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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

11.24.2007

A fraude do próximo 2 de dezembro na Venezuela

NaVenezuela, o sufrágio com máquinas de votação e-vote foi adotado em2004. Esse ano o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) concedeujudicialmente o contrato do sistema eletrônico de votação à novaempresa SMARTMATIC que, sem nenhuma prova experimental, se utilizou noReferendum Revocatório (RR). Desde aquele ano os processos eleitoraisdeixaram de ser propriedade do povo venezuelano e passaram a serpatrimônio de uma empresa do "império", a SMARTMATIC, e do governo"revolucionário". Lamentavelmente para a Venezuela, duas visõesanalisadas relacionadas com a opção do voto, só concluem em suicídio ecrime, como se depreende da análise na continuação.

1. Por uma parte, o convite ao suicídio que significa ir votar:

SMARTMATIC: executora da fraude eletrônica

A presidenta da CosaNostra Eleitoral (CNE), reitora Tibisay Lucena, informou que as provasde automatização para o referendum do 2 de dezembro foram exitosas.Provas similares foram realizadas para as eleições presidenciais de2006. Ao concluí-las, o CNE informou que: "O simulacro funcionou 99%", e foi realizado em "52 centros experimentais e 5.000 centros de votação", e que "o tempo médio de votação foi estimado entre dois e três minutos" (1).

Nessa declaração osreitores do CNE estabeleceram de antemão o máximo de eleitores quepodiam votar na eleição presidencial. Apoiando-nos nessa informação,podemos demonstrar com um simples cálculo a fraude executada pelaSMARTMATIC nessas eleições. Em benefício do próprio CNE, cruzemos otempo médio de votação de 2 minutos com os dados restantes:

32.331 máquinas utilizadas.Tempo total de votação: desde as 6:30 am até as 4:30 pm. Quer dizer, 10horas = 600 minutos. Uma média de 300 votantes por máquina (a cada 2minutos vota um eleitor em cada máquina: 600/2 = 300). O resultado é umtotal máximo de 9.699.300 eleitores (300 x 32.300), cifra inferior em2.091.097 ao total de votantes do 3D que, segundo o CNE, foi de11.790.397 eleitores.

A conclusão é que essasobra é de votos virtuais fabricados pela SMARTMATIC. A cifra real deveser muito maior, se considerarmos que o tempo médio de dois minutos porvotante é bastante irreal.

A abstenção impediu a fraude eletrônica em 2005

As pessoas têm razão emdesconfiar do sistema eletrônico de votação e agora a coisa é pior,porque a transmissão de votos virtuais terá luz verde com anacionalizada CANTV*. De todo modo, Chávez e seus aliados"colaboracionistas" não a têm tão fácil, pois necessitam de muita gentenas filas votando. Só assim a SMARTMATIC poderá materializar a fraude,como é fácil comprovar com os dados das eleições parlamentares do 4 dedezembro de 2005.

Foi a gigantesca abstençãoque impediu que se perpetrasse a fraude eletrônica, porque a fraudepré-eleitoral já a haviam consumado as empresas pesquisadoras fantasmasdo ex-vice-presidente Rangel, a NORTH AMERICAN OPINION RESEARCH (NAOR)e o IVAD, quando "estimavam" que "78% dos consultados vão votar nas próximas eleições" (2) e "88,2% rechaça o chamado abstencionista" (El Nacional 2 de outubro de 2005, pág. A-2).

A fraude de vencedores do 2 de dezembro em andamento

A fraude pré-eleitoralestá em pleno desenvolvimento. Por um lado, o CNE difundiu até não maispoder a escandalosa mentira de que as máquinas de votação funcionamperfeitamente e, por outro lado, as empresas pesquisadoras, reais oufantasmas, que trabalham para o governo (IVAD, DATANALISIS, VENEOPSA eNAOR) já notificaram a opinião pública nacional e internacional,através de suas falsas sondagens, que o "Sim" é maioria.

A mesa está servida então,para que no vindouro 2 de dezembro a senhora Lucena anuncie que 76% doeleitorado votou, como diz o ex-vice-presidente Rangel (3) e que o"Sim" obteve 70%, como predisse Chávez em Margarita. Ninguém poderá sesurpreender nesse momento porque se dirá que esses eram exatamente osprognósticos da pesquisadora IVAD (Instituto Venezuelano de Adulteraçãode Dados).

Isto equivale em númerosabsolutos a 12.243.345 eleitores e 8.570.341 votos para o "Sim". Oproblema é que o CNE disse que se usarão 32.939 máquinas de votação e,supondo que cada eleitor gaste em média 2 minutos votando (situaçãoirreal porque supõe que não há atrasos por nenhum motivo, todas asmesas se instalam e fecham-se na mesma hora, ninguém comete erros,ninguém pede informação ou assistência, e todas as máquinas funcionamsem problemas).

Isso significa que, entreas 6:30 am e as 4:30 pm, só poderia votar um máximo de 9.881.700pessoas. Quer dizer que, de cara, a SMARTMATIC já está agregando2.361.645 eleitores virtuais. Certamente os votantes virtuais serãomuitíssimos mais.

O exit poll de Evans McDonough

A fraude pré-eleitoral será coroada em 2 de dezembro com um exit pollpré-fabricado que assumirá a mercenária empresa de pesquisas do"império" Evans McDonough, contratadora de CITGO e que a TELESURdivulgará: 76% de participação e 70% de respaldo para o Sim".

