Também é diferente porque não requer de macro-decisões políticas, grandes investimentos, créditos abundantes nem muitos subsídios; tampouco reivindica que os outros solucionem os problemas dos agricultores, pois aqui se propõe que eles mesmos o façam. Com o objetivo de que eles possam assumir tal protagonismo na solução dos seus problemas, apenas reivindica o absolutamente essencial: uma educação de boa qualidade, com conteúdos curriculares adequados às necessidades de vida e de trabalho imperantes nas zonas rurais e nas atividades agropecuárias.
Através desta campanha pretendemos atingir três objetivos:
Em primeiro lugar: eliminar da agenda agrícola e rural os diagnósticos demagógicos que culpam os outros pelos problemas que são causados por nós mesmos. Tais diagnósticos, além de equivocados e inócuos são altamente perniciosos; porque mantêm muitos agricultores em atitudes de passividade e fatalismo, quando a realidade concreta do mundo atual, globalizado e altamente competitivo, está exigindo deles exatamente o contrário, isto é, que eles sejam cada vez mais proativos e mais empreendedores.
Em segundo lugar: substituir as soluções ingênuas por soluções de verdade, que sejam baseadas na eficiência, no profissionalismo e na organização empresarial dos agricultores; demonstrando que este é o único caminho possível para promover o desenvolvimento rural, quando temos tantos pobres e nossos governos estão tão empobrecidos.
Em terceiro lugar: lançar uma mobilização nacional em prol de uma educação rural emancipadora, que forme uma nova geração de agricultores profissionalizados, capazes de fazer uma agricultura eficiente, rentável e competitiva. Em prol de uma educação mais realista, objetiva e prática, que proporcione aos educandos as competências para que eles mesmos - e não o retórico paternalismo estatal - queiram, saibam e possam corrigir suas próprias ineficiências; e ao fazê-lo, solucionar os seus problemas.
Esta campanha pretende demonstrar que é possível "descomplicar" a suposta complexidade da problemática rural; e que é possível solucionar os principais problemas da maioria dos agricultores, adotando medidas de baixo custo e simultaneamente de comprovada eficácia. Também pretende demonstrar que o subdesenvolvimento rural não necessariamente se deve à falta de macro-decisões políticas ou à insuficiência de recursos produtivos dos agricultores, e sim que o problema reside, fundamentalmente, na inadequação e insuficiência dos conhecimentos que eles possuem.
Agricultura rentável: com mais créditos e subsídios ou com melhores conhecimentos?
Esta campanha parte da premissa de que os pobres rurais são pobres porque são ineficientes e são ineficientes porque não possuem as competências necessárias para evitar e/ou corrigir os erros que, involuntariamente, cometem. Como regra geral, eles são pobres porque não sabem produzir com eficiência, não sabem obter os insumos com custos mais baixos, não sabem utilizar adequadamente os recursos que já possuem, nem administrar racionalmente as suas propriedades, não sabem diversificar a produção, não sabem incorporar valor às colheitas, nem comercializá-las com menor intermediação; tudo isto não por culpa deles evidentemente. Isto ocorre porque o nosso sistema de educação rural não lhes proporcionou os conhecimentos úteis/instrumentais que eles necessitam utilizar na correção das suas ineficiências e na solução dos seus problemas cotidianos.
Conseqüentemente, não devemos continuar iludindo os agricultores com panacéias creditícias nem com humilhantes migalhas de governos supostamente generosos, porque o verdadeiro desenvolvimento agrícola e rural deve começar pela adequada formação e capacitação dos agricultores, dos seus empregados e das famílias de ambos. Quando tivermos uma educação de boa qualidade, a pobreza rural será eliminada pelos próprios habitantes rurais dentro dos seus lares, das suas propriedades, das suas comunidades e dos mercados rurais.O desenvolvimento será mais endógeno que exógeno, pois ocorrerá de dentro para fora e de baixo para cima; e não de fora para dentro e de cima para baixo; como propõem as pessoas que não conhecem e não acreditam nas potencialidades existentes no meio rural, especialmente nas potencialidades latentes dos seus habitantes.
