HOJE, JUSCELINO KUBITSCHEK FARIA 105 ANOS. RESTA REVIRAR-SE NO TÚMULO... SÓ UMA NOTA AGRADÁVEL: NO STF O "BOLSA-PIJAMA" DO ZECA DO PT FOI PRO ESPAÇO... RENAN CALHEIROS, REI DO GADO E DO PLAYBOI, FOI ABSOLVIDO (40 A 35 VOTOS) NO SENADO E NÃO PERDERÁ O MANDATO. A TENDÊNCIA É DE OS DEMAIS PROCESSOS CONTRA ELE SEREM ARQUIVADOS NO CONSELHO DE ÉTICA. MAS, ESTRANHAMENTE, FOI UMA VITÓRIA DE PIRRO, PORQUE MANTEVE O MANDATO, MAS GANHOU UM ABISMO E PERDEU TODO O RESPEITO... [ http://www.sponholz.arq.br ] - Renan Calheiros subiu no telhado. * (*) Acir Vidal, editor do blog. ################### BLOG ALERTA TOTAL POR JORGE SERRÃO De toda forma, pela votação apertada, ficou clara a divisão no Senado. Renan não tem mais condições políticas de presidir a Casa. A votação secreta deste 12 de setembro foi um ato de terror político que representou a derrubada moral das torres gêmeas do Congresso Nacional. A crise institucional é evidente. A história do Senado ficou maculada. Não pelas reduzidas traições dos senadores, pois Renan esperava 46 votos a seu favor – e não apenas os 40, incluindo o próprio voto dele. Mas pela cara de pau da classe política que o absolveu - contrariando a opinião pública e a opinião publicada. Gabeira revelou que o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) chamou um por um dos senadores do seu partido pedindo para que votem pela absolvição de Renan Calheiros (PMDB-AL): "Ele diz a cada um deles que a cassação de Renan só interessa à oposição. Que ela quer desestabilizar o governo. E que na hipótese de Renan ser cassado, tentará eleger seu sucessor - se possível um nome adversário do governo. Um Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), por exemplo". O interesse do Palácio do Planalto e do PT é eleger José Sarney para suceder Renan. Os promotores da impunidade queriam garantir uma sessão absolutamente secreta. O senador Tião Viana (PT-AC), que presidiu os trabalhos, avisou que quem passasse informação por celular ficaria sujeito a perda de mandato. Gabeira desafiou a proibição, até porque não era senador. Não foi permitido levar computadores, máquinas fotográficas ou filmadoras. Uma varredura da Polícia Judiciária do Senado retirou das mesas os laptops dos parlamentares e o plenário ficou lacrado até a hora da votação. Mas, no Brasil, não existe mais segredo, graças à Internet. E a quem tem a coragem de revelar as verdades que dóem. ############## BLOG DO NOBLAT Julgamento de RenanVai sobrar para o PTO que disseram os parlamentares à saída do plenário do Senado onde Renan Calheiros (PMDB-AL) foi julgado há pouco por quebra de decoro: Tasso Jeireissati (PSDB-CE): - O PT deixou em segundo lugar a instituição e em primeiro lugar a relação promíscuas entre os partidos. Arthur Virgílio (PSDB-AM): - A diferença (em favor de Renan) foram os seis votos safados pela abstenção. Seis votos calhordas de quem não tem coragem de absolver e nem de condenar. Cristovam Buarque (PDT-DF): - Renan se livrou com apoio do PT. O Brasil ficou menor, o Senado ficou menor e amanhã não sabemos o que será (do Senado)? José Agripino (DEM-RN): - O Senado amarelou. Teve dificuldade de fazer aquilo que o Brasil queria. Álvaro Dias (PSDB-PR): - Eu acho que o PT foi essencial no resultado que deu a vitória a Renan hoje. Claro que nessa ocasiões sempre há solidariedade. O Senado tem sido um parceiro rela do presidente da República e essa hora deve ter recebido sua retribuição. Deputado Fernando Gabeira (PV-RJ): - É uma vergonha tudo o que se passou aqui. - Suspeito que as abstenções tenham vindo de Roseana e José Sarney e do Senador Mercadante, que demorou tanto para se pronunciar. Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE): - O que me surpreendeu foi o placar. O PT que desequilibrou a luta e o resultado é desmoralizante. Demóstenes Torres (DEM-GO): - Renan só ganhou por causa das abstenções. A casa não vai prosseguir depois desse resultado. Daqui pra frente, não votaremos mais nada. Ideli Salvatti (PT-SC): - A bancada do PT votou dividida. A decisão é soberana. O parlamento optou por votar pela absolvição e isso tem que ser respeitado. Wellington Salgado (PMDB-MG): - O Senado saiu desgastado. Mas o resultado foi justo. Almeida Lima (PMDB-SE): - O Senado dá uma demonstração de força e mostra que não julga de acordo com pressões (externas). Romero