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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

11.10.2007

Carta de despedida de um Tenente

Caros amigos:
Como a maioria de vocês, também recebi a afamada "Carta de Despedida" de um ex-Tenente que deixou a Marinha para ser analista do TRE. Ao fazê-lo redigiu um libelo insultuoso à nossa corporação - embora, reconheço-o, muitos dos problemas que ele ali aponta, deveriam, em meu entender,ser analisados cuidadosamente por nossos chefes.
Julguei importante retransmitir a carta a meu círculo de amigos de Marinha. Ao fazê-lo, servi-me do seguinte texto:
"Recebi e retransmito a carta anexa - que por certo muitos de vocês também já receberam e leram.
Trata-se de um arrazoado de críticas à Marinha por parte de um Tenente que acaba de se demitir, por ter sido aprovado em concurso público (TRE).
Prefiro não comentar, salvo ao servir-me da Ciência da Lógica, para afirmar, com total imparcialidade, que o texto incide em diferentes falácias, particularmente as de hipérbole, de generalização e de reivindicação da perfeição.
Abaixo, reproduzo o e-mail com que o tenente encaminha sua missiva.
Ad referendum.
Gil"
Por essas artimanhas da Internet, meu e-mail chegou às mãos do autor da carta, que me enviou a seguinte réplica:
"Prezado Sr. Gil,
tenho acompanhado a movimentação de mensagens na internet, que se mostrou um meio frenético para divulgação de idéias, quando acabei me deparando com o e-mail do senhor dentro de outra resposta.
Minha carta foi objetiva e direta, e, exceto recursos estilísticos, primei pelo pragmatismo. Como escrevo no último parágrafo, estou à disposição para debater idéias e me convencer do contrário caso esteja errado, porém solidifiquei meus argumentos em quase 10 anos e tive minha carta revisada por pelo menos 4 oficiais. Desta maneira, solicito ao senhor que me sejam especificadas as "diferentes falácias, particularmente as de hipérbole, de generalização e de reivindicação da perfeição" para que eu possa argumentar de forma mais explícita, mas, por favor, não me force a citar nomes, lugares ou datas.
Respeitosamente,
Marcio Cardoso."
Diante disso, encaminhei-lhe minha tréplica, que reproduzo abaixo e deixo à meditação de vocês.
Um grande e marinheiro abraço,
Gil C.D. Ferreira - CMG (FN - RM1)


