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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

4.02.2008

O contra-senso da neutralidade moral

O contra-senso da neutralidade moral
por Thomas Sowell em 02 de abril de 2008

Resumo: Um dos corolários atuais é que falhas “pessoais” não têm relevância para a consecução das tarefas do cargo que se ocupa.O que quer dizer, em última análise, que o caráter não tem importância. Na realidade, caráter tem uma enorme importância, muito mais do que a maioria das coisas que podem ser vistas, medidas e documentadas.

© 2008 MidiaSemMascara.org


O que ele estava pensando? Essa foi a primeira pergunta que veio à mente quando surgiu na mídia a história do envolvimento do governador Eliot Spitzer, de Nova York, com uma prostituta.

 

Também foi essa a primeira perguntar a surgir quanto o quarterback Michael Vick, uma superestrela do futebol americano, arruinou sua carreira e perdeu sua liberdade por se envolver numa briga de cães, que é uma atividade ilegal. É uma questão que surge quando outras pessoas afortunadas arriscam tudo por uma satisfação trivial.

 

Muitos na mídia se referem a Eliot Spitzer como um herói moral que caiu em desgraça. Spitzer nunca foi herói moral. Ele era um inescrupuloso promotor que usava seu poder para arruinar as pessoas, mesmo quando não tinha nenhuma prova para acusá-las.

Por ele usar seu poder contra homens de negócios, a esquerda antimercado o idolatrava, assim como idolatrava anteriormente Ralph Nader como um tipo de santo secular, por seus ataques à General Motors.

 

O que Eliot Spitzer fez não foi algo estranho ao seu caráter. A ação coaduna perfeitamente com o caráter de alguém com a hybris [espécie de insolência, em termo emprestado do teatro grego] que acompanha a habilidade de abusar do poder e jogar com o destino de pessoas inocentes.

 

Depois que John Whitehead, ex-presidente da Goldman Sachs, escreveu um editorial no Wall Street Journal, criticando a maneira com que o Promotor Spitzer conduziu um caso envolvendo Maurice Greenberg, Spitzer teria dito a Whitehead: “Eu estou no seu encalço. Você pagará o devido preço. Isso é apenas o começo e você pagará tudo o que você fez.”

 

Quando você começa a se considerar um pequeno deus, capaz de usar seu peso para intimidar e calar as pessoas, é um sinal de que você se imagina acima das leis e das regras sociais que se aplicam a outros indivíduos.

 

Para alguém com tal tipo de hybris, arriscar a carreira política por um programa com uma prostituta não é mais surpreendente que Michael Vick jogar fora milhões de dólares por uma simples briga de cães ou que Leona Helnsley evitar pagar impostos – não porque ela não pudesse arcar com a despesa e ainda ficar com mais dinheiro do que pudesse gastar, mas porque ela se sentia acima das regras que se aplicam ao “Zé povinho”.

 

O que é quase tão temerário quanto ter alguém como Eliot Spitzer no poder é ter tantos jornalistas considerando o fato ocorrido com ele apenas uma falha “pessoal” do governador Spitzer e que isso não o desqualificaria para um cargo público.

 

O próprio Spitzer falou de sua falha “pessoal” como não tendo nada a ver com o fato de ele ser o governador de Nova York.

Nos tempos que correm, em que é considerado alta sofisticação ser “moralmente neutro”, um dos corolários é que falhas “pessoais” não têm relevância para a consecução das tarefas do cargo que se ocupa.

 

O que quer dizer, em última análise, que o caráter não tem importância. Na realidade, caráter tem uma enorme importância, muito mais do que a maioria das coisas que podem ser vistas, medidas e documentadas.

 

Caráter é do que dependemos quando damos, às autoridades que nos governam, poder sobre nós, nossas crianças e nossa sociedade.Não podemos arriscar tudo em nome de uma afetação da moda: “sou mais moralmente neutro que vossa senhoria.”

Atualmente, diversos fatos, que estão começando a vazar, nos dão indícios sobre o caráter de Barack Obama. Mas noticiar esses fatos está sendo considerado como um ataque “pessoal”.

 

A associação pessoal e financeira de Barack Obama com um homem sob acusação de crime em Illinois não é somente uma questão “pessoal”. Nem é “coisa pessoal” seus 20 anos de freqüência a uma igreja cujo pastor tem louvado Louis Farrakan e condenado os EUA com termos violentos e linguagem obscena.

 

Os apoiadores de Obama igualam a menção a tais coisas com a crítica ao candidato pelo que membros de sua família possam ter dito ou feito. Mas é um dito antigo o de que você pode escolher seus amigos, mas não os seus parentes.

 

Obama escolheu ser parte de uma igreja por 20 anos. Ela não nasceu nela. Seu caráter “pessoal” tem importância, tal como tem importância o caráter “pessoal” de Eliot Spitzer – e tal como teria importância o caráter de Hillary Clinton, caso ela tivesse um.

 

Publicado por Townhall.com

Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo

Nota Redação MSM: sobre o assunto, leia também O fim de um petista americano


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