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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.10.2007

Quilombolas, Marambaia e ONGs


Curioso mundo em que os espaços foram encurtados pelos meios digitais, onde a formação da opinião pública e as ações políticas são realizadas em nível global. Organizações quilombolas e ditas de direitos humanos se arvoram em representantes da humanidade, dirigindo-se diretamente à ONU, a partir, por exemplo, de uma suposta violação dos “direitos” de uma comunidade na Ilha de Marambaia, de propriedade da Marinha brasileira. Neste momento em que o Senado se debruça sobre a CPI das ONGs, não seria demais dar uma olhada no modo de funcionamento de algumas delas.

Há uma ONG, denominada Koinonia, que está diretamente envolvida na ação quilombola que reivindica a Ilha de Marambaia, base dos Fuzileiros Navais. Ela atua como se estivesse diante de um problema de justiça social, sob o qual acoberta seu propósito ideológico. Na verdade, está ligada a auto-intitulados movimentos sociais que agem como organizações políticas.

No endereço da Koinonia, situado no Rio de Janeiro, estão também localizadas outras ONGs, como Os Verdes - Movimento de Ecologia Social, filiado à rede “Mata Atlântica”, que comparece cadastrado no Ministério do Meio Ambiente como Biomas Mata Atlântica e Campos Sulinos. Lá também se encontram a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) e a DP&A Editora, que publica livros de ciências sociais, filosofia, educação e pedagogia. Estamos, portanto, diante de organizações que visam a formar o politicamente correto, misturando quilombolas, meio ambiente e aids. Preocupados com a formação da opinião pública, possuem uma editora que veicula as suas posições, tendo como objetivo influir na imprensa e na mídia em geral. Causas defensáveis junto à opinião pública como a dos negros, a do meio ambiente e a da aids se tornam, desta maneira, instrumentos de sua atuação, conferindo-lhes visibilidade política.

É importante observar que na composição do conselho editorial da ONG consta o nome de um procurador da República (MPF-RJ), que é a pessoa que deu início ao processo de desapropriação da Ilha de Marambaia como território quilombola. A situação é escandalosa, pois um procurador da República é, ao mesmo tempo, membro de uma ONG - logo, pertence a uma parte interessada na disputa, como se isso não revelasse conflito de interesses - e agente público. Os demais membros do conselho são antropólogos que se colocam a serviço da causa quilombola e preparam os relatórios técnico-científicos. Estes são, então, apresentados como se fossem neutros e isentos. Por si só, essa já seria uma razão para invalidar esses pseudolaudos.

A ONG Koinonia, em seu regimento, é explicitamente anticapitalista, o que significa dizer que seu propósito é socialista. O socialismo aparece sob os nomes de fraternidade, comunidade e solidariedade, que constituem a sua forma de apresentação. Desta maneira, ao assumirem valores morais, encobrem a sua finalidade propriamente política. Assim se apresenta ela: “Os serviços e projetos a que Koinonia se dedica estão marcados pela opção metodológica que designamos ação cultural, isto é, uma ação que privilegia as especificidades locais e o que de desafiador elas apresentam contra a lógica de um sistema capitalista crescentemente injusto e desumano.”

Segundo consta de seu site, dentre os seus apoios internacionais se encontram as seguintes organizações: Ajuda da Igreja da Noruega, Conselho Mundial de Igrejas, Church World Service, Christian Aid, Fundação Ford, Igreja Unida do Canadá, Serviço das Igrejas Evangélicas na Alemanha para o Desenvolvimento, Igreja Anglicana do Canadá e União Européia.

Observemos que essas igrejas apresentam as suas ações como de solidariedade religiosa, tendo em nosso país uma atividade política. Imaginem se o inverso fosse verdadeiro! Uma ONG brasileira apoiando invasões e desapropriações de propriedades das Marinhas inglesa, alemã, norueguesa e canadense! Seria tal ação permitida? O que diria o Estado desses diferentes países? As suas respectivas opiniões públicas admitiriam tal interferência? Aqui, no entanto, tudo parece ser permitido, sobretudo a elas e aos “movimentos sociais”. A presença da União Européia, por sua vez, é absolutamente escandalosa, pois uma federação de países atua num outro país, intervindo em ações que atentam contra propriedades das Forças Armadas e contra o direito de propriedade em geral. Imaginem também a seguinte situação: uma ONG financiada pelo Estado brasileiro interferindo no sistema de funcionamento das diferentes Marinhas européias! Como reagiriam as Forças Armadas desses países e suas respectivas diplomacias?

Confrontamo-nos, portanto, com uma situação completamente inusitada, em que igrejas internacionais, fundações e países financiam organizações políticas que têm como objetivo relativizar a propriedade privada, com um propósito claramente anticapitalista, como se o capitalismo não fosse o regime imperante nesses mesmos países que financiam essas organizações. Abundância de recursos é a sua marca. As publicações, como Existimos, são de luxo, muito bem diagramadas. Incentivos são, assim, dados a invasões rurais e urbanas, numa articulação que envolve os autodenominados movimentos sociais, o Incra, o Ministério das Cidades e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Uma causa justa, a da regularização fundiária dos quilombos existentes, segundo consta da Constituição de 1988, está-se tornando uma questão propriamente política, graças a um decreto presidencial de 2003 que estabelece o arbítrio da autoclassificação da cor e da auto-atribuição de terras e propriedades como critérios de desapropriação e expropriação. Unem-se igrejas internacionais, fundações, federação de países, movimentos sociais e órgãos do próprio Estado brasileiro para destruir o Estado de Direito.

Por Denis Lerrer Rosenfield - professor de Filosofia na UFRGS.


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Postado por
MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional

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