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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

10.22.2007

A África que Lula adorou


"Lula encantou-se com a capital da Namíbia, produto arquitetônico do apartheid. É bonita e limpa porque foi feita por brancos e para brancos. Os negros foram segregados em Katatura, feia e suja. Lula não foi a Katatura" A África é feia e suja, segundo Lula. Exceto Windhoek, capital da Namíbia.Windhoek é bonita e limpa. Tanto que nem parece a África. Gilberto Gil e Benedita da Silva concordaram com o presidente. Quem também concordou foi outra ministra negra do governo, Matilde Ribeiro, que recebe um salário para promover a igualdade racial no Brasil.Windhoek é bonita e limpa porque foi feita por brancos e para brancos.
Fundada por descendentes de holandeses, foi sucessivamente ocupada pela Alemanha, Inglaterra e África do Sul. Lula apreciou muito a arquitetura de Windhoek. Ele acha que a eleição a presidente lhe conferiu legitimidade para proferir julgamentos estéticos. No caso de Windhoek, todas as atrações arquitetônicas foram construídas por brancos, durante o regime colonial. Como a catedral luterana, que fica numa rua chamada Fidel Castro, em homenagem ao ditador de Cuba. Ou o Congresso Nacional, que fica numa avenida chamada Robert Mugabe, em homenagem ao ditador do Zimbábue.
A África do Sul, depois da II Guerra Mundial, implantou o regime de apartheid na Namíbia. Windhoek se tornou uma cidade exclusivamente branca, e permaneceu assim até 1990. Os pardos foram transferidos à força para o subúrbio de Khomasdal. Os negros foram segregados em Katatura, ainda mais distante. Katatura significa "o lugar onde não queremos estar". Como o resto da África, é feia e suja. Um amontoado de favelas, onde só moram negros. Tem até uma favela chamada Babilônia, como a do Rio de Janeiro. O crítico de arte Lula não emitiu uma opinião estética sobre Katatura. Ele
não foi a Katatura.
Tecnicamente, Lula seria considerado um pardo no regime de apartheid. Não poderia morar na bonita e limpa Windhoek. Nem poderia ter casado com uma branca. Mas isso não importa. O revisionismo histórico é uma especialidade dos petistas. Eles já engoliram tudo o que disseram no passado a respeito da ditadura militar, dos coronéis nordestinos, dos alimentos transgênicos, da reforma agrária, do salário mínimo, do FMI e do neoliberalismo malaniano. Faltava apenas enaltecer a política social do apartheid.
O importante, agora, é descobrir se o encantamento do presidente com o produto arquitetônico do apartheid terá alguma conseqüência prática. O planejamento urbano de Windhoek levou à demolição arbitrária de todos os barracos pertencentes a negros e pardos. O Rio de Janeiro, como Windhoek, ficaria mais bonito e limpo sem suas 700 favelas. O governo federal poderia incendiar todos os barracos e reflorestar as encostas dos morros.
Benedita da Silva e os outros favelados seriam removidos para além de Duque de Caxias. A microcriminalidade diminuiria, sobretudo se os favelados, para entrar no Rio de Janeiro, fossem submetidos a uma meticulosa inspeção, como acontecia em Windhoek.
Depois de elogiar o cenário do apartheid, Lula assumiu novamente o papel de crítico de arte e prometeu que o Brasil participaria da Renascença africana. Lula não gosta de pobre. Ele gosta mesmo é de Palladio e Sansovino.

Por Diogo Mainardi

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