Por Christina Fontenelle (*) O caro leitor estaria preocupado em comparar o que houve de errado e de desvio de dinheiro público nos governos de FHC com o que vem acontecendo no nos dois governos do sr. Lula? Eu acho que, para variar, os rumos que o governo pretende impor à CPI dos cartões corporativos são, mais uma vez, para promover um espetáculo de sordidez que será o cumprimento de mais uma etapa para desacreditar e igualar, no que há de pior, todos os políticos. Isso sem falar no absurdo de mais uma blindagem da Presidência da República nas investigações. Não tem que ser assim. Se é para comparar, comparem-se os gastos do governo Lula, por exemplo, com os dos governos anteriores ao de FHC – este que aliás atravessou crises internacionais que nem se coparam ao céu de brigadeiro em que Lula governou. Entretanto, seria perda de tempo, pois nada se compara ao aparelhamento do Estado, ao uso indevido (eufemismo para roubo) dos cartões de crédito corporativos, às reformas nas residências oficiais do governo e no Palácio do Planalto, ao aumento exagerado do número empregados em função da família real e da presidência, ao uso e abuso das vantagens a que teoricamente tem um presidente durante seu mandato. Já falei nesta matéria algumas vezes, mas, vale a pena ler LULA - OPERÁRIO PADRÃO, que escrevi ANTES DAS ELEIÇÕES DE 2006 E QUANDO O TCU JÁ INVESTIGAVA TAIS DESPESAS EXAGERADAS! Por que o eleitor não ficou sabendo? A quem interessava a reeleição de Lula? Podemos não saber todas as respostas, mas temos algumas boas pistas: 1) aos poderosos transnacionalistas ingleses (com belos aliados no continente norte-americano), 2) à própria oposição – o que ficou evidente durante a campanha eleitoral, especialmente durante os debates ao vivo entre Lula e Alkimin, e também, é claro, porque aqueles que ajudaram a colocar FHC na presidência são os mesmos que sustentaram a eleição de Lula e, finalmente, 3) aos integrantes do Foro de São Paulo. Não é o caso de nossos leitores, é claro, mas, acreditem se quiserem, há milhões de brasileiros em cargos estratégicos, tanto de segurança como de inteligência, que JAMAIS OUVIRAM FALAR NO FORO DE SÃO PAULO (Aqui entre nós, é o caso de 80%, se não mais, dos membros da Polícia Federal, da Abin e da Forças Armadas). É verdade que não se sabe o que pode vir a ser revelado durante uma CPI. Mas, depois de tudo que já foi revelado sobre este governo durante as mais de não sei quantas CPIs – todas, invariavelmente, com resultados que não significaram punição real (aquela em que roubo dá cadeia) à praticamente ninguém que fizesse parte de qualquer um dos esquemas em que o governo estivesse envolvido – quem é que pode acreditar que essa dos Cartões Corporativos, já toda aparelhada e blindando o Alvorada, o Planalto e a Família da Silva Real, vai servir para alguma coisa além de esclarecer a população e, apesar de deixá-la indignada, levá-la a responder, inexplicavelmente, em todas as pesquisas e, pior, nas urnas (verdadeiras caixas pretas) que continua a aprovar Lula e seus indicados para assumir, a presidência da república, governos de estado, direção de prefeituras e cargos de deputado e de senadores por todo o país? Para quê esta CPI da enganação? CPI com Estado aparelhado? Conta outra, vai... CPI dá despesa para os cofres públicos? Então vamos economizar – basta juntar tudo o que já foi publicado nos jornais, na internet e visto e ouvido nas rádios e TVs do país, nos últimos – sei lá... – 7 anos? Sim, porque são 5 de governo, mas já tem coisa podre de bem antes desse período. Também não se pode esquecer de ressaltar que, certo e errado, ético e não-ético, entre outras coisas, para "companheiros comunistopatas" são coisas completamente diferentes do que para quem não faz parte desse grupo de indivíduos sociopatas. Para eles, tudo o que tiver que ser feito, sem exceções de nenhuma espécie, para chegar ao poder e por lá permanecer "ad eternun", será considerado perfeitamente como sendo ético e correto. Não há discurso, lei e muito menos apuração de CPI que os faça mudar de ponto de vista. Ponto final. Portanto, se for para acabar em "palhaçada de me engana que eu gosto", é melhor apenas que se republique tudo o que já veio a público e os interessados em fazer alguma coisa, ou pelo menos em tomar conhecimento do assunto, que estejam à vontade para se informar. Não há como negar que os maiores escândalos por causa do uso indevido do cartão de crédito corporativo sairiam (e muitos já foram revelados) de dentro da Presidência e dos gabinetes ministeriais. Mas, o acordo é para que essa parte da investigação seja deixada de lado. De modo que saem coisas, por exemplo, como a que colocou o Exército na lista de quem usou indevidamente o cartão corporativo por causa de R$ 4,00 (não foi erro de digitação não, são quatro reais mesmo). Tenham a santa paciência... Tudo bem, dona Matilde, do ministério da divisão dos brasileiros entre negros e brancos, teve que pedir pra sair. Mas, ficará a senhora ao Deus dará? Devolverá tudo aos cofres nacionais? Só se for a primeira, porque, até hoje, todos os petistas e amigos do Planalto que tiveram que pedir pra sair por causa de reportagens que revelavam escândalos políticos, financeiros e até criminais jamais passaram necessidades ou foram abandonados pelos companheiros.