Jucá (PMDB-RR): - Espero que a absolvição de Renan arrefeça o clima de tensão dentro do Senado. - Não considero necessária a saída de Renan do cargo de presidente da casa. Ele continua na presidência e tem mandato para isso. Precisamos agora retomar o clima de trabalho e assentar a poeira. Renan se livrou de perder o mandato por 40 votos a 35 e seis abstenções. Ele foi acusado de ter tido parte de suas contas pessoais bancadas por um lobista de uma empreiteira. Indignado com o resultado de hoje, Cristovam Buarque promete convencer os senadores que votaram pela cassação de Renan a usarem um broche que conta o voto deles. O único receio é que mais de 35 coleguinhas apareçam com o tal broche preso ao paletó. Renan intimidou senadores- Senadora Heloísa Helena. A senhora sonegou o pagamento de impostos em Alagoas. Deve mais de R$ 1 milhão. Tenho um documento aqui que prova isso. E nem por isso eu o usei contra a senhora - disparou Renan Calheiros ao se defender da tribuna do Senado pouco antes de ser absolvido pela maioria dos seus pares. - É mentira, mentira - gritou a presidente do PSOL sentada no meio do plenário. Pouco antes, ela subira à tribuna para atuar como advogada de acusação. Renan não deu bola para a reação de Heloísa. Em seguida, virou-se para Jefferson Perez (PDT-AM) e comentou: - Veja bem, senador Jefferson Perez. Eu poderia ter contratado a Mônica [Veloso, ex-amante dele] como funcionária do meu gabinete. Mas não o fiz. Perez nada disse. Ouviu calado. Então foi a vez do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Renan disse olhando diretamente para ele: - A Mônica Veloso tem uma produtora. Eu poderia ter contratado a produtora dela para fazer um filmete e pendurar a conta na Secretaria de Comunicação do Senado. Eu não fiz isso. Simon ouviu calado. Registre-se que o clima de intimidação dos senadores começou a ser criado logo no início da sessão quando discursou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Ele foi o primeiro a falar. Duas pérolas produzidas por Dornellles: - Crime tributário não é causa para quebra de decoro. - Amanhã, isso pode ser usado contra os senhores. Porque muitos aqui têm problemas fiscais. Dornelles foi secretário da Receita Federal no governo de João Figueiredo, o último general-residente da ditadura de 1964. E depois foi ministro da Fazenda do governo José Sarney. ################# claudiohumberto.com.br'O que faltou? Faltou voto', irrita-se JereissatiO sempre irritadiço senador e coronel Tasso Jereissati (PSDB) reagiu irritado à pergunta de um repórter, que quis saber o que faltou à oposição para cassar o mandato do senador Renan Calheiros. "O que faltou? Faltou voto!", respondeu. Ele atribui a vitória de Renan ao esforço do PT. ################# BLOG DO REINALDO AZEVEDO -
Renan sabe muito bem por que pressiona o PT, e o partido sabe por que cede. A tranqüilidade de Renan tinha razão de ser. Na reta final do processo, ele pôs a faca na garganta do Planalto. E quem tem PT tem medo. A vitória dessa tal “mídia” Vocês podem imaginar o que aconteceu assim que o Senado decidiu manter o mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Houve uma revoada de petralhas para cá, a maioria colando um texto de um dos anões do jornalismo em que ele decreta que a vitória de Renan é a derrota da mídia — especialmente de VEJA, Folha, Estado e veículos das organizações Globo. Qual a tese? Aquela, já lembrei aqui hoje, de Marilena Chaui e de Wanderley Guilherme dos Santos segundo a qual a mídia é um partido político. Aliás, justiça seja feita, antes deles, quem escreveu um texto a respeito foi Octávio Ianni, já morto, expoente da sociologia de esquerda. Ianni chamava o “partido da mídia” de “Príncipe Eletrônico”, numa referência a Gramsci. Seu delírio consistia em ver nos meios de comunicação a versão, digamos, de direita do que o teórico comunista imaginava para um partido de esquerda. Como a tal “mídia” não existe — e só uma teoria conspiratória de larápios —, é evidente que nem ganha nem perde o que nem tem um corpo definido ou um conjunto de interesses a defender. Mas, de fato, há os vitoriosos. Vencem, numa esfera miúda, contingente, os métodos que Renan Calheiros usa para fazer política. Nesse episódio, o Senado tem a clareza de suas explicações, o amor à legalidade de suas notas frias, o rigor de sua