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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.08.2007

A economia política do Governo Lula


            Luiz Filgueiras e Reinaldo Gonçalves apresentam uma visão demolidora da economia do atual governo


  A  eleição  de  Lula  à  Presidência da República foi a operação política  conservadora  mais  bem-sucedida  da  nossa  história.  O governo que, na  origem,  prometia  mudanças  tornou-se  o  governo  do  cinismo   e  da
  passividade.  Essas  são as conclusões que podem chegar os leitores de A  economia  política  do  Governo  Lula,  dos  economistas Luiz Filgueiras,  professor  da  UFBA  e  autor  de  A  História  do Plano Real, e Reinaldo  Gonçalves,  professor  da  UFRJ.    Com  texto  atrativo  tanto   para  especialistas  quanto  para  quem pouco entende de economia e a partir da  análise  comparativa  de  expressiva  quantidade  de  dados,  os   autores  desmontam  com  facilidade  o  discurso  oficial  sobre  o "espetáculo do  crescimento" e sobre a primazia do desenvolvimento social.

  A  economia  do  Brasil de fato cresceu, mas não tanto quanto a de outros  países  emergentes,  como  a  recuperada Argentina e a espetacular China.  Não  é  verdade  que  a  vulnerabilidade  externa tenha diminuído, quando  comparada com o resto do mundo; na verdade, aumentou. Não é verdade que o  crescimento  das  exportações  sinalize  uma  inserção internacional mais  virtuosa,  pois  estamos  vivendo mais um episódio de adaptação passiva e  regressiva  ao  sistema  econômico  internacional.  Estamos cada vez mais  dependentes  das  flutuações  do  ambiente  econômico  externo   e  mais  vulneráveis  a  crises.  Ao  contrário do que se diz, também não estamos  diante  de  um  processo de distribuição da renda, pois os rendimentos do  trabalho, vistos como um todo, continuam a cair sistematicamente.

  O  cenário apresentado é desolador.  Luiz Filgueiras e Reinaldo Gonçalves  elaboraram  o  "Indice  de  Desempenho Presidencial", que conjuga fatores  como  PIB,  formação  bruta  de  capital  fixo,  inflação,   fragilidade
  financeira, vulnerabilidade externa e o crescimento do país em relação ao  resto mundo durante os anos de mandato de cada presidente.  Lula possui o  quarto  pior índice, à frente apenas de Sarney, do segundo mandato de FHC  e  de Collor, o presidente brasileiro de pior desempenho da História.  Em  outras  palavras,  é  triste  ver que a condução da economia do país está  equivocada desde que se iniciou o processo de redemocratização, e isso se  deve  à  adesão  ao  modelo  liberal periférico, que acentuado durante os  governos  FHC  foi  reforçado  pelo  atual  governo, tornando agudos seus  problemas.

  Quanto  ao  combate  à  pobreza e às questões sociais, o livro revela que  entre 2000 e 2006, o aumento substancial dos investimentos em assistência  social  (de  9,9  para  20,7%),  em grande medida por conta da criação do  Programa  Bolsa  Família,  se  deu à custa de reduções significativas nos  orçamentos  da  educação  (de  23,7  para 18,7%) e da saúde (de 45,2 para  38,6%).  Para  os  autores,  o  Programa nada mais é do que uma estreita  compensação econômica da política liberal ortodoxa adotada, que aumenta o
  abismo entre ricos e pobres.

                                        A economia política do governo Lula Luiz Filgueiras  (professor associado da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade  Federal da Bahia (UFBA)), autor do livro A História do Plano Real  (Boitempo, 2000, 2003, 2006). Reinaldo Gonçalves  (professor titular de Economia Internacional do Instituto de Economia da UFRJ.Contraponto, 2007, 264 pp.


Postado por MiguelGermanoCF
Editor do Impunidade  Vergonha     Nacional


Um comentário:

Anônimo disse...

BRASIL - ONGs, MINISTÉRIOS E A FAMÍLIA

AS ONGs

Já passou da hora de fazer uma separação (na verdade, triagem) entre ONGs sérias e não sérias no Brasil. A manutenção da mistura das ONGs acoberta a ação das “não sérias” e denigre (indevidamente) o trabalho necessário e eficaz das “sérias”. Certamente – excluímos desta reflexão os inocentes de espírito - deve haver um “ajuste” (ou seja, um acordo não explícito) entre “partes do Governo” e as “ONGs não sérias” para que esta triagem não ocorra (lembram da CPI das ONGs que se iniciou com grande estardalhaço e, depois, não deu em nada?). Não seria o caso de se ter um Cadastro Positivo das ONGs? Ou seja, estamos brigando contra as “armas”, quando na verdade o que mata são as “balas” (ou seja, quem municia as armas). Alguém dirá: isso é o óbvio. Eu digo: se é o óbvio, por que ainda não foi feito? A quem interessa não fazer? Será que o segmento da “sociedade consciente” ainda não percebeu que está sendo “usada” neste processo de denúncias diárias, mas sem punições. Cabe a esta sociedade reconhecer e apoiar o trabalho das ONGs sérias, dando a elas o reconhecimento pelo seu trabalho.

OS MINISTÉRIOS

O problema não está nos Ministérios; está no Governo (que quer maioria a qualquer custo) e alguns Partidos – na verdade “partidos” - que se aproveitam disso para levar (e muito) vantagem. Um ciclo vicioso que acaba “tirando cabeças” (Ministros) e “mantendo o restante do corpo” (o “partido”). Por outro lado, muitos dos atuais Ministros já foram decididos no Governo Lula, sancionados por Dilma na sua posse. Um excelente momento para que a Presidente Dilma – respeitando o PT que deseja o desenvolvimento do Brasil e não apena permanecer no poder – literalmente “colocar ordem na casa” e começar o seu PRÓPRIO Governo, deixando de ser – o que certamente não será – apenas um instrumento de passagem de caráter legal para a volta de quem saiu. Nada contra quem saiu (teve méritos, não há como não reconhecer), mas contra os acordos deixados voltados à manutenção do poder que agora, de forma muito visível, estão aflorando e exigindo soluções (não paliativos pontuais). Tenho absoluta certa que se a Presidente Dilma desejar manter o PT no poder – aquele que deseja ter continuidade através dos resultados alcançados – se assumir o SEU governo (deixando para trás o chamado “governo herdado de seu sucessor”) terá nas próximas eleições votos que não teve na atual eleição. Uma simples questão de coerência e bom senso político; respeito à sociedade como um todo (não custa lembrar, a mesma sociedade que elege os políticos).

A FAMÍLIA

A família (ainda) vai bem, obrigado. Acompanhando os fatos (alguns até reclamam), mas sem participar diretamente da solução deles. Votando com empolgação, mas esquecendo de cobrar de quem ajudou a eleger (uns chegam até a esquecer em quem votaram). Esquecendo o passado, focando apenas o presente e deixando o futuro para a solução dos políticos. Esquecendo rapidamente o último ato de corrupção apresentado na mídia tão logo desponte um novo no cenário. Por quanto tempo isso irá perdurar? Isso apenas Deus sabe e, na fala da grande maioria dos brasileiros, “Deus é brasileiro”. Acho que (necessariamente) não, pois se o fosse já teria dado um jeito no modo de ser do seu povo, ou seja, (de parte) da sociedade brasileira ausente de suas responsabilidades para com o País. Não há crescimento sustentável a médio e longo prazos de um país se sua sociedade não participa diretamente deste crescimento.

Roosevelt S. Fernandes
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
roosevelt@ebrnet.com.br
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