A renúncia de Renan
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
Ex-líder de Collor e participante das benesses do governo desde a época, cinicamente diz nunca ter usado o poder para se defender. Em um dos últimos episódios de sua saga como um Robin Hood às avessas, utilizou a Polícia do Senado para constranger senadores através de investigações, como foi o caso de Perillo (PSDB-GO). Enfim, se o Senado fosse sério, Renan deveria ter sido cassado pelo “conjunto da obra”. Se em nenhum dos episódios seus pares viram nada que se caracterizasse quebra de decoro parlamentar é porque isto é mera ficção no Senado.
O que Renan conseguiu com esta aprovação de suas posturas foi enlamear a Casa inteira e, segundo seus próximos, provar que quase todos os senadores têm pesadas manchas em seu “currículo”.
Tudo leva a crer que, apesar do decantado número de votos da oposição para derrubar a CPMF, com as exceções conhecidas, o Governo continuará a extorquir R$40 bilhões/ano, o equivalente a 1,9% do PIB. O preço será medido no número de nomeações e benesses que Lulla tiver que pagar ao PMDB e a alguns aliados mais recentes, entre eles Romeu Tuma (PTB-SP) e César Borges (PR-BA). Romeu, já se sabe, já “colocou o Tuminha”, agora quer um lugar de diretor da CEF para o pequeno Robson. César Borges aguarda o final das negociações esperando a valorização de seu voto.
*Presidente do Instituto Liberal
Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional
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