Em greve, falam pelo governo?
CARLOS CHAGAS
Vem a público o advogado-geral José Antônio Dias Toffoli para dizer que quem fala em nome do governo é a Advocacia Geral da União. Seria possível debitar a presunção à juventude do funcionário, lembrando que quem fala em nome do governo é o seu chefe, no caso, o presidente Lula.
O que não se encaixa no bom senso é o fato que o Dr. Toffoli imaginou passar um pito nos generais do Exército favoráveis à revisão do decreto que premiou seis mil índios com uma reserva contínua do tamanho do Estado de Sergipe, na região Raposa-Serra do Sul, em Roraima. Porque, se alguém entende de segurança nacional, são os generais. Ainda mais porque a reserva faz fronteira com a Venezuela e a Guiana e se encontra plena de ONGs internacionais e fajutas tramando para transformar em nação independente o território posto à disposição de umas tantas tribos de índios brasileiros.
Mas tem mais. O Supremo Tribunal Federal agiu com presteza sustando a ação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança, prestes a invadir e expulsar da região milhares de agricultores há décadas empenhados na produção de arroz. Se o governo errou, no passado remoto, ao demarcar uma reserva contínua, sempre haverá tempo para rever a decisão e criar ilhas de produção agrícola entre as tabas e as ocas. Acresce, nessa história, que a AGU não pode falar por ninguém, nem por ela mesma: desde janeiro que seus advogados estão em greve...
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O advogado-geral José Antônio Dias Toffoli
Ag. Brasil
José Antonio Dias Toffoli (foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
NASCIMENTO
15 de novembro de 1967, em Marília (SP)
PROFISSÃO
Advogado
PARTIDO
Não é filiado
CURRÍCULO:
José Antonio Dias Toffoli formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1990. Lecionou Direito Constitucional e Direito de Família durante dez anos. Em 1995, ingressou na Câmara como assessor parlamentar da liderança do PT. Ficou no cargo até 2000. Já advogou para PT, PFL e PSDB e em campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (1998, 2002 e 2006). Foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil de 2003 a 2005, durante a gestão do então ministro José Dirceu.
COMENTÁRIO: Que tristeza o desgoverno dos apedeutas. Semelhante asneira não merece comentario.
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