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Comentários: primeiro, o Brasil tem se beneficiado muito da pujança da economia mundial, em boa parte estimulada pelo mercado financeiro internacional. Em forte crescimento, o mundo demandou e pagou cada vez mais caro por produtos que o Brasil pode oferecer em qualidade e abundância. As exportações trouxeram os dólares que o BC brasileiro comprou e compôs as reservas que permitem passar a crise do crédito em maior segurança.
Segundo, apesar disso, a crise do crédito já afetou o Brasil. Os juros no interbancário local já estão mais caros, de maneira que os bancos vão cobrar mais caro do consumidor brasileiro. Os juros pagos pelo governo e por empresas brasileiras no exterior também estão mais caros.
E os investidores em bolsa perderam patrimônio. E é óbvio que não são apenas especuladores, mas pessoas comuns que colocaram sua poupança em ações de companhias sólidas, como a Vale.
A Vale, aliás, aumentou espetacularmente seus negócios graças à pujança mundial. Logicamente, se há alguma ameaça ao crescimento mundial, as perspectivas dessa companhias ficam piores, cai o preço de suas ações.
E haverá ameaça ao crescimento mundial se houver recessão nos EUA. Ou seja, ao contrário do que diz o presidente Lula, a crise não é americana, é mundial. Também ao contrário do que diz o presidente, não é apenas uma crise provocada pela ganância de especuladores, mas uma crise de excesso de crédito que, entretanto, beneficiou muitos setores da economia real e muitos países, inclusive o Brasil. E assim como o Brasil pegou carona na onda mundial também vai sofrer se essa onda morrer na praia.
Mas sabe por que Lula não acha isso? Porque ele acha que tudo o que aconteceu no Brasil é obra exclusiva dele e de seu governo. Ou seja, o governo brasileiro ainda não entendeu o tamanho do problema.
Carlos Sardenberg
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