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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

10.22.2008

Os vincos no rosto e as rugas na alma



 Augusto Nunes (JB, edição de 15/10/2008)
 
       'Um é novo, outro é velho, decreta a primeira linha de uma reportagem  que confronta os perfis dos candidatos Eduardo Paes, 38 anos, e  Fernando Gabeira, 67. Se a frase estivesse incorporada ao editorial  que formaliza a escolha feita por um jornal, nada a objetar. Se  incluída em algum texto assinado por colunistas ou colaboradores,  formalmente liberados para emitir opiniões, tudo bem. Se abre uma  reportagem destinada a tratar as coisas como as coisas são, a isenção  é assassinada no início do filme – e os capítulos restantes são  condenados à morte por parcialidade. Não há esperança de salvação para matérias jornalísticas que, amparadas em duas certidões de nascimento,  decretam em seis palavras quem é o novo e quem é o velho. Se a diferença de idade é o quesito mais relevante no desfile de  comparações, a sensatez e a ética recomendam enunciados que rimem com
 neutralidade. Por exemplo: um tem 26 anos menos que outro. Ou, então,  um tem 26 anos mais que outro. Ou, ainda, um é mais novo que o outro. A escolha de uma quarta opção fez de Paes a encarnação da novidade, da  inovação, da mudança – e comunicou aos cariocas que o candidato do PV  é apenas velho.

 Quase 34 anos distante de Oscar Niemeyer, 10 atrás de Fernando  Henrique Cardoso, quatro à frente de Lula, apenas um à frente de José  Serra, Gabeira só se encaixaria nessa simplificação se fosse portador  de senilidade precoce (e aguda). Como o candidato sessentão chegou ao  ponto final com boa saúde, deduz-se que o decreto se apoiou  exclusivamente no calendário gregoriano.

 Juventude é uma expressão associada a entusiasmo, energia, dinamismo, vitalidade. No Brasil, pode ser o outro nome do perigo. Os mais velhos  sabem disso desde o começo da década de 60. Os ainda novos ficaram  sabendo na década de 90. Jânio Quadros tinha 44 anos ao tornar-se  presidente em 1961. Renunciou depois de sete meses, sem explicar por  quê. O vice João Goulart tinha 43 quando herdou a vaga. Perdeu-a 36  meses mais tarde, deposto pelo golpe militar de 1964.

 Como a era dos generais revogou a eleição direta, o último presidente  escolhido nas urnas seria também o mais jovem da história republicana  entre 1960 e 1989. Foi superado por Fernando Collor, eleito com 40  anos. O recordista em idade se tornaria também o único a escapar do  impeachment pelo atalho da renúncia. Os presidentes quarentões não deixaram saudade.

 No começo da campanha, Eduardo Paes parecia moço demais para cuidar do Rio. A 10 dias da decisão, está claro que o corpo de menor de 40 tem  uma cabeça perturbadoramente envelhecida por excesso de pressa e  carência de princípios. Gabeira foi desde sempre um contemporâneo do  mundo ao redor. Paes é a versão remoçada dos políticos do século  passado. Um se orienta por idéias. Outro é conduzido por interesses,  circunstâncias e conveniências.

 Embarca no trem que lhe parece mais veloz, abandona o vagão quando a  velocidade diminui. Começou no PV, fez uma demorada escala no cordão dos agregados de Cesar Maia, elegeu-se deputado federal pelo PFL,  filiou-se ao PSDB, caprichou no papel de inquisidor enquanto durou a  CPI dos Correios, foi promovido a secretário nacional do partido,  candidatou-se a governador para garantir a tribuna indispensável para  desancar o padrinho Cesar Maia e o adversário Sérgio Cabral, rendeu-se  ao PMDB de olho em alguma vaga no secretariado estadual. Para quem  viveu tão pouco, não é pouca coisa.  Decidido a alojar-se no gabinete do prefeito, topa qualquer negócio,  faz tudo o que for preciso. Insulta o tutor Cesar Maia, rasteja diante  de Lula, presta vassalagem à primeira-dama, ordena agressões a cabos  eleitorais adversários, mobiliza entidades fantasmas em passeatas  instruídas para gritar que Gabeira odeia suburbanos, renega os  companheiros de combate na CPI, acaricia mensaleiros juramentados,  absolve de todos os pecados a bandidagem dos partidos que o apóiam.  Cesar Maia? Só esse não pode. Babu, o vereador de estimação dos  moradores dos presídios, esse pode. Delúbio Soares? Pode.

 Os vincos no rosto de Fernando Gabeira reafirmam a idade que tem. As  rugas na alma de Eduardo Paes informam que a idade mental é muito  maior que a oficial. Um é antigo. Outro é moderno'. Se você considera este texto importante para esclarecer algum amigo, parente ou colega eleitor, repasse-o. Precisamos difundir a diferença de caráter e de competência entre os candidatos a prefeito da nossa cidade!

Um comentário:

Muller disse...

Esse texto é MUITO bom!!!!!

Juntei ele e outros em:
Leituras para 26 de Outubro

Dia 26 esta logo ai, temos que divulgar, fazer campanha, aumentar esse tsunami verde do bem.

Paes faz a campanha mais suja que ja vi. Temos que responder de forma limpa. Basta divulgar os fatos.

Eleitor bem informado vota Gabeira.

Parabens!