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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.23.2007

Alba, Alternativa para a Nossa América

Luiz Bassegio - SCGE *


Adital -
Com a presença de chefes de estado de 12 países, realizou-se em Tintorero, Venezuela, nos dias 28 e 29 de abril, a 5ª Cumbre da ALBA - Alternativa Bolivariana para as Américas. Na mesma data e cidade, também aconteceu o Encontro de Movimentos Sociais de 19 países da América Latina e do Caribe.

A proposta da Alba, até agora assumida por Venezuela, Cuba, Bolívia e Nicarágua, aponta para a perspectiva de superação da acumulação capitalista dos países industrializados que aprofunda o aumento das contradições e assimetrias entre os países. Países subdesenvolvidos, que geram 15% da produção mundial, se vêem obrigados a importar grande quantidade de bens e serviços dos países industrializados que controlam os preços dos produtos. Essa dinâmica aumenta a dívida externa dos países pobres obrigando-os a investir boa parte do PIB para o pagamento dos juros e da dívida.

As conseqüências desta política imperialista são muitas: entrega das empresas estatais estratégicas para o capital transnacional; implemento da flexibilização das relações trabalhistas; negação e supressão de direitos; privatização de serviços públicos de saúde,  educação, habitação e seguridade social.

Como relação a esta situação, os povos da América Latina e do Caribe estão optando por caminhos alternativos de integração. É o caso da Venezuela, Bolívia e Equador.  Na 5ª Cumbre da Alba foram assumidos diversos acordos de cooperação entre os governos: cooperação na educação, na saúde, além de acordos comerciais relativos ao gás, petróleo, energia. A solidariedade entre estes países também é um diferencial nas relações . A Venezuela é um exemplo. Com relação ao petróleo se propôs a vendê-lo aos países que integram a Alba em condições muito favoráveis: prazo de 90 dias para o pagamento de 50%. Dos 50% restantes, 25% teria um prazo de 25 anos para pagar (com dois anos de carência a uma taxa de 2%)  e 25% seriam colocados num fundo da Alba para créditos a pequenos projetos.

Por outro lado, os países que compõem a Alba, concordam em retirar-se do CIADI (Centro Internacional de Acertos de Diferenças Relativas a Inversões). Este órgão garante o direito soberano dos povos de controlar as inversões estrangeiras no próprio território. Sempre que nossos países tentam chegar a um acordo com um país rico, este recorre ao CIADI. É o que ocorre, por exemplo, na Bolívia.

Os movimentos sociais, reunidos no marco da 5ª Cumbre, assumiram o compromisso de pautarem-se pelos princípios de inspiração socialista como a complementaridade, o internacionalismo, a igualdade e a integração dos povos. No debate realizado no dia 29, em Tintorero, entre os presidentes dos países presentes na Cumbre e movimentos sociais, decidiu-se organizar o Conselho dos Movimentos Sociais da Alba. O Conselho terá como tarefa definir seu papel e preparar a Cumbre Alternativa  Iberoamericana a se realizar no mês de novembro, em Santiago, Chile, por ocasião da Cumbre Ibero-americana de Presidentes e Chefes de Estado.

No documento entregue aos presidentes, em Tintorero, os movimentos fizeram diversas propostas, entre elas:

- Contribuir na elaboração da Carta da Alba;

- Plano de Cooperação com o Haiti: que os governos colaborem com a Haiti através de projetos de saúde e educação, alfabetização, agricultura, cooperação econômica e comércio justo;

- Criação da Universidade do Sul e de uma Escola Latino-americana e Caribenha de Políticas Públicas;

- Criação de um mecanismo, a partir da Alba, para solucionar o problema das migrações causada pelo terrorismo de estado e pelas políticas neoliberais dos governos submetidos aos ditames do imperialismo;

- Apoio a TELESUR e criação de uma Agência de Notícias da Alba;

- Que o Banco do Sul tenha uma área de atenção econômica voltada para as questões sociais, principalmente visando erradicar a feminilização da pobreza;

- Criação de uma rede de intercâmbio de alimentos sadios;

Ao final do Encontro diversas campanhas foram assumidas coletivamente: apoiar a luta do povo de Costa Rica contra a implementação do Tratado de Livre Comércio; pela extradição do terrorista Luis Posada Carriles para a Venezuela e a imediata libertação dos cinco lutadores cubanos presos nos Estados Unidos. Também houve o compromisso de luta permanentemente e intransigente para conseguir um território livre do analfabetismo e dos transgênicos.

Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

             



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