A reserva indígena Raposa Serra do Sol, como alvo dos mais importantes da cobiça internacional sobre a AMAZÔNIA, foi homologada pelo mal assessorado presidente Lula, em Abril de 2005, depois de 7 anos de intenso trabalho e ações perniciosas de ONGs estrangeiras e missões religiosas, a serviço de países hegemônicos que as financiam e orientam, com destaque para a Survival International, que já tivera papel saliente no processo de demarcação e homologação da reserva Ianomâmi; e para outras, como a WWW (Fundo Mundial Para a Natureza) e a Greenpeace.
A homologação foi feita em área contínua com pequenas “concessões” – estradas, um município, e uma aérea para posto de fronteira do Exército -, a despeito de inúmeras e abalizadas opiniões em contrário, inclusive no STF, onde sucumbiram às injunções do ex-presidente Nelson Jobim, em parceria com o ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. Essa área, tão cobiçada, é tida, por levantamentos geológicos, como uma das mais ricas do mundo em minerais raros, como ouro, diamante, urânio, petróleo e provavelmente ainda mais Nióbio, acrescendo as imensas reservas deste metal novo, hoje em dia indispensável na atualíssima indústria aeroespacial. Nessa reserva, com uma área da ordem de 17.000 Km², existem, apenas, cerca de 15.000 índios (0,88 índio por Km²!), já aculturados, vivendo em terras de seu domínio, que são criadores de gado (contam-se mais de 25.000 cabeças), e que não precisavam, nem precisam, de tantas terras, em boa parte já povoadas por brasileiros não índios, sendo, alguns, proprietários de algumas delas, há décadas. E a maior parte de arrozeiros vindos do RS, produzindo arroz da melhor qualidade, com significativa contribuição à economia de Roraima. Uma perda irreparável para eles e muitos índios que empregam.
Com a homologação, os não índios da área deviam sair da mesma até o final de 2005. Não saíram, como não saíram em 2006 e como não querem sair neste 2007. Noticia-se propósito do Governo de fazê-los sair, mesmo à força, através de uma ação de 500 homens da Polícia Federal, que precisariam de apoio das Forças Armadas. Não se sabe como estas farão, ou como farão, se receberem tal missão, mas é sabido o desconforto dos militares em ter de fazê-lo, comparando uma ação como essa à missão recebida, e não cumprida, ao tempo da libertação da escravatura, quando o Exército se recusou a capturar escravos fugidos, para satisfazer aos seus “donos” e algozes, que os estavam perdendo – mas perdendo para uma vontade nacional.
Registre-se que essa reserva faz fronteiras com a Venezuela e a Guiana – esta, hoje, um país independente, mas que não deixou de fazer parte da Comunidade Britânica; por isso que é difícil não considerar que a Survival International foi criada na Casa de Windsor, pelo príncipe Phillip, que, com a participação americana, financia e orienta aquela ONG que de não governamental só tem o nome. E que age perniciosamente, à evidência, defendendo os interesses do primeiro mundo.
Sabe-se mais, pois já não há só indícios, mas noticias publicadas, que os não índios estarão dispostos a reagir, até mesmo à bala, na defesa do que consideram um seu legítimo direito e que não admitem ser esbulhados, pela submissão ao interesse estrangeiro. Que nossas autoridades ponderem, e recordem Canudos no Nordeste, e outros conflitos no Sul do País, entre brasileiros - em que se derramou muito sangue brasileiro, quando sábias soluções, sem violência, podiam ter sido adotadas.
O que se indica necessário é o governo reconhecer que a homologação, como foi feita, não foi uma boa solução. A homologação, ao pressuposto de cumprimento dos absurdos estipulados na Constituição de 88, sobre os índios, seria aceita, por opositores, e até por muitos índios, se feita em “ilhas”, respeitando-se as propriedades, inclusive por usucapião, daqueles brasileiros empreendedores, não índios, que há muito produzem para a sua economia, a do Estado e a do País.
Cabe, pois, às nossas autoridades maiores, ao exemplo da ação PACIFICADORA de Caxias, evitar uma guerra inglória, com o sangue derramado de irmãos brasileiros.
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