De onde virá o grito (Arnaldo Jabor)

Olá, amigos:

Recentemente, estive conversando com um outro amigo, que é gaúcho (com muito orgulho!) exatamente a este respeito.

Temos trocado várias correspondências, via "e-mail", e tenho percebido que há algo diferente lá no distante Rio Grande do Sul.

As tradições ainda são preservadas (Quem nunca ouviu falar em um C.T.G.? Quem nunca viu uma chaleira e um chimarrão circulando entre pessoas? Quem nunca viu uma bombacha?) e, muito mais importante que isto: o civismo ainda é cultuado. Todos sabem de cor e cantam os hinos da pátria e do seu torrão natal.

Vi, nas entrelinhas das msgs com este amigo, que há por lá um sentimento de brasilidade que não percebo por aqui, nesta cosmopolita terra carioca, onde os cidadãos costumam ter orgulho em se acharem "cidadãos do mundo" e têm uma certa Vergonha (É isto mesmo, vergonha!) de se dizerem brasileiros quando vão ao exterior. Entendo que a corrupção, a violência, a falta de autoridade das "autoridades", as injustiças, os péssimos exemplos dos políticos, o desamor, a pornografia, a descrença religiosa e tudo o mais, contribuem bastante para o nosso sentimento de impotência, mas achava que era hora de mudar isto, ao menos tentando levar novos "ares" às novas gerações. As mais velhas dificilmente ainda se indignarão a ponto de promoverem alguma mudança; estamos muito anestesiados ...

Gente, falava sobre isto a um amigo distante com alguma desesperança, mas HOJE acabo de perceber que, ao menos, o Arnaldo Jabor está notando a mesma coisa (Estarei sendo pretensioso?) e, mais importante do que isto, muitos de nós o reconhecemos como um comunicador de grande penetração entre as pessoas de "boa-vontade".

Amigos, sinto que ainda há uma esperança!!!!

Espero que o nosso Brasil desperte logo e que o bom Deus ainda me permita ver esta mudança com os meus olhos sexagenários!!!!

Um forte abraço de um brasileiro nascido no Rio de Janeiro,

Sergio Mariano
sergio.mariano@superig.com.br
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