SOBRARAM LUGARES NA PLATÉIA
MUITO GASTO PARA POUCO PÚBLICO
Com faixas instaladas em frente às arquibancadas, familiares de militares protestaram contra os baixos salários da tropa e contra a corrupção. Uma das faixas mais incisivas dizia: "Em defesa da moral e da ética. Fora Ali Babá e seus quarenta ladrões". Outro cartaz, no meio da multidão, saudava Tiradentes. Aproximadamente 200 integrantes do Grito dos Excluídos foram barrados perto da Catedral e impedidos pela polícia de usar um carro de som para protestar em frente ao Congresso Nacional.
Longe da austeridade exibida durante o ano das eleições presidenciais, quando o Palácio do Planalto se cercou de cuidados para evitar que a festa do 7 de setembro fosse confundida com um comício, as comemorações do Dia da Pátria, este ano, custaram aos cofres públicos R$ 2,2 milhões - 41% a mais do que a solenidade do ano passado, orçada em R$ 1,4 milhão.
Mas se o gasto foi maior, o público ficou bem aquém do esperado. Cerca de 30 mil pessoas compareceram ao evento, programado para receber entre 45 mil e 50 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. A platéia do desfile militar foi mantida longe do Lula da Silva. As reforçadas grades de isolamento blindaram-no de eventuais vaias. Perto de Lula, apenas arquibancadas com convidados especiais do Planalto.
O comparecimento foi ainda menor do que em 2006, quando o governo evitou dar publicidade à festa. A maior extensão das cercas - 9,5 mil metros de extensão contra 7,5 mil metros, do ano anterior - foi o principal motivo alegado para o aumento dos gastos e, também, para a frieza do público em relação ao evento. Leia mais aqui
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