>> vergonha nacional >> Impunidade >> impunidadE I >> impunidadE II >> VOTO CONSCIENTE >>> lEIA, PARTICIPE E DIVULGUE

Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

2.11.2008

Cartões e ladravões

Cartões e ladravões
por Antonio Sepulveda em 11 de fevereiro de 2008

Resumo: O absurdo se propagou como uma metástase. Os membros do politburo petista viram, na rapinagem dos cofres públicos, um atalho para o enriquecimento ilícito.

© 2008 MidiaSemMascara.org

De tudo que foi dito e escrito sobre a farra apoteótica da gastança de comissários e familiares do presidente da república com os cartões de crédito administrativos, faltou enunciar claramente, sem subterfúgios nem meias palavras, uma verdade conclusiva: foi roubo puro e simples, e os roubadores, se vivêssemos sob o império da lei, deveriam ser indiciados como ladrões comuns. É o espetáculo da impunidade.

O absurdo se propagou como uma metástase. Os membros do politburo petista viram, na rapinagem dos cofres públicos, um atalho para o enriquecimento ilícito. A Comissária Dilma Roussef diz concordar com a pilhagem dos cartões; tudo vale pela causa do socialismo. Seja como for, o fato nu e cru é que, nos últimos quatro anos, a roubalheira cresceu 500% e já atinge um montante anual superior a R$80 milhões; os saques em dinheiro correspondem a 60% deste total. Eles sabem saquear. São gatunos profissionais sem qualquer resquício de vergonha. É o espetáculo da desonestidade.

A bandalheira começa no gabinete da presidência da república. Lula da Silva sustenta a família com os cartões oficiais. Seus cúmplices gastam fortunas em supermercados, açougues, lojas de bebidas e padarias. Não nos referimos só às compras para o municiamento do palácio, mas das residências particulares. Lurian Cordeiro, filha do presidente, gasta R$ 6 mil mensais no cartão corporativo em Florianópolis onde mora; autopeças, material de construção, alimentos, livros, combustível, etc. Não é preciso ser filólogo para saber definir esse comportamento. Por qualquer padrão lingüístico, trata-se, sim, de ladroagem na genuína acepção do vocábulo. É o espetáculo da safadeza.

Na esteira do chefe, vêm os ministros, encabeçados — pasme o leitor — pelo hiperbólico Comissário Gilberto Gil que não quer explicar despesas de R$ 278 mil no seu BB Visanet chapa-branca. O que diz a autoridade cultural? O artista alça a fronte, limpa um falso pigarro e se defende: “Ganho este valor em dois shows”. Então deveria ter usado seu próprio dinheiro; não precisava dissipar o nosso. Segue-se na fila, a obscura Comissária Matilde Ribeiro que, desde 2003, sob o olhar complacente ou displicente ou indecente do tribunal de contas, promovia a igualdade racial em meio a uma farra hedônica com verba do erário; hotéis cinco-estrelas, redutos da boemia, bares da moda, “free shops” e aluguéis de carros sem licitação. Interpelada, responde que cometeu um “equívoco”. Eis o mais recente eufemismo da alta administração federal para ladroeira. É o espetáculo do sarcasmo.

Altemir Gregolin, Comissário da Pesca, esbaldou-se no Carnaval de 2007, esbanjou em diárias de hotéis, empanturrou-se na churrascaria e deu polpudas gorjetas aos garçons do Hera Bar. Flagrado, Gregolin não se explica nem se justifica. O Comissário dos Esportes, Orlando Silva, com a verba de inúmeros impostos extorsivos, financiou almoços e jantares para convidados durante o ano inteiro em requintados restaurantes paulistanos. Sabemos, porém, que o perdulário comissário incluiu, entre suas despesas a serviço do povo, uma modesta tapioca que nos custou apenas oito reais. Por isso, recebeu o apelido, entre os próprios subordinados, de Ministro da Tapioca. Consta que, ao perceber o escândalo, correu pressuroso a restituir R$ 30 mil ao erário. Será que agiria assim, se a ladroíce não fosse descoberta pela imprensa? Improvável, porque quem faz o que ele fez não costuma ter arroubos de honestidade espontaneamente. É o espetáculo da malandragem.

Falta-nos espaço para comentar as falcatruas da caterva do segundo escalão com sua enxurrada de mais de dez mil cartões sem critérios nem limites. Diante da evidência, o cinismo governamental atinge o ápice: chamaram a pilantragem de mero erro administrativo e pretendem censurar o Portal da Transparência de onde retiramos a informação, alegando questões de segurança. É o espetáculo da impudência.

Desmoralizados, são mais do que ladrões: são ladravazes, são ladravões.


Publicado originalmente pelo JB em 11 de fevereiro de 2008


Postado por
MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

           

 




Nenhum comentário: