Por Ucho Haddad (*)
Bravata oficial
Presidente Lula, de fato “porrada” não fabrica santo algum. Mas esse discurso vai contra alguns episódios recentes, os quais arremessaram o seu partido no cadafalso das conjecturas. Ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel acabou morto depois de ser torturado (tomou “porrada” antes de morrer). Os envolvidos no crime e as testemunhas desapareceram de maneira estranha e conveniente para alguns (também foram alvo de “porradas” antes de morrer). Carlos Delmonte Printes, o médico-legista que examinou o corpo de Celso Daniel e foi misteriosamente assassinado, confirmou que o ex-prefeito “tomou porrada” e foi assassinado em seguida. E os aloprados do dossiê, os mensaleiros, o Vavá, o Paulo Okamotto, o Gilberto Carvalho, e outros mais, são tratados com respeito e carinho. Estranho, não é mesmo, Presidente?
Livro de cabeceira
Carlos Delmonte Printes, a penúltima vítima do caso Celso Daniel – a última ainda continua viva – não se suicidou como tentou vender à opinião pública uma ala do PT. Até porque o médico-legista, segundo apurou a coluna junto a pessoas de seu relacionamento, não tinha motivo algum para tal. Semanas antes de ser assassinado, Carlos Delmonte se dedicava à elaboração de um trabalho sobre tortura. E tinha como fonte de consulta um exemplar da revista portuguesa “Já”, datado de 20 de junho de 1996. A publicação lusa trouxe em matéria de capa o caso de Carlos Rosa, decapitado enquanto se encontrava detido para interrogatório na Guarda Nacional Republicana. O exemplar da “Já”, que estava com Delmonte e que traz anotações do legista, foi presenteado ao editor da coluna, um dos ameaçados pela verdadeira quadrilha envolvida no crime.
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