aritmética perturbada. Mas são, insisto, vitórias mesquinhas. A questão é bem outra. O PT transformou o que é uma apuração objetiva de crimes cometidos contra a República e contra o mandato popular numa luta contra a imprensa, tornada, cada vez mais, inimiga do poder. Claro, há as exceções, os áulicos de sempre, até dentro dos veículos sérios. É há os pequenos palhaços assalariados, uma escória surgida junto com o governo petista. Revestem com pitadas de ideologia o que é uma variante do roub, assaltando, a um só tempo, o erário e a teoria política. Não são apenas beneficiários da malandragem; são também seus protagonistas, embora menores. Eu estou chateado com o resultado? Claro que sim. Decepcionado? Um tanto. Surpreso? Não. Nas contas que fiz ontem, faltavam dois votos para cassar Renan. Eles não vieram — e quatro outros desertaram, com alguns se escondendo na abstenção. Imaginem só: abstenção em voto secreto! São aqueles que se acovardam até diante da própria consciência. Ao contrário do que pregam os anões morais, a imprensa tem sido e continuará a ser vitoriosa nesse processo. Observem como emprego os verbos. Não estamos numa conta de chegada; não há um objetivo a ser alcançado. É mais do que compreensível que uma parte do Senado tenha decidido se fechar em defesa de Renan Calheiros: afinal, como deixou claro o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), num discurso notavelmente cínico, os valentes estão defendendo a si mesmos. O que sei é que o jornalismo não vai se intimidar — e o próprio Renan continuará a ser personagem não do que os repórteres inventam, mas de sua própria e escandalosa biografia. E o mesmo vale para o petismo. Lamento — isto sim — que uma parte da opinião pública possa ser tomada por certa apatia, afirmando um “não adianta; eles sempre se safam”, desistindo, então, da política como uma forma civilizada de resolução de conflitos. Isso, de fato, é ruim. O resto, meus caros, é do jogo. Eu mesmo alertei aqui há dias para a atuação dos petistas, votando contra Renan no Conselho de Ética e pedindo sessão aberta. Era só uma embaixadinha pra torcida. Como a disputa se acirrou na reta final, o presidente do Senado jogou a conta em cima do balcão, e só restou ao PT arcar com seus débitos. O petismo é uma construção muito mais perigosa do que parece. A absolvição de Renan expõe, ainda outra vez, a real natureza do partido. E a parte do jornalismo que atua com desassombro, com amor apenas à notícia, evidenciou-o de forma insofismável. O lambe-botas do Planalto, como sempre, está errado. A mídia venceu. ###################
Falta um convidado na festa 'Delenga (SIC) Renan', a Mendes Júnior A "grande imprensa" em festa aguarda a confirmação de sua condenação de Renan. Todos batem tambor, tocam viola, enquanto aguardam que os senadores, em votação secreta, cumpram a sentença que determinaram para o presidente do Senado. Tudo começou com a acusação de que Renan tinha suas contas pagas por um funcionário da empreiteira Mendes Júnior. De lá pra cá, muito água suja passou por debaixo da ponte, bois, cheques voadores e fantasmas assombraram a platéia, dúzias de laranjas foram chupadas até o bagaço, e a mídia não tem mais dúvida alguma de que Renan é um corrupto. Só que não existe o corrupto sem o corruptor. Onde eles estão? Por que a "grande imprensa" não cobra seus nomes? Por que Suas Excelências, nobilíssimos senadores não investigaram de onde vieram os bois, o dinheiro para a rádio? Cadê o pessoal da Schinchariol, ou seja, cerveja, cadê? Se, nas palavras de La Rochefoucauld, "a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude", o Brasil hoje está muito mais virtuoso. Na medida de toda essa grande hipocrisia. ############# CONGRESSO EM FOCO