Rio de Janeiro, RJ, 08 de novembro de 2007
Meu jovem ex-Tenente Márcio Cardoso:
Obrigado por se dirigir a este Veterano Fuzileiro, que já ultrapassou a barreira dos doze lustros de vida, dos quais sete dedicados inteiramente à Marinha do Brasil. Eu poderia ser seu pai, e é sob essa ótica que, espero, você receba minha resposta. Afinal, sou, efetivamente, pai, presumivelmente há mais tempo que você tem de vida, e, como tal, aprendi a tolerar e não me surpreender mais com arroubos juvenis, que passarão com o tempo. Também tive os meus, que hoje são apenas memória, como ocorrerá um dia com os seus.
Sua Carta de Despedida tem provocado uma grande troca de e-mails entre Oficiais da ativa e da reserva. Imagino que você esteja não só monitorando a maior parte dessas mensagens, como também se dirigindo aos autores de algumas delas. Não devo ter sido o único a despertar sua atenção, a ponto de levá-lo a redigir uma réplica, mas o fato é que despertei - eis que você me enviou o e-mail mais abaixo continuado.
Sou também levado a crer que, se você assim procedeu, foi porque a crítica que fiz - muito menos acerba do que outras certamente já recebidas por você - o atingiu em algum ponto sensível. Curioso, não ? Você se julgou no direito de lançar as mais variadas injúrias sobre nossa corporação...mas aparentemente se ofendeu quando eu afirmei - ressaltando que o fazia imparcialmente -que seu texto é repleto de falácias...
Não sei até que ponto você conhece a Ciência da Lógica. Ao me pedir que identifique as falácias de seu texto, vislumbro duas hipóteses:
1. Você ignora o que sejam falácias; ou
2. Você sabe perfeitamente a que me referi e pretende apenas terçar armas comigo no terreno da retórica.
A ser verdadeira a primeira opção, não há como atender a seu pedido, pois seria como apresentar fórmulas de Cálculo Integral a crianças do Jardim de Infância - uma perda de tempo; o máximo que posso fazer , nesse caso, é sugerir-lhe o estudo da Lógica, acompanhado da realização de muitos exercícios, por um considerável período de tempo; depois disso, volte a me procurar, se assim lhe aprouver.
Mas se o que ocorre é a segunda possibilidade - um blefe seu -, infiro que você terá envergado o manto da malícia, passando a desmerecer qualquer atenção de minha parte, além de que meus afazeres e minha própria natureza impedem, de há muito, que eu me lance em discussões bizantinas.
Ouso, entretanto, mencionar o cenário prospectivo que vislumbro para você, com base na experiência que trago e nos traços de personalidade, caráter e temperamento (busque o dicionário, são coisas bem diferentes) que transparecem de seu texto: dentro em pouco você redigirá algo bastante parecido, a respeito do novo ambiente profissional que abraçou, pois verá nele erros análogos aos que aponta na Marinha.
Será sempre difícil, para você, constatar que não é o mundo à sua volta que está totalmente errado; você é que o vê assim imperfeito, pelo simples fato de não admitir as imperfeições que existem dentro de você, e, conseqüentemente, prosseguirá projetando-as nos ambientes em que se inserir, culpando-os permanentemente por suas aflições ainda mal resolvidas.
Não é a primeira vez que me deparo com pessoas assim - que a tudo criticam, julgando nunca errar, imaginando-se privilegiadas detentoras da verdade; e de fato, nunca erram, porque nada fazem, além de permanentemente censurarem, discordarem, fazerem-se cegas e surdas a argumentos alheios, tomarem o todo pela parte em generalizações inconseqüentes e viverem numa dimensão onírica, sem serem capazes de construir algo de positivo - vale dizer, de fazerem uma limonada com os limões que a vida lhes oferece.
Sim, li sua carta até o final, tomei conhecimento de seu convite ao debate, mas em nenhum momento tive esse interesse. E continuo a não tê-lo, porque seria inútil: você não foi contaminado pelo Espírito Marinheiro, sua linguagem não é a minha, nem a de centenas de milhares de outros marujos, desde que o primeiro homem das cavernas lançou um tronco à água e pô-lo a flutuar, em busca daquilo que só a vida no mar oferece, e que você jamais compreenderá.
Não tenho, pois, respostas a oferecer aos questionamentos que você faz à Marinha - embora reconheça que muitos deles deveriam levar nossos Chefes à reflexão , se houvessem sido vazados em termos menos hiperbólicos e insultuosos, mas, sim, cordatos, permeados da fidalguia naval, cujas sementes lhe foram lançadas, certamente, em Villegaignon, mas que, como se percebe, feneceram, dada a esterilidade do terreno onde caíram.
Disponho, todavia, de um meio sutil de tentar lhe explicar porque a Marinha lhe é inexplicável: trata-se de um poema de conhecido vate do mar, já levado por Deus para o pélago eterno. Que ele lhe seja útil, ao longo de suas próximas singraduras, são meus votos.

METANÁUTICA

Geir Campos

Posso te dar a carta de Marinha.

Mas o traço que nela insinuasse

Um dentre tantos rumos...

Não !

Posso te dar as Tábuas de Marés

Mas a leve emoção de cavalgar

Onda e onda após onda...

Não !

Posso te dar os índices das águas,

Conforme as densidades. Mas a branda

Flutuação do casco...

Não !

Posso te dar a Rosa e o timão

Mas o desequilíbrio concertante

Ao balanço de bordo...

Não !

Posso te dar exemplos de ancoragens.

Mas o galeio do barco seguro,

Retesando as amarras...

Não !

Posso te dar o longe no binóculo.

Mas acolá das lentes, a paisagem

Convidando à viagem...

Não !

Posso te dar notícia do mar calmo.

Mas o rumor das franjas no espelhado,

Junto à roda de proa...

Não !

Posso te dar o gorro marinheiro.

Mas a pressão do linho

Nos cabelos, enquanto sopra o vento...

Não !

Posso te dar a direção da chuva.

Mas o gosto da baga salitrada,

Escorrendo no rosto...

Não !

Posso te dar posturas de sextante.

Mas o fulgor da estrela observada,

Entre horizonte e prisma...

Não !

Posso te dar os nomes de alguns peixes.

Mas o espanto de vê-los acender

Fosforescente rastro...

Não !

Posso te dar frios conhecimentos.

Mas o que se acalenta no convívio amoroso do mar...

Não !

