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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

9.08.2008

A HORA DA ONÇA BEBER ÁGUA

Por Carlos Reis

É hora de novo da onça beber água. Lula disse isso mais de uma vez nas muitas eleições da qual participou como cabo eleitoral do PT. E ele está coberto de razão. A onça totalitária brasileira está bebendo água como nunca. Para citar o próprio presidente, nunca se bebeu tanta água de onça neste país! Que o diga o próprio ministro-presidente do STF, arranhado por uma unha da onça do Planalto.

Este último episódio dignificante da democracia consolidada (expressão tucano-petista) acontece neste momento de onça. E nunca ela teve tanta sede, e nunca ela teve de esperar tão pouco, e nunca para ela foi tão fácil espionar, corromper, se associar ao narcotráfico, proteger lideres guerrilheiros que mantêm campos de concentração na selva. A vida na selva socialista nunca foi tão fácil para a onça do Planalto. Nem um único tiro disparado contra a sua grei (exceto os descuidos familiares do Celso Daniel e do Toninho do PT) ninguém preso em 7 anos de corrupção somente 55 mil mortos por ano, e nenhum do grupo da onça. E para a lenda da democracia consolidada, algumas jaguatiricas presas e desmoralizadas.

Nunca foi tão fácil vacinar 70 milhões de pessoas sem qualquer pergunta embaraçosa, fato que considero a maior vitória democrática de todos os tempos do PT. Nunca foi tão fácil beber água a qualquer hora do dia e sem olhar para os lados. O próprio Gramsci não previu isso. Seus escritos tinham a marca do cuidado do revolucionário que teme a luta de vida ou morte. Eles tinham a marca da certeza, mas nunca o acento do total desrespeito ao inimigo burguês. Mas a onça brasileira foi fundo a caça burguesa desapareceu por completo e a predação já é canibalesca. Até Arthur Virgílio, Gilberto Carvalho, Greenhalgh foram espionados! A onça não está nem aí faz de qualquer incompetente um vitorioso eleitoral – ressuscita cadáveres políticos por onde passa, e devora puxa-sacos sem a menor cerimônia. E o povo convidado para assistir a onça bebendo água, aplaude emocionado já não a segue, marcha encantado para as urnas da democracia consolidada.

Mas se a onça lulista tem algum pecado este é justamente o da hybris, da arrogância. Sabemos que ela tem que ser monitorada de fora para não se perder, e ela sabe disso também. O episódio do loteamento de parte do território nacional em Roraima aponta para isso. A onça tem que se comportar e fazer tudo direitinho. Como um bom felino professor de seus filhotes, a onça lulista conhece a validade do conhecimento e da certificação, por isso deixa para os mais sábios a decisão de obedecer aos mandamentos internacionais, quanto ao que fazer do território que ela já doou aos grupos estrangeiros. A ideologia pintada ainda precisa de juízes para a sua coreografia democrática sair perfeita. Só por isso os magistrados deveriam considerar aqueles grampos apenas como pequenos arranhões de unhas que os trazem de volta à razão revolucionária. Eleições, exigências de direitos humanos, pregação religiosa contra a tortura, grandes embates jurídicos no STF, tudo isso faz parte do repertório da ideologia pintada. Em suma, a onça não está sozinha. O que seria dela sem os tucanos e as instituições da democracia consolidada?

Não será, portanto, o tímido protesto do ministro-presidente contra o atentado moral à sua pessoa e ao poder que preside, que fará a onça hesitar e recuar. Ele já disse, livre do impeachment e obediente, que a onça não seria capaz de fazer o que fez. Se houver algum recuo noticiado pela Jungle News, este será apenas estratégico, no que ela é mestre. Não faltarão tarsos genros e jobins e marcios para ajudar a desconversar, distrair, divertir. Já fizeram isso tantas vezes, com a ajuda de tanta gente...

Mas há um problema: o da proliferação das onças, ocasionado pela comida farta e superpovoamento de veados. A luta armada entre elas é questão de tempo no Brasil. Haverá luta pelo botim e pelas carcaças do Brasil honesto, cristão, digno. E será provavelmente uma luta interna, de felinos amazônicos. Já a tivemos antes. Hoje assistimos no Rio de Janeiro uma guerra que tem a característica típica da divisão da caça, de partilha do botim. Outros redutos ou enclaves menores estão por toda a parte. A criação de focos de disputa caracteriza bem o viver da selva ideológica em que se transformou o Brasil. O que são as aldeolas de Roraima, as quilombolas, os boiolas, os direitos humanos para bandidos e o desarmamento dos honestos, se não uma tentativa de potencializar o conflito social e banalizar a luta armada para a hora da onça beber água? Pois chegou a hora da onça beber água.

do: http://www.heitordepaola.com

Carlos Alberto Reis Lima é médico e escritor.

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