Doutor em Economia, ex-titular de economia política da UFF, Universidade Federal Fluminense
OBS.: ACESSE http://www.jubileubrasil.org.br/
A mentira que os safados economistas governamentais ensinam ao Lula e ele sai a repetir mundo afora.
Sobre a dívida externa. É bravata e ignorância do Lula. Ela não foi paga coisa nenhuma. A explicação é que, como as reservas estão, de fato, em U$ 161 bilhões, e o total da dívida externa, hoje, somando a parte pública com a privada é de aproximadamente é U$ 146 Bilhões ( a de médio e longo prazo ) e mais U$ 50 Bilhões ( de curto prazo, isto é, menos de um ano ), o valor das reservas é mais do que suficiente para pagar a dívida de longo prazo.
Obs. A dívida de curto prazo não deve ser somada à de longo, pois ela serve apenas como movimentação financeira dentro do próprio ano.
O correto seria dizer, a dívida externa brasileira de Longo Prazo, está hoje, potencialmente paga, pois as Reservas são superiores à ela. Mas ela não foi paga e nem deve ser, pois seus prazos de pagamento são escalonados no tempo, em muitos anos à frente. Seria burrice antecipá-la, sem que houvesse atrativos descontos, o que banqueiro não dá.
E essa dívida de Longo Prazo já foi há cinco anos atrás de U$ 210 Bilhões, sem incluir a dívida-ponte com o FMI, de apenas U$ 15 Bilhões, que não deveria ter sido paga antes do tempo, pois seu custo ( em juros internacionais ) era menor que a dívida interna, a que o Tesouro teve de recorrer para antecipar o seu pagamento e fazer propaganda política, enganando os trouxas. Trocou-se dívida barata por dívida cara.
Todavia, não foi só com o FMI que isso aconteceu. Parte expressiva da dívida externa caiu, porque foi internalizada, pois o valor do dólar despencou de quase R$ 4,00 em outubro de 2002 ( medo da eleição do Lula ) para para menos de R$ 2,00. Além disso os juros pagos, internamente, com a SELIC nas alturas, representaram até poucas semanas atrás, a maior taxa real de juros do mundo e, hoje, é a segunda maior, só abaixo da da Turquia.
Os credores da dívida externa facilitaram a sua venda e com os recursos compraram dívida interna, a qual mais que disparou, dado que a dívida interna paga juros bem maiores que a externa. Cristalino como água pura.
O saldo da dívida interna, em Julho de 2007 foi maior que R$ 1,3 Trilhão ( Fonte: Banco Central ). Se nós a dolarizássemos, a R$ 2,00 por dólar, daria mais de U$ 650 Bilhões. Ou seja, a dívida TOTAL pública brasileira, elevou-se substancialmente em termos absolutos. Seu acréscimo, em dólares, é maior que a redução da dívida externa, somado ao acréscimo das Reservas.
O que importa para um país não é o total de sua dívida publica externa e sim o TOTAL da dívida pública ( externa + interna ) e, esta, no Brasil, tem crescido e muito, em Reais e em dólar mais ainda.
Quanto ao saldo comercial é verdade cresceu muito nos últimos 6 anos e agora vai começar a decrescer. E cresceu graças ao tremendo e continuado desenvolvimento da economia mundial, do qual o Brasil não tem acompanhado no mesmo ritmo.
Só que aí também joga-se poeira na cara dos que não entendem de economia. O que importa, no final é o saldo do Balanço de Contas Correntes, que é bem menor que os U$ 45 Bilhões do Superávit Comercial, pois temos que pagar os juros da dívida externa, que não foi paga ( ao contrário da mentira propagada ) e ainda mais, suportar os déficits com a remessa de royalties e lucros que se têm elevado bastante ( com as multis aproveitando- se do dólar baixo ).
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