Decisão política dos governos ou decisão pessoal dos agricultores?
Aqui não se reivindica, ingenuamente, que os problemas dos nossos agricultores sejam resolvidos pelo Banco Central, Banco do Brasil, Ministério da Fazenda, Congresso Nacional, Banco Mundial ou FMI. Esta campanha propõe que adotemos a medida mais construtiva de melhorar significativamente a qualidade do nosso arcaico e disfuncional sistema de educação rural (escolas fundamentais rurais, escolas agrotécnicas, faculdades de ciências agrárias e serviços de extensão rural). Depois que o referido sistema adequar os seus conteúdos educativos e os seus métodos pedagógicos às necessidades de vida e de trabalho imperantes no campo, a vontade, a decisão e a capacidade pessoal de cada extensionista e de cada agricultor de resolver os problemas da agricultura, será muitíssimo mais eficaz e duradoura que a tão reivindicada, e nunca conseguida, vontade e decisão política dos governos.
Os professores e extensionistas não devem esperar por soluções nem recursos externos; devem agir
Tanto a viabilidade como a eficácia desta proposta educativo-emancipadora estão demonstradas nos textos de apoio, incluídos na seção "Artigos" deste site http://www.polanlacki.com.br Nestes textos também estão sugeridas as medidas --não complicadas nem sofisticadas-- que os próprios professores e extensionistas, podem adotar para melhorar substancialmente a qualidade, a utilidade e a aplicabilidade dos conteúdos educativos; mesmo que as suas respectivas instituições não recebam recursos adicionais e não contem com as decisões políticas que tanto reivindicam às autoridades nacionais e estaduais. Em muitos casos, a falta desses apoios externos se constitui em uma excelente escusa para quem não tem vontade ou capacidade de melhorar o seu desempenho como profissional da educação. Neste site se propõem medidas educativas que são de fácil adoção e de baixo custo, com a deliberada intenção de demonstrar o muito que os próprios professores e extensionistas podem fazer para melhorar o seu desempenho, independente do que façam ou deixem de fazer os seus respectivos governos.
Do http://www.polanlacki.com.br/indexbr.htm
COMENTARIO: do Alerta Total por Arlindo Montenegro
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick e Bill Gates defenderam recentemente em Davos, onde se reúnem os que mandam no mundo, a liberalização do comércio mundial, que tiraria da pobreza milhões de agricultores pobres. R. Zoellick declarou: “A Rodada Doha avança para um momento crítico e a agricultura é uma parte chave. Um acordo impulsionaria o cumprimento das Metas do Milênio para acabar com a fome e a mal nutrição. Esse é o momento de fazer algo". E Bill Gates fechou o papo: "Não serve de muito se um agricultor, através de melhores sementes, solo ou irrigação, aumenta a produção, mas não tem mercado para vender o superávit”.
O que o Sr. Polak defende há anos é: “uma educação de boa qualidade, com conteúdos curriculares adequados às necessidades de vida e de trabalho imperantes nas zonas rurais e nas atividades agropecuárias.”
Quando fui criança, isto há mais de meio século, os pobres do campo, viviam em casas de alvenaria ou barro batido, pintadas de cal, dentro de uma propriedade onde prestavam serviços, podendo plantar e colher de suas próprias roças em locais designados. As grandes fazendas normalmente bancavam uma escola primária, com professora contratada para ensinar as primeiras letras aos filhos dos trabalhadores, que podiam brincar, correr, banhar-se nos rios, aprender com os pais a plantar e colher, ordenhar vacas, fazer manteiga... aprendiam a fazer cordas e esteiras de fibras e outros assuntos atinentes à vida.
