O Clima Global tem modulado uma batalha na antropocena política mundial , e, gerou uma epopéia, uma corrida, no início deste século em torno da mitigação do CO2 antropogênico e de adaptação aos cenários de mudanças climáticas desastrosos.
Poucos são os entendimentos e uma série de questões se impõem nesta quadra histórica de século XXI, que estão sendo motivos para verdadeiros embates no “campo científico” internacional, do gênero:
1-Quais as verdadeiras causas das Mudanças Climáticas? O clima é impactado pela antroposfera( Ou esfera das relações homem-natureza)? Pode ser controlado por sistemas tecnológicos baseados nas ciências ?
2-Porque a ONU e o IPCC promovem toda uma frente de combate às mudanças climáticas antropogênicas, fundamentado nas emissões de gases estufa, principalmente o CO2; como sendo uma epopéia de salva-planeta, merecedora de prêmio Nobel da Paz em 2007?
3-Porque os Governos do G-8 querem controlar o clima com corte de emissões de CO2 e com transferência de novas tecnologias de geração de energias renováveis do tipo: solar, eólicas, maremotrizes, biomassas, hidrogênio, biocombustíveis e outras.?
As Organizações das Nações Unidas através de seus braços diplomáticos (UNFCCC e o IPCC) têm atribuído às mudanças climáticas, causas antropogênicas referentes às emissões de gases estufa, principalmente do CO2 da era industrial e pós industrial, o que esbarra em estudos e investigações climatológicas e meteorológicas comtemporâneas , fundamentadas nas estações de Vostok que medem a concentração de CO2 no gelo em períodos astronômicos de 450Ma e comprovam que após mil anos de aquecimento(máx. temperatura no planeta) ocorre o máximo de concentração de CO2 na atmosfera, durantes os interglaciais. Os dados paleoclimáticos mostram o comportamento das temperaturas em ciclos de milhões de anos. Acrecenta-se que o aquecimento dos interglaciais vão desencadear períodos de gelo ou glaciações, e que estes fenômenos têm se repetido durantes os ciclos astronômicos demonstrados pelas escalas paleontológicas. Transcrevemos parte de artigos publicados no Jornal da Ciência da SBPC ,para difundir e confrontar o conhecimento sobre um dos temas mais polêmicos diferenciando categoricamente ciência e expertise de marketing político . Jornal da Ciência, 12/09/08:
”É irracional dizer que o CO2 causa o aquecimento da Terra (de 0,6 graus Celsius no século 20) porque o aumento da sua temperatura antecede o do CO2 em milhares de anos, um fato comprovado.
Essa irracionalidade fez o inglês Stuart Dimmock, motorista de caminhão, acionar o Judiciário para impedir a distribuição do filme de Al Gore nas escolas por conter erros graves. A Justiça britânica, em 10/10/07, reconheceu 12 erros -atribuir ao CO2 o aumento da temperatura entre eles.
A irracionalidade dos alarmistas é tanta que desconhecem os estudos científicos recentes sobre o clima, publicados nas mais importantes revistas de geociências, física e geofísica, nem sabem que o Cern consorciou-se a mais de 50 Universidades e institutos de pesquisas norte-americanos, europeus e russos para dar seqüência ao que foi comprovado na Dinamarca sobre a preponderância do Sol e das radiações cósmicas no clima. Tampouco parecem conhecer estudos sobre as limitações da previsão climática, por exemplo, o clássico de E. N. Lorenz (falecido em 16/4/ 08), de 1972, com o sugestivo título "Predictability: Does the Flap of a Butterfly's Wings in Brazil Set Off a Tornado in Texas?", sobre o efeito da asa de uma borboleta no Brasil em um furacão no Texas..
” (José Carlos de Almeida Azevedo , doutor em física.MIT(InstitutodeTecnologiadeMassachusetts,EUA).
Portanto por mais que hajam direcionamentos para mitigar o CO2 antropogênico, não há garantias de reduções de temperaturas médias globais. È certo que o único domínio humano sobre as “ilhas de calor” das megalópoles industriais, assoladas pela poluição antropogênica e pelo conseqüente efeito estufa, é a de tentar por todos os meios tecnológicos reduzir a emissão dos gases estufa, tendo maior concentração de CO2, devido à queima de fósseis. Estes fenômenos tem trazido verdadeira decadência nos níveis de saúde das populações, devido a um inumerável cartel de efeitos sobre o extermínio de biodiversidade local e regional, que somado ao quadro de desigualdades e exclusão baseada na inequidade própria do macro – sistema, tem tornado as cidades insustentáveis.
De fato todos os esforços para mudar todo este quadro , através de imensos programas de cooperação internacional em torno da mitigação do carbono , como o dos mecanismos de desenvolvimento limpo, que vêm sendo empreendidos sistematicamente sob coordenação da UNFCCC, trazem benefícios às economias,porque a tonelada de CO2 virou moeda bem quotada, mas não solucionam os maiores efeitos das mudanças climáticas catastróficas. O que o G-8 quer é um pacto global na UNFCCC, em torno de transferência de tecnologias renováveis para o resto do mundo, além de uma epopéia científica para “Salvar o Planeta” que lhes garanta o maior boom capitalista de toda história . Vejamos o que os “marketeiros políticos” montados sobre os “tanques de estratégia” estão elaborando para este século. Do Independent –Londres/UK,O Globo 3/9, JC 12/09:
“A Royal Society, do Reino Unido, lançará até o fim do ano um vasto estudo analisando a possibilidade de salvar o planeta por meio de projetos de geoengenharia do clima
A transferência de Tecnologias limpas em regime de equidade entre o G-8 e o G-21 irão alavancar uma nova ordem mundial? Estarão pensando que poderão melhorar o nível de saúde do mundo, contribuindo para melhores taxas de sustentabilidade principalmente da dimensão ambiental global ? A UNFCCC estará enganjada com os desafios do milênio? Onde foram parar os detentores do Nobel da Paz de 2007? Terá o Homem domínio sobre o clima? E sobre as mudanças climáticas?
As réplicas serão bem vindas. Seguem uma série de artigos sobre as Ciências do Clima e das Mudanças Climáticas nos próximos números.
(Ronaldo Lyrio Borgo é Analista de C&T´s ,Engenheiro e Pesquisador)
Brasília,25/09/2008.
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