além de causar conflitos no primeiro escalão do governo - o ministro da Defesa, Nelson Jobim, critica a tentativa de se contestar a Lei da Anistia, algo que afeta diretamente sua área -, passa a conspirar também a favor de um choque entre poderes.

Tudo isso ocorre por causa do "aparelhismo" do governo Lula, pelo qual grupos e organizações políticas passaram a ser donatários de verdadeiras capitanias na máquina pública, e nelas atuam à margem de parâmetros legais, funcionais e do poder central. É assim no Incra, onde os movimentos sem-terra militam ao bel-prazer, financiados pelo contribuinte como se fossem um braço do serviço público. Genro e Vannuchi parecem atuar também acima de qualquer linha de comando e hierarquia, nessa empreitada contra o acordo político que permitiu ao país começar a sair da ditadura sem violência. Tentam, ainda, passar a visão de que a oposição armada ao regime militar lutava para restabelecer a democracia. Quem viveu aqueles tempos sabe que se trata de um engodo. O objetivo daquelas organizações era substituir a ditadura dos generais pela ditadura dos comissários.

Não conseguiram, felizmente, e ocorreu a transição negociada para a democracia, selada pela Lei da Anistia. Não se deve esquecer, também, que sobreviventes daquela época trataram de garimpar polpudas reparações e absurdas pensões vitalícias, calculadas de forma cavilosa, capaz de fazer corar famílias de judeus transformados em cinzas nos campos de concentração nazistas, e indenizadas por valores bem mais modestos.

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