Mas nas escolas de hoje, o mst que o diga, todos os centros de ensino do País que o digam, tudo se fundamenta na pura doutrinação socialista, classista, preconceituosa, com cartilhas marxistas aprovadas pelos catedráticos universitários e pelo MEC. Quem quiser detalhes, é só entrar no site www.escolasempartido.org ou ler na revista Digesto Econômico número 445/2007 (pedir pelo fone (11) 3244 3055, a redação manda pra você) a entrevista com o Ministro da Educação, além de outras matérias que documentam o viés político que desmonta e esculhamba com esta nação, com o propósito de recriar no continente a estrutura econômica e política da falida União Soviética e seus satélites.
O comunismo que parecia refluir com a queda do muro de Berlim, travestiu-se de democrata e montou a máquina engana trouxa, presente como caça níqueis em todas as escolas e redações midiáticas!
Neste cenário, o estudioso Sr. Polak, nos propõe uma reflexão sadia e capitalista, simples, direta, objetiva, prática democrática: uma educação de boa qualidade! Isto porque o modelo vigente, educacional e produtivo da nossa agropecuária e afins, encurrala os pequenos “porque mantêm muitos agricultores em atitudes de passividade e fatalismo, quando a realidade concreta do mundo atual, globalizado e altamente competitivo, está exigindo deles exatamente o contrário, isto é, que eles sejam cada vez mais proativos e mais empreendedores.”
Propõe ainda: substituir as soluções ingênuas por soluções de verdade, que sejam baseadas na eficiência, no profissionalismo e na organização empresarial dos agricultores; demonstrando que este é o único caminho possível para promover o desenvolvimento rural, quando temos tantos pobres.
Já existem alguns incipientes empreendimentos cooperativos que se aproximam deste sonho, maioria atrelado a empréstimos bancários, burocratizados e pouco eficientes e não aprovados pelo viés dominante nas políticas oficiais e emiesitês que propagam a destruição violenta do imperialismo capitalista norte-americano e das democracias liberais.
“...lançar uma mobilização nacional em prol de uma educação rural emancipadora, que forme uma nova geração de agricultores profissionalizados, capazes de fazer uma agricultura eficiente, rentável e competitiva. ... uma educação mais realista, objetiva e prática, que proporcione aos educandos as competências para que eles mesmos - e não o retórico paternalismo estatal - queiram, saibam e possam corrigir suas próprias ineficiências; e ao fazê-lo, solucionar os seus problemas.”
Tal campanha se aplica para toda a nacionalidade, desde que as políticas do poder, os acadêmicos e a mídia,trilhe caminhos científicos, verdadeiramente democráticos, abandonando a ficção que privilegia os poderosos e mantém os traços culturais mais perversos.
“...não devemos continuar iludindo os agricultores com panacéias creditícias nem com humilhantes migalhas de governos supostamente generosos, porque o verdadeiro desenvolvimento agrícola e rural deve começar pela adequada formação e capacitação dos agricultores, dos seus empregados e das famílias de ambos.”
Parece um apelo aos que vivem no campo e enxergam um palmo diante do nariz, um apelo que se aplica a toda a nação, um apelo que infere a generosidade e o amor à pátria, amor humano contra a esperteza e ladroagem.
“Quando tivermos uma educação de boa qualidade, a pobreza rural será eliminada pelos próprios habitantes rurais dentro dos seus lares, das suas propriedades, das suas comunidades e dos mercados rurais. O desenvolvimento será mais endógeno que exógeno, pois ocorrerá de dentro para fora e de baixo para cima; e não de fora para dentro e de cima para baixo, como propõem as pessoas que não conhecem e não acreditam nas potencialidades existentes no meio rural, especialmente nas potencialidades latentes dos seus habitantes.”
É bastante eliminar do texto as palavra rural/rurais. Temos o caminho traçado para a construção de uma nação livre e soberana. Resta remover as pedras que estão no caminho. Resta sacudir a poeira e sair da apatia que trava as iniciativas e a vontade de construir o próprio destino.
Arlindo Alexandre Montenegro é Apicultor.
Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional
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