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Para o Brasil e a democracia, desde o movimento estudantil, Dirceu foi um desastre. Perdeu todas. Foi um dos líderes da "estratégia" de fazer um "congresso secreto" da UNE, em 68, com mais de 400 delegados, nas barbas do governo militar: foram todos presos, e o movimento estudantil foi destruído.
Em 1970, se exilou em Cuba, onde, depois de breve treinamento militar, virou o "comandante Daniel". Voltou ao Brasil entre 71 e 72 para participar fugazmente da luta armada, mas não há registros de ações que tivesse comandado. Fugiu para Cuba, fez uma plástica e voltou em 74, como um pacato vendedor de roupas. O resto é história.
E trágicas ilusões -como a luta armada, que levou muitos jovens idealistas, românticos e corajosos à prisão, à tortura e à morte, pela pátria e pela liberdade. Mas Dirceu queria fazer do Brasil uma grande Cuba. O respeito à dor das famílias e ao sacrifício de seus filhos não impediu que muitos heróis de verdade reconhecessem o erro, que exacerbou a repressão. Dirceu perdeu essa também.
Como deputado, fez implacável e destrutiva campanha contra o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e todas as tentativas de modernização do país. Por ele, ainda estaríamos com nossa moeda podre, com os telefones da Telerj e internet estatal. Perdeu.
Dirceu só foi vitorioso -e como!- na construção de um PT poderoso e eficiente. Usando o carisma e a vaidade de Lula como carro-chefe, afinal chegou ao poder, mas tentou mantê-lo para sempre. Errou feio e perdeu de novo: o Brasil e a democracia ganharam.
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