O título da reportagem foi "Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa".
O senador José Nery (PSOL-PA), que solicitou a sessão de homenagem, foi o primeiro a falar. Afirmou que a sessão serviu para "honrar a memória do comandante no momento em que setores reacionários da imprensa fizeram ataques contra sua história".
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) classificou a reportagem como uma "atrocidade à inteligência". "Muitos falaram sobre essa famigerada reportagem da revista 'Veja', que é de uma atrocidade à inteligência e que não foi nem levada em conta. Situo como mais um tiro no pé que a imprensa dá."
Para o senador João Pedro (PT-AC), a "Veja" agiu com "estupidez". "É de uma estupidez o que a Revista 'Veja' fez. É um desrespeito porque é uma tentativa de desconstituir e desqualificar a luta da esquerda na América Latina e no Brasil. Não podemos concordar e temos que repudiar a postura da revista."
A deputada Manuela D´ávila (PCdoB-RS) disse que a revista tentou "esvaziar" a imagem de Che. "Ele não é um ícone esvaziado. Nossa juventude reconhece em Guevara a rebeldia com causa, a luta por uma sociedade com justiça social. Haveria sentido em esvaziar alguém vazio de conteúdo. É evidente que não."
Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) classificou a reportagem como "mal cheirosa". "A revista 'Veja' fez uma matéria meio mal cheirosa, destacando que aproveitaram da sua beleza física para torná-lo um ícone. Será que, para ser de esquerda, tem de ser feio, degenerado?"
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Grupo Abril, que disse que a resposta deveria partir da redação de "Veja". Na redação, a reportagem foi orientada a procurar o editor Júlio César de Barros, mas não o localizou. Deixou recado e aguarda uma resposta.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que disse não ter gostado da reportagem sobre Che, não se prolongou sobre o assunto. Após citar as mudanças do PT desde a fundação do partido, usou seu espaço para dizer que o argentino não mudou após conhecer o poder. "Che Guevara não se encantou com o poder. Não se achou o todo-poderoso."
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