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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

2.17.2008

Quando “aquilo” não é roxo, mas preto


Por Márcio Accioly

Quem imaginou que os, digamos, “desvios” dos recursos financeiros públicos foram pausados ou suspensos, em função da avalanche de denúncias com os tais cartões corporativos, enganou-se redondamente. Nossos “dirigentes” são incansáveis. Não dão trégua um só instante. Carregam tudo ao alcance das mãos.

Seja domingo, feriado, dia de branco ou de descanso, lá estão eles, eternos defensores da moral e dos bons costumes, sempre cuidando do país como se propriedade particular de viciadas quadrilhas fosse.

Em Várzea Grande, município da Grande Cuiabá (MT), o Ministério Público solicitou e conseguiu que o juiz da 1ª Vara Federal da Capital, Julier Sebastião da Silva, suspendesse obras financiadas com dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), depois de constatado superfaturamento.

Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), concluiu “existir sobrevalorização de até 567,8% para alguns dos itens contratados”. Mas o prefeito, Murilo Domingos (PR), não foi afastado imediatamente do cargo como seria de supor.

A legislação não prevê remoção do mandatário, no caso de crime dessa natureza. Deputados e senadores ainda não legislaram de maneira tão contundente. O que o prefeito fez foi colocar na página da prefeitura uma mensagem onde diz que “os moradores” de Várzea Grande conhecem “cada passo das obras do PAC”.

De maneira que continuamos na mesma: haja o que houver, o roubo continua, as licitações fraudulentas também e o deboche com quem se aventurar a denunciar é visível. É escândalo por cima de escândalo, um atrás do outro.

No meio de tudo isso, aconteceu fato interessante, no Senado, por ocasião do debate a respeito da transposição do rio São Francisco. O deputado federal Ciro, o Gomes (não confundir com o rei persa Ciro, o grande), teve uma recaída na postura de bom moço que vem adotando e soltou os cachorros em cima de um bocado de gente.

Como se sabe e se desconfia, não existe talvez no planeta ninguém mais valente, bravo e tempestuoso do que Ciro, o Gomes. Quando ele estiver de mau-humor, é bom se cuidar. Saiam de perto.

Na campanha eleitoral presidencial (2002), quando indagado sobre qual o papel de sua mulher numa possível vitória, respondeu irritado que seria o de dormir com ele. O caso obteve grande repercussão e foi o fator principal de sua derrocada.

Depois, agrediu verbalmente profissionais de imprensa que o fotografavam com cigarro entre os dedos (ele é fumante inveterado).

Em Pacajus (CE), no dia 04/09/06, campanha para deputado federal, efetuou discurso em que disse que o governador (à época, Lúcio Alcântara, PSDB), distribuía “dinheiro para politiqueiro filho da puta”.

Na quinta-feira (14), no Senado, Ciro Gomes falou a respeito da transposição do São Francisco (que defende com unhas e dentes), assumindo postura de quem fala com Deus e é ouvido. Distribuiu estilo de todas as maneiras.

Ao bispo católico de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, que olhava para o alto em postura meditativa, dirigiu-se (no meio do discurso), de forma imperial:

-Bispo, olhe para mim”.

Para a atriz Letícia Sabatella, contrária à transposição do rio, apontou o dedo e disse o seguinte: “-Não sei se estou no mesmo lugar que o seu, mas é parecido. Eu ao meu jeito, escolhi a opção de meter a mão na massa, às vezes suja de cocô, às vezes. Mas, minha cabeça, não, meu compromisso, não”.

Ninguém entendeu.

Ciro, o Gomes, faz tudo para ser candidato à sucessão de Dom Luiz Inácio (PT-SP), com apoio oficial. Acha ser agora a sua vez. O ex-presidente Collor (1990-92) disse certa vez ter nascido com “aquilo” roxo. Ciro, o Gomes, com temperamento bem parecido, vai além: deve ter nascido com “aquilo” preto, necrosado.


Márcio Accioly é Jornalista.

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