A cada dia que se aproxima 2 de dezembro, data do referendo nacional para aprovação das alterações da Constituição da Venezuela que assegurarão poderes ditatoriais ao ten.cel. Hugo Chávez Frias, prolifera a contra-campanha da sociedade venezuelana conscientizando o país dos riscos do açambarcador poder a ser conferido ao presidente: Chávez ficará livre para quaisquer aventuras internas e práticas audaciosas indesejáveis na política externa.
As manifestações na capital e nas principais cidades elevarão o tom dos protestos e provocarão maior apoio de inúmeras entidades para mobilização de estudantes, trabalhadores, funcionário públicos, intelectuais, religiosos, militares da reserva, donas-de-casa e empresários, mesmo sob risco de ações de confronto e represálias pelos defensores do chavismo, polícia política e agentes de segurança.
chavez5farda.jpg Páraquedista Chávez já teme uma rebelião militar na Venezuela.
Sangue nas vias públicas de Caracas
Há indícios de que o acirramento de ânimos nos próximos dias, aliado ao incentivo vindo de pronunciamentos de personalidades no país e no exterior, encorajem o movimento para maior organização e densidade nas suas marchas pelas avenidas da capital venezuelana.
Os manifestantes receiam as escaramuças das brigadas armadas nas vias públicas em ações de agressão e atemorização de dissidentes treinados para atacar, com violência, reuniões de opositores. Estas ações seguramente aumentarão os riscos de um conflito sangrento provocado pelo desequilíbrio emocional das forças de defesa - popular e oficial- e das aspirações tirânicas de Hugo Chávez. Tudo sob os olhos atentos de dezenas de correspondentes e repórteres fotográficos de plantão, em Caracas.
Desde a semana passada, os hotéis da cidade recebem funcionários diplomáticos, representantes de empresas e bancos transnacionais, agentes secretos estrangeiros, com a missão de acompanhar a situação do país e seu desdobramento até meados de dezembro. Há previsível ameaça à segurança do direito na Venezuela, em concretização eminente a partir do referendo.
A evolução do ambiente de conflito faz prever derramamento de sangue em Caracas. Este cenário vem sendo confirmado por estimativas de serviços de inteligência, jornalistas e diplomatas. No Palácio Miraflores é o assunto que provoca irritação e medo no presidente, dado que ensejaria uma comoção nacional e o surgimento de crise institucional com repercussão externa, em solidariedade à sociedade na luta pela defesa de suas liberdades democráticas, com pronta manifestação da O.E.A..
Força Aérea Venezuelana poderá surpreender
Os militares venezuelanos influenciados pelas opiniões de familiares e relações comunitárias, após o pronunciamento do general Raúl Baduel, ex-ministro da defesa e ex-comandante do exército, na administração chavista, no último dia 6, discordam da passividade dos militares de estarem apoiando o personalismo do presidente .
O general Baduel, até então compadre e amigo de Chávez, agora por ele chamado de traidor, alertou para a necessidade dos militares estarem sintonizados com as aspirações da nação para a qual estão constitucionalmente comprometidos. O pronunciamento do ex-ministro da defesa teve ampla repercussão nas organizações militares e chamou à consciência as academias de ensino, carentes em seus estudos e debates acadêmicos sobre a imposição do socialismo chavista.
A Marinha acompanha o quadro conjuntural e o ímpeto ditatorial de Chávez, com reservas. O Exército se resguarda para um provável dia D, caso não haja recuo na obstinação do presidente. Há avaliações de que se houver um estopim do setor militar para se interpor ao pretendido governo hegemônico do mandatário idealizador do Socialismo do Século XXI, este deverá partir da Força Aérea. Iniciativa surpreendente dos aviadores que catalizaria a adesão das forças singulares, o apoio popular e das instituições, hoje, ludibriados e tangidos para os caminhos da restrição das suas liberdades democráticas. (OI/Brasil acima de tudo)
Por Orion Alencastro
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