Coluna Isto Posto de hoje - Gazeta do Paraná - Paulo Martins
Nos jornais nos quais escreve, o declarado comunista, filho do Érico Veríssimo, Luis Fernando, comenta o Plano de Direitos Humanos assim : <<"Sobra a questão militar. Em nenhum fragmento do plano que li se fala em anular a anistia. O direito humano que se quer promover é o do Brasil de saber seu passado, é o direito da Nação à memória que hoje lhe é sonegada. Só por uma grande falência da razão, por uma irrecuperável crise semântica, se poderia aceitar verdade como sinônimo de revanche.">>
Pode ser. Principalmente quando dispara: “Só por uma grande falência da razão”. Esse raciocínio – se consultarmos Aristóteles – pela lógica do pensador ratificará a idéia de que os ideólogos semelhantes a Luiz Fernando divorciaram-se da razão há muito tempo – se é que alguma vez com ela tiveram alguma intimidade. Conhecer os até agora camuflados responsáveis pelos atos criminosos que desaguaram na luta armada no sentido de cubanizar o Brasil é um desiderato que alimento desde os tempos em que transmitia por radio – Repórter Esso, por exemplo, no RGS – eu era o substituto de Lauro Hagmann, o titular – notícias de bombas, de seqüestros, de assassinatos, de assaltos a bancos, além de outros atos de cruéis, estúpidas e brutais agressões à sociedade. Confesso que às vezes fico a “me roer por dentro” de curiosidade, no sentido de saber quem planejou e deu apoio logístico ao então terrorista Diógenes Oliveiras – notícia que divulguei - no assassinato do Capitão Chandler, ato revoltante praticado friamente frente filhos e esposa da vítima. Havia uma Stela junto com o delinqüente. Quem era a Stela ? Seria quem estou pensando? À época divulguei, repito, essa notícia relacionada com esse sanguinário, com curso de guerrilha em Cuba, amigo de Lula, de Dilma, de Tarso Genro, de Zé Dirceu e, principalmente, amigo de Olívio Dutra que, quando governador do Rio Grande do Sul teve em Diógenes o porta voz que pressionou delegado para “aliviar a barra” do jogo de bicho, já que era modalidade que fornecia dinheiro ao PT.
O filho do Érico Veríssimo me estimula agora a acreditar que terei acesso a história que por tanto tempo, como locutor de radio, dela divulguei fatos ocorridos, fatos, esclareço, mas com a maioria dos personagens não identificados, por covardes, que matavam, roubavam e fugiam como cão ladrão. Espero ter acesso à “história”, mas história com agá e não com “e”, como a parcialidade embriagada de revanchismo deseja que seja escrita, justamente “pela falência da razão” citada pelo filho do Érico. De quais atos clandestinos participaram Lula, o Zé Dirceu após voltar de Cuba com doutorado em terrorismo, como consta em sua ficha? A Dilma e o Minc puxaram gatilhos? Contra quem ? O Marco Aurélio Garcia, estimulando hoje desconforto e revolta por ter sido o que foi e, no entanto representar o Brasil internacionalmente. Quais atos mais além dos que sabemos praticou? E Franklin Martins, hoje porta voz do governo Lula, no período do terrorismo porta voz do bando que seqüestrou o cônsul, de quais outros atos criminosos participou? A VAR-Palmares, entre outros assassinatos, assumiu a responsabilidade pela morte do soldadinho Mario Kozer Filho, 18 anos, de guarda no dia de seu assassinato. A VAR Palmares era o grupo de criminosos do qual participou Dilma Rousseff. No carro de onde a bomba foi atirada estraçalhando-lhe o corpo, havia uma Judith e uma Cecília (nomes de guerra das terroristas). Quem eram? Pelo menos “uma delas” em relação ao nome verdadeiro? Seria também quem estou pensando?
Divulguei a notícia no Grande Jornal Falado Farroupilha, audiência imbatível à época, sem os nomes dos assassinos bestiais e cruéis, posto que fugiram. E Paulo Vanucchi, que pelo bestial clima de chumbo de seu passado revoltante sequer estimula comentários?
Quais desses que hoje recheiam o governo Lula participaram do assassinato de David A. Cuthberg, marinheiro inglês, de 19 anos, que visitava o Brasil com sua fragata, e que foi assassinado apenas porque estava fardado e a farda "representava o imperialismo inglês"? Será que se abrindo a história como deseja o filho do Érico, assim como “outros”, estarei conhecendo a identidade dos integrantes daquele bando de marginais que no dia primeiro de abril de 1964 ME SEQUESTROU nas dependências da Radio Farroupilha de Porto Alegre e me manteve sob pressão em seus estúdios – SEQUESTRADO - ao lado de Leonel Brizola, me obrigando, ao longo de toda a manhã, no que foi chamado de Cadeia da Legalidade, a ler manifestos comunistas?
Eram homens mal encarados, armas na cinta, mulheres histéricas produzindo notas, pulando, às vezes berrando, outras dando gargalhadas. Uma delas era a Dilma ? Não sei, mas a história, se escrita com agá, poderá satisfazer tanto a minha curiosidade como também a do Luiz Fernando, IMPAGÁVEL HUMORISTA, o filho do Érico.
GRIFE
Eu queria fazer um livro não da vida como ela é, mas como eu queria que ela fosse. Um livro para a gente pegar e ler quando quisesse esquecer a vida real...(Érico Veríssimo)
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