Respeitável senhor CEL PM Paulo Ricardo Paúl!
Inicialmente, quero vos cumprimentar pela vossa destemidez, não só à frente da Corregedoria da Polícia Militar, mas também por vosso posicionamento em prol da dignidade do Policial Militar fluminense.
Em diversas oportunidades, outrora, sempre afirmei que os baixos salários pagos aos policiais não justificam os desvios de condutas, transgressões ou mesmo cometimento de crime; todavia são explicáveis uma vez que o soldado encontra-se na tênue fronteira que separa a legalidade da ilegalidade. Assim, afora a boa índole, as necessidades sociais do cidadão, encarnado na função policial, culminam por falar mais alto. Não falo isso por mera opinião (conhecimento vulgar); digo e afirmo com base nos quase seis anos que estudo a evolução da violência no Estado do Rio de Janeiro, desde a fundação da cidade (1565).
Efetiva e indubitavelmente, os salários pagos às Polícias Civil de Militar fluminenses são aviltantes. Se, de forma hodierna, temos uma secretaria nacional de segurança, como podemos conceber que salários dos policiais sejam tão discrepantes nas diferentes unidades federativas? Como pode um estado, responsável pela segunda maior arrecadação, pagar salários tão ridículos a seus policiais - pior que os salários de nossos policiais só os dos policiais do Estado de Alagoas? Por que as Polícias Civil e Militar do DF ganham tão bem, diante do pouco que ganham os policiais dos demais estados? Como se pode conceber profissionais, que trabalham com constante risco da própria vida, sejam tão mal pagos?
Confesso-vos que fiquei feliz ao tomar conhecimento das articulações do Grupo dos Barbonos. Feliz por constatar que a nossa Polícia Militar têm Coronéis lutando pelos seus subordinados, fato que não vemos, por exemplo, na Polícia Civil, na qual, há muito, os delegados saíram do escalonamento vertical e abandonaram, à
míngua, os demais quadros policiais.
Jamais o secretário de segurança poderia ofender, como o fez através de entrevista ao Jornal "O DIA", de 27.01.2008, ao indagar se "Essa instituição está dando resposta a ponto de merecer o retorno salarial? É confiável? Tem credibilidade?". Isso demonstra todo o despreparo do delegado Beltrame, que é policial federal, e que ganha bem, e que nada entende ou conhece das nossas polícias - é homem de inteligência e de inabilidade. Eu, particularmente, sempre critiquei o fato de nomearem delegados federais ou mesmo promotores e generais para o cargo de secretário de segurança - as piores administrações na secretaria de segurança foram protagonizadas por generais, promotores e delegados federais. O ideal é que a secretaria seja ocupada por um policial fluminense - civil ou militar -; jamais por um delegado federal.
Sempre afirmei que nossas polícias foram despersonalizadas a partir do golpe militar de 64, quando foram empregadas na repressão política, a qual tantos crimes cometeu - seqüestros, torturas, assassínios etc. E hoje, como herança, temos as forças armadas e as polícias mal pagas e desaparelhadas e, o que é pior, compostas por profissionais sem qualquer tipo de representatividade, despersonalizados, tolhidos e acovardados politicamente.
Recebais, portanto, meus sinceros cumprimentos, sob a forma de desagravo, além da minha esperança em uma solução adequada, favorável e mais que justa à nossa Polícia Militar.
Saudações.
Dr. Leví Inimá de Miranda - CEL MED REF
Perito Legista aposentado da Polícia Civil/RJ
Inicialmente, quero vos cumprimentar pela vossa destemidez, não só à frente da Corregedoria da Polícia Militar, mas também por vosso posicionamento em prol da dignidade do Policial Militar fluminense.
Em diversas oportunidades, outrora, sempre afirmei que os baixos salários pagos aos policiais não justificam os desvios de condutas, transgressões ou mesmo cometimento de crime; todavia são explicáveis uma vez que o soldado encontra-se na tênue fronteira que separa a legalidade da ilegalidade. Assim, afora a boa índole, as necessidades sociais do cidadão, encarnado na função policial, culminam por falar mais alto. Não falo isso por mera opinião (conhecimento vulgar); digo e afirmo com base nos quase seis anos que estudo a evolução da violência no Estado do Rio de Janeiro, desde a fundação da cidade (1565).
Efetiva e indubitavelmente, os salários pagos às Polícias Civil de Militar fluminenses são aviltantes. Se, de forma hodierna, temos uma secretaria nacional de segurança, como podemos conceber que salários dos policiais sejam tão discrepantes nas diferentes unidades federativas? Como pode um estado, responsável pela segunda maior arrecadação, pagar salários tão ridículos a seus policiais - pior que os salários de nossos policiais só os dos policiais do Estado de Alagoas? Por que as Polícias Civil e Militar do DF ganham tão bem, diante do pouco que ganham os policiais dos demais estados? Como se pode conceber profissionais, que trabalham com constante risco da própria vida, sejam tão mal pagos?
Confesso-vos que fiquei feliz ao tomar conhecimento das articulações do Grupo dos Barbonos. Feliz por constatar que a nossa Polícia Militar têm Coronéis lutando pelos seus subordinados, fato que não vemos, por exemplo, na Polícia Civil, na qual, há muito, os delegados saíram do escalonamento vertical e abandonaram, à
míngua, os demais quadros policiais.
Jamais o secretário de segurança poderia ofender, como o fez através de entrevista ao Jornal "O DIA", de 27.01.2008, ao indagar se "Essa instituição está dando resposta a ponto de merecer o retorno salarial? É confiável? Tem credibilidade?". Isso demonstra todo o despreparo do delegado Beltrame, que é policial federal, e que ganha bem, e que nada entende ou conhece das nossas polícias - é homem de inteligência e de inabilidade. Eu, particularmente, sempre critiquei o fato de nomearem delegados federais ou mesmo promotores e generais para o cargo de secretário de segurança - as piores administrações na secretaria de segurança foram protagonizadas por generais, promotores e delegados federais. O ideal é que a secretaria seja ocupada por um policial fluminense - civil ou militar -; jamais por um delegado federal.
Sempre afirmei que nossas polícias foram despersonalizadas a partir do golpe militar de 64, quando foram empregadas na repressão política, a qual tantos crimes cometeu - seqüestros, torturas, assassínios etc. E hoje, como herança, temos as forças armadas e as polícias mal pagas e desaparelhadas e, o que é pior, compostas por profissionais sem qualquer tipo de representatividade, despersonalizados, tolhidos e acovardados politicamente.
Recebais, portanto, meus sinceros cumprimentos, sob a forma de desagravo, além da minha esperança em uma solução adequada, favorável e mais que justa à nossa Polícia Militar.
Saudações.
Dr. Leví Inimá de Miranda - CEL MED REF
Perito Legista aposentado da Polícia Civil/RJ
Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional
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