Enquanto isso, só até antes das eleições presidenciais de 2006, a presidência já tinha feito gastos inimagináveis – todos sigilosos, é claro. De Janeiro de 2003 a maio do ano das eleições, o Gabinete da Presidência gastara 4 bilhões e 900 mil reais, segundo o professor Ricardo Bergamini. Em 2002, ainda no governo de FHC, ano de estréia da nova forma de pagamento de despesas imediatas, as faturas e os saques com cartões da Presidência da República somaram R$ 1,3 milhão. No ano seguinte - primeiro de Lula -, os gastos foram MULTIPLICADOS POR SETE. Desde o início do governo petista até meados de 2006, as despesas com os cartões, sem prestação de contas, já somavam R$ 18,7 milhões. Quando foram lançados, os cartões tinham cada um o limite de R$ 400 mil. Mas, o Presidente Lula ultrapassou este limite, logo nos dois primeiros meses de uso. A administradora, então, alterou os limites dos cartões para R$ 1 milhão cada. Saques de grandes quantias em dinheiro feitos com os cartões de crédito corporativos do governo federal - usados para pagar despesas do Gabinete da Presidência da República, da Granja do Torto e dos ministros que assessoram o presidente - vinham sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), desde bem antes da reeleição. Já havia indícios de notas fiscais frias e as faturas dos cartões usados pelo Palácio do Planalto somavam R$ 10,2 milhões, apenas do início de 2066 até o ao meio do ano, dos quais R$ 6,8 milhões teriam sido sacados em dinheiro vivo. Segundo números do Siafi, destes R$ 10,2 milhões, cerca de R$ 5,6 milhões foram gastos pelo gabinete do presidente. Em 2004, 53 funcionários do governo, os chamados de ''ecônomos'', usaram os cartões. Em 2005, foram 48 funcionários. Entre eles, C.P.F. (mais de R$ 1 milhão e R$ 226,9 mil em saques em dinheiro) e M.E.M.E. (R$ 441,5 mil, com saques no valor de R$ 198,1 mil), que costumam acompanhar Lula e a primeira-dama, Marisa Letícia. O pedido de devassa nas contas foi feito no dia 14 de julho de 2005, pelo procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no TCU. E ELAS DE FATO COMEÇARAM ANTES DAS ELEIÇÕES DE 2006. Isto tudo sem falar nas tais das ONGs de parentes e de amigos do presidente Lula e no fato de que o relatório do ministro Ubiratan Aguiar sobre o exercício financeiro de 2006 do governo federal aponta falhas na fiscalização de repasses feitos por meio de convênios. De acordo com o texto, hoje existem cerca de R$ 12,5 bilhões nestes convênios, cuja aplicação o governo desconhece os resultados. A média de atraso para a prestação de contas desses repasses chega a quase quatro anos, e os que são entregues podem levar mais de cinco anos para serem efetivamente analisados. Ou seja: funde uma ONG qualquer que empregue gente do PT e intelectuais à serviço do transnacionalismo anglo-americano e seja feliz, caro leitor... afinal, parte do dinheiro que paga por todas as atrocidades cometidas acima é seu - dos milhares de impostos que paga, todos os dias de sua vida, direta ou indiretamente. Enquanto as pessoas não entenderem que já não vivemos mais nem mesmo naquele ensaio de democracia e de capitalismo em que íamos lutando para crescer e que o que se passa em nosso país é a constatação de uma crise de transição desse sistema de governo e de comércio para um sonhado pelas esquerdas mundiais casamento perfeito entre capitalismo e comunismo disfarçado de democracia, de nada adiantarão CPIs. Querem falar sério? Abram uma CPI para investigar o que vêm fazendo neste país e em toda a América-Latina os membros do Foro de São Paulo. Essa já estaria boa para começar...
(*) Fonte: Imortais Guerreiros - http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/index.htm A VOZ DOS GUERREIROS - http://imortaisguerreirosnossavoz.blogspot.com/ (Cópia em: http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/reproduoavozdosguerrei.htm) MEMÓRIA INFOMIX: http://acidentetam2007.blogspot.com/ (Deixe seu recado) |
2.20.2008
CPI para quê? Ninguém ainda entendeu o que se passa por aqui?
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