Cassação apertada, ou absolvição por estreita margem de votos. Eis os dois cenários mais prováveis para esta quarta-feira (12), que marcará o futuro do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de quebrar o decoro parlamentar. Cientistas políticos ouvidos pelo Congresso em Foco consideram praticamente nulas as chances de o presidente do Senado sair ileso do atual processo, com uma ampla margem favorável de votos na sessão secreta que começa às 11h. O professor da Universidade de Brasília (UnB) Paulo Kramer acredita que o tempo corre contra o senador. Segundo ele, há dez dias, Renan tinha uma margem folgada de votos. De lá pra cá, observa, a pressão da opinião pública e da imprensa mudou a opinião dos senadores que decidirão o destino do presidente da Casa. “Acho que ele será absolvido, mas já foi mais fácil isso”, avalia Kramer. Murillo de Aragão, da consultoria Arko Advice, não arrisca um palpite. “O cenário é absolutamente instável, diferentemente do Luiz Estevão [senador pelo PMDB-DF cassado em 2000]”, avalia ele, que também acredita que Renan perdeu força ao longo do processo, iniciado em maio com uma reportagem da revista Veja. Para o cientista político, a atuação da imprensa foi crucial no caso tanto para mantê-lo em evidência quanto para investigar fatos novos sobre as relações político-empresariais do presidente da Casa. Fantasma Aragão entende que, em caso de absolvição apertada, Renan terá dificuldade para reconstruir seu espaço político, fragilizado desde o início do escândalo. Facilidade para se reerguer, segundo o cientista político, Renan teria apenas no cenário mais improvável: o da absolvição com ampla vantagem. Essa perspectiva se tornou mais remota ontem, com a decisão das bancadas do DEM, do PSDB e do PSB de fecharem questão a favor da cassação. O PMDB, partido de Renan, e o PT, do presidente Lula, decidiram liberar seus senadores para votar “de acordo com a consciência”. A perda do mandato, no entanto, só será confirmada se tiver o apoio de 41 dos 81 senadores. Para Paulo Kramer, caso seja inocentado, o presidente do Senado irá “perambular como um fantasma” no Congresso, sem força para tomar grandes iniciativas políticas tanto a favor do governo como contra ele. RENABANTESMA... O VAMPIRO ALAGOANO... Ainda que se salve hoje da cassação, o presidente do Senado corre perigo, na opinião de Kramer. Com o prestígio em declínio, avalia o professor, há uma “possibilidade factível” de não haver votos suficientes para livrá-lo nos outros dois processos no Conselho de Ética – que tratam de suas relações com a cervejaria Schinchariol e com rádios em Alagoas. “Com o passar do tempo, isso só se agrava”, assevera o cientista político. Erros Murillo de Aragão considera que Renan está pagando por erros que cometeu durante todo o processo. Entre eles, o cientista político cita, por exemplo, a demora na votação do parecer do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pedia o arquivamento do caso. A análise do parecer acabou adiada em meio a manobras da tropa de choque de Renan. Isso permitiu, destaca o cientista político, que uma reportagem da TV Globo desmascarasse documentos do senador para comprovar seus rendimentos agropecuários. Papéis que, segundo o peemedebista, comprovariam que ele tinha dinheiro suficiente para bancar o pagamento de uma pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. Na avaliação dele, todos os senadores já têm um juízo formado sobre o caso em si, mas cerca de dez deles ainda não decidiram qual a melhor atitude a tomar hoje. “Uma parte grande do Senado acredita que ele cometeu um delito fiscal, foi vítima de uma chantagem e que, se a mídia não tivesse trazido tantas informações, tudo estaria resolvido”, afirma Aragão. O cientista avalia que a posição do Palácio do Planalto não pode ser considerada de abandono total de Renan, mas apenas a de quem não quer se contaminar com a crise. E cita como exemplo a declaração feita esta semana pelo presidente Lula, na Finlândia, de que o Parlamento finlandês deveria procurar o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), como representante do Congresso brasileiro. Por lei, essa prerrogativa cabe a Renan, que é o presidente do Senado. Kramer acredita que as crises no Legislativo são boas para o Executivo. “Isso consegue a façanha de mostrar que existem pessoas mais sujas que as do Executivo”, dispara. Absolvição apertada. Igualmente possível. Renan escapa, mas continua fragilizado, tentando se reerguer politicamente, assim como o próprio Senado. O processo deve ser lento. Renan ainda tem pela frente duas representações no Conselho de Ética. A renúncia do peemedebista à presidência da Casa, que resistiu a deixar a cadeira durante todo o caso, é considerada improvável. ###################### | ||||||||
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9.14.2007
Corrupção - Rainha poderosa
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