Esse Fórum costuma fazer vistas grossas a todos os tiranos, como Fidel Castro, Chávez et caterva. Adula a bandalha do PT e apóia, evidentemente, a TV Petralha que vai sendo colocada goela abaixo da população brasileira via medida provisória. Para começo de conversa, trata-se de um acinte, já que medida provisória é uma alternativa voltada a projetos de urgência, o que não é o caso.
Agora mesmo o indigitado FNDC veicula uma nota em seu site que se constitui numa pérola, comprovando que seus responsáveis representam o mais bem acabado exemplo da idiotia latino-americana. Vejam:
"O surgimento dos provedores de Internet e sua forte ampliação, a crescente demanda e utilização dos serviços da rede colocam o Brasil como um dos mais importantes países usuários das novas tecnologias de informação nos últimos 20 anos. A afirmação é do IBGE, a partir de pesquisa realizada no final do ano passado, que mapeou o Brasil por regiões e municípios, no quesito Cultura e Meios de Comunicação. O crescimento observado é mais expressivo nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e nos municípios com mais de 500 mil habitantes, o que ratifica as desigualdades existentes no País – a internet continua restrita a uma faixa da população com mais poder aquisitivo. A concentração dos meios e a carência de conteúdos regionais aparecem evidenciados nos percentuais expostos pela pesquisa".
Parece mentira, mas é verdade. Trata-se de uma idiotice histriônica. O que está acontecendo, note-se, à revelia do maldito estatismo, é a tendência de universalização do uso dos computadores e da internet. É o que a pesquisa do IBGE está dizendo!
Independentemente de qualquer governo, o uso da internet e do computador será no imediato futuro tão trivial quanto traçar um prazo de arroz e feijão. Graças ao capitalismo, à economia de mercado e às privatizações, qualquer pessoa hoje pode ter acesso à internet. Mesmo que não tenha computador pode usar uma lan house e com uns trocados acessar a grande rede.
A produção em escala dos artefatos de tecnologia, como telefones celulares e computadores, tem feito cair drasticamente o seu custo. Além disso, esses produtos são vendidos à prestação com mensalidades que custam uma merreca. Ave! capitalismo e economia de mercado!
Mas o FNDC, como o governo petralha, precisa alimentar essa história de pobrismo e insuflar a luta de classes; afirmar que há desigualdade e que tais. Tudo conversa. O que eles têm é medo de perder as boquinhas que mantêm através de ONGs, Fóruns, etc... São arautos do atraso em seu próprio benefício.
Essa gente não suporta a economia de mercado porque sabe que, na medida em que o capitalismo avança, diminui a pobreza e aumenta o acesso de todas as faixas da população aos bens de consumo. A mobilidade social positiva determina não só maior bem estar para quem estava na penúria econômica, mas muda o comportamento das pessoas. Se determinado grupo de pessoas alcança um patamar acima em sua situação econômica, passa a professar imediatamente os valores daquela classe à qual acaba de ingressar.
O caso da telefonia já é suficiente para demonstrar como a privatização das teles foi importante para popularizar o uso do telefone celular. Antes, quando as teles eram estatais, telefone celular era objeto de luxo, só usado pelos ricaços. Imagine uma pessoa que jamais sonhava em ter um celular e passou a desfrutar desse benefício tecnológico? É claro que não abrirá a mão de ter um desses aparelhos e lutará em busca dos recursos necessários para mantê-lo.
O que me deixa imensamente alegre e satisfeito é que a minha faxineira possui um bom telefone celular. Anda bem arrumada, come bem e não quer nem ouvir falar de pobrismo. Acontece, é claro, que ela trabalha, não é uma botocuda preguiçosa. Levanta às 5 horas da manhã e pega dois ônibus. Juntando a renda familiar essa mulher consegue uma vida digna e continua lutando para ter maior conforto. Isto é natural e deve ser incentivado. Esta é a questão.
Hoje qualquer pessoa que luta e trabalha pode ter um telefone celular, como pode ter uma televisão, uma geladeira, um máquina de lavar roupa ou um fogão.
E isto é possível não em razão do estatismo, mas em decorrência da economia de mercado, da propriedade privada dos meios de produção que se sujeita à competitividade e às severas leis de mercado e a produzir em grande escala. As novas gerações não sabem, mas até os anos 60 eram poucas as famílias que podiam ter um refrigerador. A vinda de multinacionais para o Brasil é que permitiu a produção local desses produtos a preços mais competitivos, enquanto ampliou-se o sistema de crédito e a venda a prestações compatíveis com a realidade dos salários.
Mas o FNDC evidentemente não deseja isso. Quer que tudo funcione como na ilhota de Fidel Castro, onde os jovens, para se comunicar pela internet têm que se disfarçar de turista e usar o serviço em um hotel, conforme mostrei dia desses no meu blog. Esta é a "democratização da comunicação" que postula o famigerado FNDC.
O Brasil precisa apenas e somente de capitalismo de verdade, começando por privatizar a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Infraero e mais uma centena de empresas estatais que locupletam a camarilha de amanuenses profissionais. Não fosse esta funesta realidade jamais estaria em discussão a aprovação da CPMF.
A exclusão social existente no Brasil decorre do gigantismo estatal que inibe o capitalismo. A mais valia, para utilizar aqui um conceito marxista, é sugada pelo Estado através de impostos em cascata sobre a atividade econômica. O Fórum Nacional da Democratização da Comunicação é um exemplo concreto da idiotia anticapitalista que só contribui para perpetuar o atraso e a exclusão social enquanto patinarem na ideologia, defendendo a estatocracia.
por Aluízio Amorim
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