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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.02.2007

Quando a assistência oficial não é a solução

 Quando a assistência oficial não é a solução

Com a aproximação das festas de fim de ano, aumenta o número de pessoas que vão para as ruas em busca de dinheiro. Apesar de os programas de transferência de renda do governo federal contemplarem 2,3 milhões de pessoas no Estado do Rio, com repasse anual de R$ 1,2 bilhão, é fácil encontrar nas ruas, principalmente da Zona Sul, crianças e jovens que, mesmo cadastrados no Bolsa Família ou no ProJovem, por exemplo, tentam aumentar sua renda com o trabalho informal ou simplesmente pedindo esmola.

- A ajuda do governo é importante, mas eu queria mesmo é um emprego, talvez numa cooperativa - diz Elizangela dos Santos Silva, 28 anos, três filhos.

Para fazer jus aos R$ 112 que recebe mensalmente do Bolsa Família, ela mantém as crianças matriculadas numa escola em Costa Barros (Zona Norte), onde mora. Mas, aos sábados, a família ruma para Copacabana. Lá, Elizângela pede esmolas e as crianças limpam pára-brisas de carros.

- Se a gente passar o fim-de-semana todo na rua, dá para ganhar até R$ 60 - conta a desempregada, que é separada do marido e dorme na calçada com os filhos de sábado para domingo.

Para a secretária nacional de Assistência Social, Ana Lígia Gomes, o grande número de crianças e adolescentes trabalhando nas ruas não é um fenômeno com causas apenas econômicas.

- Muitos pais nem sabem que o trabalho infantil é proibido por lei - revela. - É comum ouvirmos a expressão: "é melhor a criança estar trabalhando do que fazendo coisa que não presta". Lutamos para mudar essa cultura.

A assessoria do programa Bolsa Família, que dá R$ 50 fixos e mais R$ 18 por cada filho (com limite de três) a 489,9 mil famílias fluminenses com renda mensal inferior a R$ 120, reconhece que o aporte ainda não é suficiente para que os beneficiários se mantenham sem precisar buscar outra renda.

- É preocupante simplificar e dizer que o benefício pago não é suficiente - observa o secretário de Ação Social do município do Rio, Marcelo Garcia. - A mãe que alega isso e põe o filho para trabalhar na rua está cometendo um crime.

Mas Garcia reconhece que é difícil para os chefes de família com pouca instrução e sem capacitação conseguir emprego.

- Dezessete por cento das famílias que recebem o benefício são chefiadas por analfabetos e 40% delas por gente que estudou até a quarta série - ressalta.

Todos os dias, Francisco Paiva sai de Belford Roxo para fazer malabarismo num sinal de trânsito em Botafogo. Como pratica como poucos a arte que o lendário domador Orlando Orfei classifica como a mais difícil do circo, Paiva chega a ganhar até R$ 40 por dia. À noite, faz curso de capacitação em sua cidade - ele é um dos 1.004 jovens matriculados no ProJovem no município da Baixada Fluminense, outro programa de transferência de renda e habilitação profissional implementado pelo governo federal.

- Vou ser pai em março, pretendo me formar no curso de trabalho com madeira e móveis e parar de vir aqui para o sinal - planeja Paiva, 21 anos, que recebe R$ 100 por mês do ProJovem e é filho de uma doméstica empregada atualmente na Barra da Tijuca.

- A bolsa que o ProJovem dá não é para o sustento, serve apenas para dar condições de que o beneficiário estude e tenha a perspectiva de um futuro melhor - reconhece Maria José Feres, a coordenadora nacional.

Segundo ela, manter os cerca de 202 mil jovens - 38.495 só no Estado Rio - dentro do programa é uma tarefa difícil.

- Disputamos essa garotada com o crime. Muitos param de freqüentar as aulas quando arranjam um simples biscate. Eles têm muitas necessidades, não haveria uma quantia paga como bolsa que evitasse o trabalho - sublinha a coordenadora.

´por
Marcelo Migliaccio
JBonline
Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade > Vergonha     Nacional


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