Marinheiramente,

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns; para o Tenente Cardoso. Fez mas pela nossa força com esta carta do que muita gente "boa". E cuja a obrigação em fazer algo pela briosa não tinha mais.

Sou jovem e logo serei velho; mas tenho comigo que a melhor forma de fazer as coisas não é minha maneira nem a maneira do mais velho (ate mesmo porque as coisas mudam a todo momento), e sim a melhor maneira. Que deve ser buscada a todo custo sem vaidades. Pois o fogo, o chumbo, são desprovidos de discernimento, ferindo a todos (jovem ou velho), sem distinção. Desta forma deve se buscar a "melhor ideia", de maneira irrefutável observando a lei maxima do país que é de 1988 (tudos devemos ler e decorar, evitaria muitas aberrações). BT

Obrigado; TEN CARDOSO.

Unknown disse...

Meu nome é Leonardo Araujo dos Santos e sou oficial de Marinha, tenho 18 anos (quase 19) de serviço ativo e sofro com diversas perseguições algumas de caráter psicológico e outras mais contundentes (como o pedido negado para minha promoção). Revoltado e utilizando os recursos que disponho, escrevi ao Almirante (Comandante-em-Chefe da Esquadra) tudo aquilo que um dia eu queria dizer. A carta foi dirigida a ele e a diversos oficiais. Gostaria de alguém publicasse no sentido de me ajudar e tornar “mais alta” a minha voz. Só para explicar, após o Para estão diversas autoridades navais, como o : Alm Claro, Alm Leal Ferreira e etc..Aí vai a carta:

Assunto: Requerimento de Oficial

Do CT LEONARDO ARAUJO DOS SANTOS
Ao Comando-em-Chefe da Esquadra

Venho por meio desta, uma vez que já se esgotaram todos os meios cabíveis dentro da hierarquia militar para resguardar a minha saúde, que é o bem maior de qualquer ser humano, e sem ele guerras não poderão ser travadas e muito menos funções poderão ser desempenhadas com relativo êxito .
Bem a minha História começa por meados de 2007, quando comecei a sofrer constantemente ataques de assédio moral, com mentiras e difamações, os quais não posso provar (como todas as humilhações pelas quais os oficiais mais modernos passam de forma silenciosa, tornado a materializá-las através de Concursos Públicos e baixas acentuadas), porém as seqüelas deixadas permanecem até hoje, sou submetido a tratamento psiquiátrico e faço uso de remédios ditos controlados. No entanto, a Marinha e principalmente o Comando do Centro de Embarcações Miúdas parece serem não sensíveis a minha questão. Nesse período já se foram: depressão, uma tentativa de suicídio, briga com familiares, oriundas em parte por telefonemas feitos em finais de semana para escalações de faina de cunho duvidoso, sendo que como preconiza a aptidão para o serviço militar com restrição, não é possível ao militar realizar fainas que coloquem em risco a minha vida e a vida de outros envolvidos (justamente por causa da medicação), tais fatos já são de conhecimento geral e, se não, podem ser oriundos do simples bom senso inerente a função de Comando que os militares exercem.
Porém não é esse o escopo desse comunicado, o objetivo é tentar sensibilizar as autoridades (uma missão que considero hercúlea) de que eu seja encaminhado para a Junta de Saúde a fim de ser avaliado com honestidade (o que também considero questionável) e verificar concretamente que eu não tenho a mínima condição de desempenhar qualquer função dentro da Instituição, aliás isso é fácil de verificar, uma vez que eu não tenho um computador acessível a intranet para cumprir minhas funções diárias, e se for verificado não contribui em nada no andamento das fainas do CEMEM: não fiz minutas de mensagem para os oficiais, não assinei nenhum documento relativo a atividade da OM, não coordenei nenhuma faina, não assessorei o meu chefe/ Imediato/ Comandante em nenhuma faina (tais informações podem ser verificadas), porém parece que estou sendo mantido apto, pura e simplesmente por capricho e para digamos “para não perder o oficial”, no entanto ressalto que o Oficial já foi perdido e como todo o cidadão deve seguir sua vida.
Aos oficiais mais modernos estudem, porque amanhã pode ser os senhores, não se iludam com a carreira e a inercial situacional (casamento, filhos, viagens e etc...). Definam suas manobras...

Obs: Acredito em uma imprensa livre e espero que isso sirva de aviso aos jovens que procuram nas Forças Armadas uma tão sonhada carreira. Vale salientar que não fui em momento algum punido por isso.
Desde agradeço, na esperança que o meu esforço não seja em vão.
Leonardo