Será repetido o roteiro doReferendum Revocatório e das eleições presidenciais. Em ambos os casoso governo, o CNE e Mister Carter justificaram os resultados eleitoraisargumentando que coincidiam com supostas sondagens de boca-de-urna, exit polls, realizados pela Evans. Porém, isto também é parte do roteiro da fraude.

O Diario de América,com o objetivo de oferecer a melhor informação a seus leitores emmatéria de pesquisadoras, tomou como fontes especialistas, entreoutros, da estatura de Baldomero Vásquez Soto, economista venezuelanograduado na Universidade Zulia, cidade de Maracaibo.

Trabalhos extraordinários,alguns realizados conjuntamente com a Doutora Celina Añez Méndez,permitem alertar que o povo venezuelano cometerá um suicídio semenosprezar a inexistência das garantias que o organismo eleitoralvenezuelano, o CNE, oferece, dos quais baseamos a série de provasrelevantes que estamos apresentando.

Investigações anterioresrealizadas pelos profissionais citados, puderam demonstar que as cifraspublicadas pela Evans em sua página web sobre o exit poll de dezembro passado eram manipuladas, e as do RR nunca foram publicadas porque simplesmente eram outra mentira (4).

O xeque-mate dos Observadores Internacionais

Finalmente, osobservadores internacionais como o Centro Carter e a União Européiainteressadamente vêm ao país para respaldar o governo de Chávez e paralegitimar as máquinas de votar que seus países decidiram abandonar. Porexemplo, é uma incrível contradição que o Ministro do Interior daItália, Giuliano Amato, em novembro de 2006 descartasse o votoeletrônico em seu país e, dias depois, a deputada italiana MonicaFrassoni, Presidente da Missão de Observadores Eleitorais da UniãoEuropéia, venha à Venezuela para avalizar o voto eletrônico: "O sistema automatizado de voto implantado na Venezuela é eficaz, seguro e auditável" (Informe Final MOE-UE Eleição Presidencial Venezuela 2006, pág. 5) (5).

Concluindo, osvenezuelanos deverão rechaçar o convite ao suicídio que significa irvotar com o sistema eletrônico fraudulento da SMARTMATIC e do CNE.Assim, se deixaria em evidência que dos 7,3 milhões de votos que o CNEdeclarou judicialmente a Chávez em dezembro passado, não existe nem ametade.

2. Por outro lado, a significação do chamado ao voto.

Um crime não se submete à votação

Em uma democracia, énatural que as decisões sejam tomadas conforme a opinião da maioria,expressada através do voto universal e secreto. Entretanto, há certosprincípios que não podem submeter-se a eleições, quer seja porque setrate de direitos inalienáveis quer seja por valores transcendentes.

Um crime, por exemplo – segundo Fuerza Solidaria, outra das fontes credenciadas para consulta pelo Diario de América-, não depende da opinião de uma minoria ou inclusive da maioria. Umcrime é um delito e ponto. Deve-se impedi-lo, se não se cometeu, oucastigar-se se já foi cometido. Do contrário, não haveria parâmetrospara viver em sociedade. O mundo seria uma selva.

A reforma constitucional que Chávez propõe é um crime de Lesa-Pátria porque destrói a Venezuela que conhecemos, para convertê-la em um Estado socialista, à imagem e semelhança de Cuba.

Também é um crime de Lesa-Humanidadeporque viola direitos humanos inalienáveis, como os direitos a viver empluralismo, ou ao devido processo e a estar informado em situações deemergência.

Finalmente, é um golpe à atual Constituição porque pretende reformá-la mediante mecanismos explicitamente proibidos na Carta Magna.

Os que chamam a votar –quer seja a favor ou contra – no referendum de 2 de dezembro, e os queparticipem de qualquer maneira desse processo, serão cúmplices decrimes que, por sua gravidade, não prescrevem com o passar do tempo.Ademais, não ganham nada porque o CNE comete fraude eleitoral, como bemdocumentaram os conotados cientistas pertencentes à associação"Venezolanos por la Transparencia Electoral" (6).

Desta maneira, depois darelação dos fatos, a partir destas duas perspectivas, é inquestionávelque para a Venezuela o voto não é uma opção. A única alternativa"honesta e patriótica" é impedir que se leve a cabo o referendum,mediante ações de rua massivas, simultâneas e generalizadas (7).



Fonte: http://www.diariodeamerica.com/front_nota_detalle.php?id_noticia=2611

Notas:

* Empresa detelecomunicações privada da Venezuela que passou a ser estatal e temcontrolado os serviços de internet e telefone dos seus usuários.

1. Tibisay Lucena: A denúncia contra Ramírez não chegou ao CNE

2. Segundo sondagem de opinião 78% dos venezuelanos estão dispostos a votar em 4 de dezembro

3. Enquete JVR: 73% aprova Chávez

4. Enquetes do Império e Fraude Constituinte

5. Missão de Observação Eleitoral da União Européia

6. Venezolanos por la Transparencia Electoral

7.A respeito dessas ações, ver o vídeo Como impedir a reforma?

Tradução: Graça Salgueiro

por Diario América em 24 de novembro de 2007
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