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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

4.02.2008

A república sindicalista

ARTHUR CHAGAS DINIZ*

Dentro do irreversível processo de desmoralização do Congresso, liderado por Lulla, este acaba de romper mais um acordo com os legisladores. Veta o que tinha acordado. Os recursos do iníquo e exótico imposto sindical, mantido obrigatório e partilhado entre sindicalistas e centrais sindicais, não admitirá fiscalização do TCU.

O assalto ao bolso dos trabalhadores não sindicalizados, que já pagavam um dia de salário/ano para alimentar os pelegos, agora alimenta seus pastores que não têm mais como ter questionados quaisquer tipos de despesas porque não mais terão que prestar contas de suas aplicações.

Lulla agride um país inteiro de gente trabalhadora que, agora, terá que sustentar o luxo dos “executivos das centrais sindicais”. Acredito que nem mesmo os mais fervorosos defensores da república sindicalista poderiam esperar benesses tão anti-republicanas como esta que agora lhes está “beneficiando”.

É um verdadeiro deboche o que o Imperador está fazendo. Impor um imposto sindical que deveria ser uma contribuição voluntária do trabalhador que se filiasse, dividir esse imposto entre o sindicato e a central a que se filia, fazer um acordo com os congressistas para sua aprovação e, finalmente, vetar o acordo que seu partido propôs **, em nome do Imperador, tudo isso com o apoio de pelegos patronais, é muito mais do que merecemos. Está na hora de reler o texto atribuído ao poeta russo Vladimir Maiakovski***:

Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor

do nosso jardim.

e não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz, e,

conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada!

* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

** Jornal O Globo, p. 10, 02.04.08.

*** “No caminho com Maiakovski”. Trecho do poema de autoria do poeta fluminense Eduardo Alves da Costa, escrito há cerca de 30 anos. De forma equivocada, é creditado ao poeta russo Vladimir Maiakovski (1893-1930).

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