Por Jorge Serrão
O País continua deseducado, improdutivo e desgovernado – embora a propaganda oficial minta o contrário. O problema é até quando vai durar a disponibilidade de recursos financeiros nos bancos, que lucram cada vez mais com juros altos e tarifas elevadas, para liberar tanto crédito fácil. Risco de calote? O próprio sistema tem tanta “gordura” que se garante contra uma crise de inadimplência. Até quando agüenta? E se alguma crise externa mais séria nos afetar aqui dentro?
O brasileiro não tem o hábito de planejar seus gastos a médio e longo prazo. Este descontrole financeiro é o grande vilão da inadimplência. O discurso do desgoverno garante que tudo está no melhor dos mundos. A publicidade na mídia incentiva o consumismo irresponsável. Mesmo que não tenha renda para consumir, o brasileiro é incentivado a pegar dinheiro emprestado, usar o cheque especial ou a comprar a crédito em dezenas (quase uma centena) de prestações. Consuma, que o Lula garante! Garante? Até quando?
Veja o caso dos idosos. Apenas em dezembro, foram registradas 692.262 operações de crédito consignado (com desconto em folha) aos aposentados e pensionistas do INSS. Foram emprestados R$ 834.760.495,
É fácil criar a imagem de um País das Maravilhas econômicas. O Brasil não tem um indicador único de inadimplência. As estatísticas e análises sobre inadimplência têm como base as ocorrências de cheques devolvidos por falta de fundos e o volume de títulos protestados, que são indicadores isolados. Qual o tamanho do calote em potencial? O brasileiro é imediatista e opera no curto prazo. No Brasil as taxas de juros das linhas de crédito ainda são muito caras. Mesmo assim, os consumidores se acostumaram a buscar dinheiro vivo emprestado ou a comprar a prazo, utilizando alguma forma de crédito disponível.
Enquanto somos iludidos pelo crédito fácil, o desgoverno nos tunga nos impostos. Para debochar da nossa cara, a Super Receita Federal tem cara de pau de comemorar que a arrecadação do governo federal (com impostos e contribuições) atingiu o recorde de R$ 602 bilhões e 790 milhões de reais, em 2007. O total arrecadado ficou R$ 79 bilhões e 430 milhões acima do valor arrecadado em 2006.
Descontada a inflação medida pelo IPCA, o aumento do total arrecadado foi de 11,09%. O ganho foi mais do que o dobro da arrecadação da falecida CPMF, que foi de R$ 36 bilhões e 400 milhões. O secretário da Receita, Jorge Rachid, prevê que a arrecadação continuará em alta em 2008, mesmo sem a CPMF.
Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional
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